In this paper we present results based on the project Old Guys Say Yes to Community. We interviewed 90 men in southern Portugal between 60 and 93 years of age. Our main aim was to understand how older men experienced their transitions from work to retirement. We clarify the concept of transition and the models that explain transitions in the life course perspective. There are a number of factors to consider during the processes of retirement. Also, not much is known about the role of education and learning during the transition process. We try to contribute to the field, reflecting on the learning processes that result from this transition. Our findings show that work is one of the most crucial dimensions to consider in transitions to retirement (despite the fact that we identify many others). But education and learning do have an immense impact on the lives of older adults, either negative or positive.
RESUMO: Neste trabalho procuramos analisar os discursos sobre a infância em perigo moral que circularam em Portugal nas primeiras décadas do século XX. Partindo do princípio de que um dos resultados da reconstrução da concepção de delinquência infantil, que ocorreu naquele período, é a emergência da categoria de crianças de risco, que se torna alvo privilegiado de um conjunto de ações profiláticas cuja principal finalidade é a prevenção da delinquência, procedemos à análise da legislação de proteção à infância e do periódico A Tutoria -Revista mensal defensora da infância, publicado entre 1912 e 1916. Esta análise teve como principais objetivos: compreender o processo de construção da criança em perigo moral, descrever a sua transformação numa questão pública e analisar as estratégias desenvolvidas no sentido de assegurar a sua normalidade. Palavras-chave: Modernidade. Infância. Marginalidade. Criança em perigo moral.*http://dx
Os efeitos da pandemia COVID-19 fizeram-se sentir nos mais diversos domínios da vida em sociedade. Perante o encerramento das escolas, a solução a que se recorreu, um pouco por todo o mundo, consistiu na substituição do ensino presencial pelo ensino remoto de emergência. A transição de modalidade de ensino influenciou a aprendizagem dos/as alunos/as, tornando-os/as mais dependentes do apoio e dos recursos familiares, colocando no centro do debate educativo a questão do impacto das desigualdades sociais no processo de ensino e aprendizagem. O presente artigo corresponde a uma revisão sistemática da literatura realizada com os objetivos de: a) identificar e descrever os efeitos do encerramento das escolas no processo de ensino e aprendizagem; e b) compreender que medidas foram adotadas no sentido de minimizar o efeito das desigualdades sociais nos resultados escolares. Os dados recolhidos parecem demonstrar uma correspondência entre a qualidade do processo de ensino e aprendizagem dos/as alunos/as e o capital económico e cultural das famílias, revelando o agravamento das desigualdades escolares provocadas pela pandemia.
Submetido: 30.01.2021
Aceite: 08.03.2021
The main purpose of this article was to analyze the discourses about the socio-emotional development of children published in Portuguese parenting magazines, between 1945 and 1958, period when experts, such as doctors and psy experts, became increasingly concerned with the socio-emotional well-being of children. The analysis shows that magazine contributors constructed socio-emotional development of children as fragile, with its normality constantly threatened by parents' improper attitudes and behaviors. We argue that it constitutes a powerful argument in favor of a growing intervention of psy experts in family life that played, in the second half of the 20th century, a key role in parenthood and childhood government.
O artigo apresenta resultados de um estudo que teve como objetivos conhecer a utilização nas atividades escolares de plataformas e tecnologias digitais por alunos portugueses, as dificuldades que identificam na sua utilização e compreender o efeito do nível de escolaridade do pai e da mãe nestas duas dimensões. Foi utilizado um inquérito por questionário a que responderam 2037 alunos do Ensino Básico e Secundário (6º, 9º e 12º anos de escolaridade), que frequentavam escolas localizadas em diferentes regiões de Portugal. Os resultados indicam que o nível de escolaridade da mãe está associado à utilização de plataformas mais diversificadas, a uma utilização mais frequente e à enunciação, pelos alunos, de maiores dificuldades em contexto pandémico.
Este artigo tem como principal objetivo contribuir para a compreensão do processo de construção da maternidade científica em Portugal. Neste sentido, foi analisado um conjunto de artigos (n=628), publicados em revistas de educação familiar, entre 1945 e 1958. A análise realizada permitiu compreender que as revistas analisadas contribuem para a difusão da maternidade científica, ou seja, da ideia de que a aquisição de conhecimento científico sobre a criação e educação das crianças é elemento indispensável ao adequado exercício da função maternal. Observou-se, ainda, a existência de diferentes estratégias de educação para a maternidade, às quais está subjacente um elemento de classe, assim como diferentes níveis de adesão, por parte das mulheres, à concepção de maternidade científica.
Este trabalho teve como principal finalidade contribuir para a compreensão do discurso psicopedagógico sobre a saúde mental das crianças em idade pré-escolar que circulou em Portugal no período pós II Guerra Mundial (1945-1958). Mais concretamente, foi nosso objetivo descrever a forma como era percecionada a saúde mental na infância e analisar as estratégias educativas consideradas mais adequadas para a promoção da saúde mental das crianças pertencentes a esta faixa etária. Neste sentido, recorreu-se à análise de artigos acerca desta temática publicados em duas revistas dirigidas aos pais, Os Nossos Filhos (1945-1958) e Saúde e Lar (1944-…), que circularam em Portugal no período em análise. Os nossos resultados permitiram observar que a saúde mental das crianças era percecionada como algo frágil, sendo os pais responsabilizados pelo bem estar emocional, presente e futuro, dos seus filhos.
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