O presente ensaio metodológico apresenta como produto cartográfico o mapa do número de casos confirmados de COVID-19 por bairro na área urbana de Santa Maria, RS – 16/05/2020 (n = 100) – Casos acumulados, bem como uma breve explicação metodológica dos procedimentos técnicos adotados em sua confecção. Destacou-se a metodologia para geocodificação intraurbana no espaço urbano de Santa Maria, RS, e uma breve descrição do produto obtido para os casos acumulados até a 20ª Semana Epidemiológica (SE). O produto cartográfico e a metodologia demostram eficiência para a interpretação dos dados na cidade média citada e contribuem para a gestão em saúde local.
Resumo:A interpretação das principais feições geomorfológicas glaciais é relevante para entender a evolução de ambientes de deglaciação. Esta pesquisa analisou a evolução glacial da península Fildes (Antártica) desde o Último Máximo Glacial (UMG), interpretando registros geomorfológicos subglaciais e marginais ao gelo. Foi utilizado um Modelo Digital de Elevação do TanDEM-X para obter-se dados Informações sobre o ArtigoRecebido (Received):
A densidade de Kernel consiste em quantificar as relações dos pontos dentro de um raio (R) de influência, com base em determinada função estatística, analisando os padrões traçados por determinado conjunto de dados pontuais, estimando a sua densidade na área de estudo (BERGAMASCHI, 2010). De acordo com Kawamoto (2012, p. 16-17), a técnica de Kernel “[...] consiste num estimador probabilístico de intensidade do processo pontual não-paramétrico através de função Kernel". Dentro dessa perspectiva metodológica, o objetivo deste trabalho é apresentar um mapa de densidade de Kernel da incidência de COVID-19 para área urbana de Santa Maria, RS, utilizando os dados do dia 05 de junho de 2020 (n = 282). Os procedimentos metodológicos se dividiram em cinco etapas: (1) definição do raio (R); (2) função k escolhida; (3) procedimentos realizados no QGIS para a geração da densidade de Kernel; (4) determinação do número de classes e intervalo; e (5) finalização do mapa. Os dados levaram a observar uma maior densidade de casos na área central da cidade, especificamente nas proximidades dos bairros Centro, Bonfim, Nossa Senhora de Fátima e Nonoai, com uma maior circulação de pessoas, serviços e residentes. Contudo, é possível identificar a dispersão da COVID-19 para áreas periféricas da cidade, como já ressaltado em Rizzatti et al (2020). O bairro Camobi, na região leste da cidade, demonstra comportamento semelhante ao bairro Centro, porém em menor densidade, formando o que poderíamos chamar de cluster secundário, além da zona Oeste da cidade, que demonstra a formação de um novo cluster.
O objetivo do artigo é avaliar a variação de área e localização dos campos de musgos na Península Fildes, Antártica, utilizando a técnica de NDVI e imagens LANDSAT, para o período 1986 - 2016, frente a cenários de mudanças climáticas. A técnica de NDVI foi aplicada em 7 datas de imagens LANDSAT e os produtos foram avaliados pelo índice Kappa. A área de vegetação aumentou de 1,5 para 2,7 km² no período. Os resultados do índice Kappa indicam a variação entre 0,81 a 0,93 de acurácia, com mais de 70% das áreas mapeadas indicadas acima de 0,1 (área muito provável de vegetação). Os maiores campos de musgos (83% daqueles de maior dimensão) se localizam na porção orientada para o estreito de Drake e estão associados à umidade e vento proveniente do oceano. Há maior quantidade de matéria orgânica e formação de alagados nos paleovales em “U” voltados para o Drake, contribuindo para a fixação da vegetação. Os campos de musgos continuarão a aumentar ou haverá modificação da sua localização diante de cenários de retração da geleira local Collins e o consequente aumento da disponibilidade de água líquida e sedimentos no ambiente proglacial e periglacial.
Quando se aborda o tema “Antártica”, a grande dificuldade é “aproximar” o aluno desse ambiente e permitir sua inserção, de modo que possa usar o conhecimento de filmes, jornais e mídia online para construir suas reflexões sobre o continente. Assim, o objetivo desta pesquisa é abordar alguns conceitos e características do continente antártico por meio de uma oficina lúdica. O método consistiu em quatro etapas: na primeira os alunos foram convidados a compor uma possível “mala” para levar à Antártica, colando numa folha, itens que julgaram importantes para uso nesse ambiente; no segundo momento, os mediadores da oficina realizaram uma discussão sobre quais itens eram realmente utilizados na Antártica no que tange a: transporte, alimentação, higiene pessoal, moradia e pesquisa científica; na terceira e quarta fases, após a discussão, os alunos puderam vestir roupas da expedição e adentrar nas barracas para “sentir” o continente. Os alunos se demonstraram empolgados e até os mais desinteressados participaram. Os resultados mostram que os alunos retratam a Antártica igual ao que é visto em filmes, trazendo elementos da paisagem do pólo norte, com iglus, inuits, caça e pesca de animais para sobrevivência. Outro fator que merece destaque, é que tanto nos aspectos de comunicação quanto transporte, os alunos julgam a Antártica como um continente inóspito.
O objetivo desta pesquisa é caracterizar e interpretar os processos geomorfológicos e formação de geoformas do ambiente proglacial, incluindo a área marginal ao gelo da geleira Collins, Ilha Rei George, Antártica. Foram coletadas 17 amostras nas feições geomorfológicas proglaciais distais e marginais ao gelo. Foi realizada a análise granulométrica e morfoscópica dos grãos e também a presença de estrias e textura da amostra. A partir da identificação dos tipos de feições deposicionais foi feito um mapeamento geomorfológico de mesoescala da zona proglacial. Foram encontradas feições denominadas de flutings, morainas recentes indicativas da retração da geleira e morainas antigas resultantes do avanço. As morainas de avanço indicam a posição da frente da geleira durante a Pequena Idade do Gelo (PIG) e atualmente, encontram-se na zona proglacial distal. A área mapeada na Geleira Collins foi dividida em quatro setores: 1, 2, 3 e 4. Os setores 1, 2 e 3 apresentam uma série de morainas de recessão e flutings com material arredondado e pouco anguloso indicando geleira pouca espessa, retração e ambiente com presença de água líquida. O setor 4 apresenta uma parte da geleira ativa com capacidade de transporte de material com diferentes granulometria e formação de morainas de recessão/estagnação maiores que no setor 1 e 2.
Os efeitos das mudanças climáticas na erosividade possivelmente afetarão os processos erosivos no século 21, tornando emergente a discussão dessa temática. Sendo assim, os objetivos desta revisão de literatura são: traçar as relações entre a variação de perda de solos e erosividade diante de mudanças climáticas, apresentando produtos cartográficos das décadas passadas e para todo o século 21; apresentar um panorama geral de pesquisas (publicadas entre 2016-2020); e demonstrar quais são os desafios e próximos passos na pesquisa sobre esta temática. Para tanto, a pesquisa de artigos foi realizada nas plataformas do Portal de Periódicos da CAPES, Google Scholar e Science Direct, totalizando 33 artigos. Foram consideradas pesquisas de natureza conceitual, com revisões de literatura sobre os temas e de natureza procedimental com cálculos do fator R e estimativas de perda de solos. Os trabalhos consultados mostram que a erosividade estimada e a taxa de perda de solos devem aumentar e diminuir em função das futuras mudanças climáticas. Embora, em escala global, haja estimativas do aumento de erosividade para a área tropical do planeta, atingindo majoritariamente países em desenvolvimento como o Brasil. Isso demonstra a emergência da elaboração de estudos para o país, em escala regional, de bioma e de bacias hidrográficas. Nesse sentido, ressaltamos a importância da abordagem sistêmica, que pode ser proporcionada pela Geografia nos estudos desta temática, visto que os desafios se relacionam a dificuldade de integrar diversos fatores ambientais e obter dados de campo nas modelagens preditivas de perda de solo. Overview of Changes in Rainfall and Erosion Patterns in the Face of Climate Change: Literature Review A B S T R A C TThe effects of climate change on erosivity are likely to affect erosion processes in the 21st century, which makes the discussion emerging. Thus, the goals of this literature review are: to trace the relationship between the variation in soil loss and erosivity in the face of climate change, presenting cartographic products from the past decades and for the entire 21st century; present an overview of research (published between 2016-2021); demonstrate challenges and next steps in research on this topic. Therefore, the search for papers was carried out on the platforms of the CAPES Journal Portal, Google Scholar and Science Direct, totaling 78 papers. Conceptual researches was considered, with literature reviews on the themes and procedural researches with calculations of the R factor and soil loss estimate. The consulted papers show that the estimated erosivity and the rate of soil loss are expected to increase and decrease as a result of future climate changes. Although, on a global scale, there are estimates of the increase in erosivity for the tropical area of the planet, mainly affecting developing countries like Brazil. This demonstrates the emergence of studies for the country, on a regional scale, of biomes and hydrographic basins. In this sense, we emphasize the importance of the systemic approach, which can be provided by Geography in the studies of this theme, since the challenges are related to the difficulty of integrating various environmental factors and obtaining field data in predictive models of soil loss.Keywords: erosivity, extreme precipitation events, global climate models
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