Resumo:A interpretação das principais feições geomorfológicas glaciais é relevante para entender a evolução de ambientes de deglaciação. Esta pesquisa analisou a evolução glacial da península Fildes (Antártica) desde o Último Máximo Glacial (UMG), interpretando registros geomorfológicos subglaciais e marginais ao gelo. Foi utilizado um Modelo Digital de Elevação do TanDEM-X para obter-se dados Informações sobre o ArtigoRecebido (Received):
Quando se aborda o tema “Antártica”, a grande dificuldade é “aproximar” o aluno desse ambiente e permitir sua inserção, de modo que possa usar o conhecimento de filmes, jornais e mídia online para construir suas reflexões sobre o continente. Assim, o objetivo desta pesquisa é abordar alguns conceitos e características do continente antártico por meio de uma oficina lúdica. O método consistiu em quatro etapas: na primeira os alunos foram convidados a compor uma possível “mala” para levar à Antártica, colando numa folha, itens que julgaram importantes para uso nesse ambiente; no segundo momento, os mediadores da oficina realizaram uma discussão sobre quais itens eram realmente utilizados na Antártica no que tange a: transporte, alimentação, higiene pessoal, moradia e pesquisa científica; na terceira e quarta fases, após a discussão, os alunos puderam vestir roupas da expedição e adentrar nas barracas para “sentir” o continente. Os alunos se demonstraram empolgados e até os mais desinteressados participaram. Os resultados mostram que os alunos retratam a Antártica igual ao que é visto em filmes, trazendo elementos da paisagem do pólo norte, com iglus, inuits, caça e pesca de animais para sobrevivência. Outro fator que merece destaque, é que tanto nos aspectos de comunicação quanto transporte, os alunos julgam a Antártica como um continente inóspito.
O objetivo do artigo é avaliar a variação de área e localização dos campos de musgos na Península Fildes, Antártica, utilizando a técnica de NDVI e imagens LANDSAT, para o período 1986 - 2016, frente a cenários de mudanças climáticas. A técnica de NDVI foi aplicada em 7 datas de imagens LANDSAT e os produtos foram avaliados pelo índice Kappa. A área de vegetação aumentou de 1,5 para 2,7 km² no período. Os resultados do índice Kappa indicam a variação entre 0,81 a 0,93 de acurácia, com mais de 70% das áreas mapeadas indicadas acima de 0,1 (área muito provável de vegetação). Os maiores campos de musgos (83% daqueles de maior dimensão) se localizam na porção orientada para o estreito de Drake e estão associados à umidade e vento proveniente do oceano. Há maior quantidade de matéria orgânica e formação de alagados nos paleovales em “U” voltados para o Drake, contribuindo para a fixação da vegetação. Os campos de musgos continuarão a aumentar ou haverá modificação da sua localização diante de cenários de retração da geleira local Collins e o consequente aumento da disponibilidade de água líquida e sedimentos no ambiente proglacial e periglacial.
Os efeitos das mudanças climáticas na erosividade possivelmente afetarão os processos erosivos no século 21, tornando emergente a discussão dessa temática. Sendo assim, os objetivos desta revisão de literatura são: traçar as relações entre a variação de perda de solos e erosividade diante de mudanças climáticas, apresentando produtos cartográficos das décadas passadas e para todo o século 21; apresentar um panorama geral de pesquisas (publicadas entre 2016-2020); e demonstrar quais são os desafios e próximos passos na pesquisa sobre esta temática. Para tanto, a pesquisa de artigos foi realizada nas plataformas do Portal de Periódicos da CAPES, Google Scholar e Science Direct, totalizando 33 artigos. Foram consideradas pesquisas de natureza conceitual, com revisões de literatura sobre os temas e de natureza procedimental com cálculos do fator R e estimativas de perda de solos. Os trabalhos consultados mostram que a erosividade estimada e a taxa de perda de solos devem aumentar e diminuir em função das futuras mudanças climáticas. Embora, em escala global, haja estimativas do aumento de erosividade para a área tropical do planeta, atingindo majoritariamente países em desenvolvimento como o Brasil. Isso demonstra a emergência da elaboração de estudos para o país, em escala regional, de bioma e de bacias hidrográficas. Nesse sentido, ressaltamos a importância da abordagem sistêmica, que pode ser proporcionada pela Geografia nos estudos desta temática, visto que os desafios se relacionam a dificuldade de integrar diversos fatores ambientais e obter dados de campo nas modelagens preditivas de perda de solo. Overview of Changes in Rainfall and Erosion Patterns in the Face of Climate Change: Literature Review A B S T R A C TThe effects of climate change on erosivity are likely to affect erosion processes in the 21st century, which makes the discussion emerging. Thus, the goals of this literature review are: to trace the relationship between the variation in soil loss and erosivity in the face of climate change, presenting cartographic products from the past decades and for the entire 21st century; present an overview of research (published between 2016-2021); demonstrate challenges and next steps in research on this topic. Therefore, the search for papers was carried out on the platforms of the CAPES Journal Portal, Google Scholar and Science Direct, totaling 78 papers. Conceptual researches was considered, with literature reviews on the themes and procedural researches with calculations of the R factor and soil loss estimate. The consulted papers show that the estimated erosivity and the rate of soil loss are expected to increase and decrease as a result of future climate changes. Although, on a global scale, there are estimates of the increase in erosivity for the tropical area of the planet, mainly affecting developing countries like Brazil. This demonstrates the emergence of studies for the country, on a regional scale, of biomes and hydrographic basins. In this sense, we emphasize the importance of the systemic approach, which can be provided by Geography in the studies of this theme, since the challenges are related to the difficulty of integrating various environmental factors and obtaining field data in predictive models of soil loss.Keywords: erosivity, extreme precipitation events, global climate models
O objetivo desta pesquisa é caracterizar e interpretar os processos geomorfológicos e formação de geoformas do ambiente proglacial, incluindo a área marginal ao gelo da geleira Collins, Ilha Rei George, Antártica. Foram coletadas 17 amostras nas feições geomorfológicas proglaciais distais e marginais ao gelo. Foi realizada a análise granulométrica e morfoscópica dos grãos e também a presença de estrias e textura da amostra. A partir da identificação dos tipos de feições deposicionais foi feito um mapeamento geomorfológico de mesoescala da zona proglacial. Foram encontradas feições denominadas de flutings, morainas recentes indicativas da retração da geleira e morainas antigas resultantes do avanço. As morainas de avanço indicam a posição da frente da geleira durante a Pequena Idade do Gelo (PIG) e atualmente, encontram-se na zona proglacial distal. A área mapeada na Geleira Collins foi dividida em quatro setores: 1, 2, 3 e 4. Os setores 1, 2 e 3 apresentam uma série de morainas de recessão e flutings com material arredondado e pouco anguloso indicando geleira pouca espessa, retração e ambiente com presença de água líquida. O setor 4 apresenta uma parte da geleira ativa com capacidade de transporte de material com diferentes granulometria e formação de morainas de recessão/estagnação maiores que no setor 1 e 2.
The analysis of glacial and ice-marginal system may contribute to understanding the impact of climatic change. The aim of this study is to investigate changes in glacial, proglacial and paraglacial system in response to the Collins glacier retreat, between the Little Ice Age (LIA) and 2070. Glacial geomorphological mapping reveals landforms that are diagnostic of terrestrial-terminating glacier former during LIA. Glacial and the proglacial systems were mapping to evaluate the ice-marginal evolution. The field measurement, satellite imagery, granulometric and morphoscopic sedimentary analysis and geomorphological data are analyzed. The Collins glacier surface topography has been surveyed by DGNSS during 11 years (1997/98-2008/09) and for glacier area estimation in 2030, 2050 and 2070 CE. The Collins glacier loss 1.4 km² in the period LIA-2018. Under an atmospheric warming scenario, using temperature melt index model the glacier will lose approximately 5% of its total area until 2030 (0.90 km²), 21% (3.60 km²) by 2050, and 35% (5.90 km²) by 2070 CE. Four sectors in the proglacial zone are identified: Sector 1 displays changes on the front of the glacier since the LIA, a push moraine in only one sector, presence of flutings and moraines of recession. Sector 2 showed shrinkage around 100 meters in the period LIA-2018, presenting recessional and push moraines of about 10 meters of height. Sector 3 showed 350 meters of the shrinkage since the LIA, and recessional moraines, and absence of the push moraines. Sector 4, showed 1500 meters of the shrinkage since the LIA, a push moraine of about 12 meters high. This behavior that occurs since the LIA, allows to validate the future scenario model. The ice-free areas could expand 1,4 km² by the end 2070 decade, if considered since LIA. However, it should be noted that if the glacier continues to retreat, the system will be subject to hydrological and sedimentary readjustments at various stages in the future.
O objetivo desta pesquisa é apresentar novas formas de abordar as mudanças climáticas e o ensino de regiões polares com alunos de graduação em Geografia através da discussão interdisciplinar, sistêmica e ainda da elaboração de material didático atrelado às novas tecnologias de informação e comunicação, como o WhatsApp. As mudanças climáticas podem ser consideradas um novo paradigma no ensino da geografia escolar e superior, e necessitam de novas metodologias para guiar o professor nessa tarefa. O primeiro momento foi reservado para a distribuição das notícias verdadeiras e falsas para os alunos. A segunda etapa consistiu em uma apresentação com informações e explicações sobre Antártica e mudanças climáticas, visando apoiar os alunos na avaliação das notícias distribuídas. A terceira etapa caracterizou-se pela apresentação, aos alunos, de materiais utilizados por pesquisadores, na Antártica. A atividade envolvendo WhatsApp, ao demonstrar a visão sistêmica de muitos alunos em relação às mudanças climáticas, revelou uma série de possibilidades de abordagem dos assuntos, atreladas não somente à (s) disciplina(s) de Climatologia. Ao tratar das mudanças climáticas nas disciplinas de Biogeografia, Geografia da População, Geografia Agrária, Geografia Cultural, Climatologia, Cartografia, Geomorfologia e Geografia Urbana, é possível aprofundar essas relações sistêmicas entre o ser humano e o meio. Sendo assim, o professor precisa de atualização constante, pois a quantidade e a diversidade de materiais científicos publicados são grandes, assim como a disseminação de fake news climáticas.
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