ARANTES, Priscila. Re/escrituras da arte contemporânea: história, arquivo e mídia. Porto Alegre: Sulina, 2015.Priscila Arantes é diretora do Paço das Artes desde 2007, além de curadora, pesquisadora e crítica no campo da estética contemporânea. Por meio de suas experiências tanto na pesquisa quanto na prática curatorial, redigiu o livro Re/escrituras da arte contemporânea: história, arquivo e mídia, o qual entrelaça discussões acerca do da curadoria e da condição da obra de arte contemporânea que ocupa o arquivo, ou é proveniente dele, contribuindo grandemente com os debates correlatos. Embora sua escritura parta de um conhecimento filosófico, perpassando as práticas curatoriais, percebemos as possibilidades de caminhos que também a Ciência da Informação pode percorrer. Em concordância com Simone Osthoff, que escreve no prefácio da obra, percebemos este livro como um subsídio acadêmico importante para pensarmos as questões que envolvem o arquivo e a documentação no campo das artes contemporâneas.Arantes tem interesse pelo diálogo que a arte contemporânea promove junto ao arquivo por ter se deparado com a arte como um processo que exigia sua documentação, seu registro, também considerando sua efemeridade e desmaterialização. Assim, aproveitou-se de sua experiência no Paço das Artes, instituição que ela frisa não se tratar de um museu no sentido estrito do termo, mas que ela classifica mais como um arquivo de arte contemporânea, para tecer suas considerações acerca destes assuntos. Ela busca desenvolver suas discussões por meio de "Artistas que trabalham com material de arquivo, que criam arquivos fictícios, que problematizam a questão do arquivamento, artistas que desenvolvem projetos a partir de uma modalidade arquival […]" (ARANTES, 2015, p. 19).Sua obra se divide em duas partes, sendo a primeira um desenvolvimento do conceito que ela chama de "re/escritura da história como forma de entendimento da mesma não como