O presente artigo ocupa-se de mostrar a concepção de ensino da Língua Portuguesa pelo viés da BNCC e dos PCN’s, abordando de que maneira esses documentos orientam os professores a realizarem as aulas. O objetivo desse estudo é analisar e refletir como a língua é percebida e que instrumentos possíveis ela pode ser trabalhada em sala de aula. Desta forma, dois caminhos são apresentados: o ensino da gramática e o ensino da leitura. Como esses dois temas podem ser trabalhados, de forma que um não exclua o outro.
RESUMO:A língua portuguesa, da mesma forma como o ser humano, evolui no curso da história; afinal, só existe uma língua porque existem falantes que a mantêm em uso. Mas há uma cultura muito forte da predominância da gramática normativa como única abordagem linguística válida, o que confunde a concepção de língua e induz ao preconceito linguístico. A partir disso, criam-se mitos que disseminam ainda mais o preconceito na sociedade. Nesse sentido, este artigo, baseando-se em uma pesquisa quantitativa, teve como objetivo analisar a percepção de língua que os participantes possuem, e verificar se esses mitos realmente fazem parte de suas percepções. Para tanto, foi aplicado um questionário no Google Formulários no qual 143 participantes avaliaram enunciados que reproduzem concepções de preconceito linguístico. A partir da análise dos dados, observou-se que existem muitos conceitos distorcidos sobre a língua portuguesa que contribuem para a propagação do chamado preconceito linguístico. PALAVRAS-CHAVE:Preconceito Linguístico. Língua. Sociolinguística. ABSTRACT:The Portuguese language, just as the human being, evolves in the course of history, after all, there is only one language because there are speakers that keep it in use. But, there is a very strong culture of the predominance of normative grammar as the only valid linguistic approach, which confuses the conception of language and induces linguistic prejudice. From this, myths are created spreading even more prejudice on society. In this sense, this article, based on a quantitative research, had as objective to analyze the language perception that the participants have, and to verify if these myths really are part of their perceptions. In this way, a questionnaire in Google Form was applied with 143 voluntaries who evaluated statements that reproduce conceptions of linguistic prejudice. From the data analysis, it was observed that there are many distorted concepts about the Portuguese language that contribute to the propagation of the so-called linguistic prejudice.KEYWORDS: Prejudice Linguistic. Language. Sociolinguistics. INTRODUÇÃOA forma como falamos carrega vários indícios de quem somos. É por meio da fala que podemos perceber nosso lugar de origem, a faixa etária, o gênero do falante e até mesmo os grupos sociais que frequentamos. Por isso, discriminar alguém pelo modo como faz uso da língua é também uma forma de preconceito. Entende-se por preconceito, segundo o dicionário
Este trabalho pretendeu responder à seguinte questão norteadora: como potencializar práticas de ensino da compreensão leitora a partir da apropriação textual movida pela relevância? Para tanto, assumimos dois campos teóricos para concretizar uma interface: a Psicolinguística, no que diz respeito às estratégias de leitura, e a Pragmática, via Teoria da Relevância, no que diz respeito à busca pela relevância máxima da significação. Participaram da pesquisa quatro turmas de 8o ano de duas escolas da rede pública de duas cidades do Vale do Taquari-RS. A metodologia se concretizou pela proposição de intervenção didática a partir da leitura do texto Muribeca, de Marcelo Freire, tendo duas turmas como as de aplicação e duas como turmas de controle. As turmas de aplicação realizaram a leitura do texto com mediação do professor, o que não aconteceu nas turmas de controle. Os resultados obtidos nos testes de leitura que se seguiram às intervenções revelaram que os alunos das turmas de aplicação obtiveram melhores desempenhos no que diz respeito ao processamento do significado. Evidenciou-se, assim, que as intervenções didáticas de leitura, cujo foco era estimular a produção de inferências pela ativação de conhecimentos prévios e pela produção de predições, auxiliam na busca pela relevância máxima nas tarefas de leitura. Ao fim, concluímos que é possível um trabalho em sala de aula tendo o significado do texto compreendido e processado pelos alunos, desde que o professor tenha em mente os objetivos de leitura e crie espaços de inferenciação sobre o texto. Concretizamos, assim, a interface teórica intencionada neste estudo.
As fronteiras entre a linguística e a literatura parecem se aproximar quando analisadas pela perspectiva da comunicação social. Bakhtin, Medviédev e Volóchinov proporcionam as bases teóricas para o estudo das relações semânticas que estruturam o enunciado na vida e na literatura. Este artigo tem como objetivo investigar relações dialógicas entre a história de Penélope, de Homero, e o conto “A moça tecelã”, de Marina Colasanti, à luz da teoria de Bakhtin e Círculo. A investigação enfoca a valoração ao redor do conceito de felicidade, presente em nossos objetos. A partir da análise apresentada, notamos que a posição do autor criador no conto de Colasanti se constrói a partir da resposta ativa ao texto de Homero. No conto, a palavra alheia é assimilada, elaborada e reacentuada. Nesse processo, o conto evoca vozes sociais de seu horizonte ideológico contemporâneo a fim de incorporar o discurso emitido por Homero em estado de contrapalavra. O estudo reitera o caráter artístico do enunciado literário em estreita relação com as esferas cotidianas da existência, assim como demonstra as relações dialógicas que entretecem sentidos no grande tempo.
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