Em meados dos anos 2000 o cenário regional sul-americano apresentou maior coesão política, a qual impulsionou a aproximação comercial entre os países da região. Foi com a demanda econômica por ampliação das relações comerciais que se identificou a existência de barreiras infraestruturais e assimetrias que dificultavam ou encareciam tais relações no continente. Com a necessidade de melhorar a conexão territorial entre os países por meio da liderança brasileira e de seu projeto de desenvolvimento nacional, o tema da infraestrutura foi inserido nos debates sul-americanos, originando no ano 2000 a criação da Iniciativa de Integração da Infraestrutura Regional Sul Americana (IIRSA). No entanto, apesar da existência de investimentos externos e de um discurso pró-integração defendido, principalmente, pelo governo brasileiro, a liderança do Brasil diminuiu na última década, de modo que a instabilidade na coesão nas relações regionais ainda é presente e a integração da infraestrutura regional está longe de ser consolidada. O objetivo deste artigo é demonstrar a evolução da IIRSA (2000-2010) e do COSIPLAN (2011-2017) de maneira comparativa, apontando os pontos positivos já concretizados assim como as barreiras existentes, dando destaque à participação brasileira no processo em conjunto com a atuação do BNDES como ferramenta da política externa do país na região.
El inicio de la segunda década del siglo xxi representó retrocesos en los impulsos regionalistas latinoamericanos y estuvo marcado por el desmantelamiento de Unasur, la parálisis de alba y problemas en la Celac y en el Mercosur. Gran parte de los estudios sobre el tema apuntan las tensiones en estos mecanismos regionales como resultado de múltiples factores coyunturales, como la muerte del presidente venezolano Hugo Chávez, el aumento gradual de la grieta política en Brasil y Argentina, especialmente a partir del impeachment brasileño y el “giro a la derecha” en la región, así como la ampliación de la presencia de actores extrarregionales como China y Estados Unidos. A partir de un análisis procesual e institucional, este artículo discute cómo las instituciones regionales sudamericanas reaccionaron a los periodos de crisis actuales. Se argumenta que el desmantelamiento de Unasur no es simplemente resultado de los cambios sistémicos del periodo, sino que es un reflejo de la trayectoria institucional latinoamericana y de sus antecedentes críticos. A su vez, se concluye que el contexto histórico puede ser la oportunidad que estimula la desintegración latinoamericana, pero no su causa.
Os ideais liberais fazem parte da política externa norte-americana assim como das instituições internacionais criadas com apoio americano. A criação do BID representou o amplo interesse dos Estados Unidos em direcionar o desenvolvimento socioeconômico do continente. O objetivo deste artigo é avaliar a atuação do BID a partir das diretrizes da política externa norte-americana com foco na dinâmica dos investimentos regionais para seus principais contribuidores sul-americanos: Brasil e Argentina.
RESUMO: Este artigo discute os programas reformistas na Bolívia, no Brasil, no Equador e na Venezuela, durante o século XXI, e as suas limitações conjunturais. Nesse contexto, questões econômicas, jurídicas, políticas e sociais de ordem doméstica e internacional são analisadas como fatores de contradição que explicam a manutenção do sistema capitalista e a dificuldade de realização plena do regime democrático na região. Considerando as particularidades de cada Estado analisado, nota-se que, apesar das reformas realizadas, aspectos indeléveis da estrutura institucional não foram alterados, o que, consequentemente, limita a aplicação prática do que é proposto.PALAVRAS-CHAVE: América Latina. Democracia. Reformas políticas. RESUMEN:Este artículo discute los programas reformistas en Bolivia, Brasil, Ecuador y Venezuela, a lo largo del siglo XXI, y sus limitaciones coyunturales. En ese contexto, las cuestiones económicas, jurídicas, políticas y sociales de nivel doméstico e internacional son analizadas como factores de contradicción que explican el mantenimiento del sistema capitalista y la dificultad de realización plena del régimen democrático en la región. Considerando las particularidades de cada Estado analizado, se nota que, pese las reformas realizadas, aspectos indelebles de la estructura institucional no fueron alterados, lo que, consecuentemente, limita la aplicación práctica de lo que es propuesto.
La pandemia de COVID-19 ha significado un momento de reflexión para los procesos de integración de América Latina, desbordados por su impacto y las consecuencias que trajo la falta de respuestas multilaterales, colaborativas y consensuadas y la preferencia por actuar de manera individual, prevalenciendo las soberanías nacionales sobre una actuación de soberanías compartidas. Con ello se está demostrando que en lo institucional se encuentra una de las mayores falencias y debilidades de la integración latinoamericana, a lo que se agrega la falta de liderazgo tan necesario en circunstancias como estas. América Latina no ha actuado de manera colaborativa, a pesar de contar con tantos elementos de identidad compartida entre sus países. Este individualismo les ha restado posibilidades de aprovechar mejor la ayuda internacional. Al comparar lo adelantado en países de otros continentes, se observa una reacción multilateral, por ejemplo, en la Unión Europea, e incluso una mayor coordinación en el continente africano, lo que les permite aprovechar mejor las acciones de cooperación adelantadas, en este caso, por China. Aunque hubo al comienzo algún retraso en la reacción de la Unión Europea, finalmente se dio aprobación a un paquete de medidas económicas de gran magnitud que le permitirá a muchos de sus miembros sortear más eficazmente los impactos negativos de la pandemia. En materia de liderazgo, el eje francoalemán y el comportamiento de un Estado federal como Alemania es también fuente de lecciones positivas. En Latinoamérica, solo el proceso centroamericano de integración ha tenido un accionar más grupal y colaborativo, mientras en procesos como el Mercosur es clara la necesidad de introducir profundas reformas que aclaren el rumbo del proceso e incorporen en este y demás procesos de integración elementos indispensables para la pospandemia como el trabajo mancomunado, multilateral y solidario.
RESUMO Introdução: Este artigo aborda as divergências em torno da definição e do uso do conceito de “conjuntura crítica”. Aponta para a necessidade de avançar no seu desenvolvimento teórico-conceitual para ampliar a capacidade da noção em identificar a ocorrência de conjunturas críticas. Materiais e métodos: A partir de uma revisão detalhada da literatura do Institucionalismo Histórico, considerando os textos e os autores de referência dessa corrente nos repositórios acadêmicos nacionais e internacionais, apresentamos uma crítica das potencialidades e das limitações do conceito de conjuntura crítica para explicação dos momentos de mudança. Resultados: Buscando superar a causalidade pressuposta entre conjuntura crítica e mudança, este artigo propõe reinterpretar o conceito de conjuntura crítica a partir da ideia de contingência, caracterizando-a como um período de redução dos constrangimentos institucionais em que mudanças significativas são possíveis, ainda que não necessárias. Discussão: Em um contexto marcado por crises político-institucionais, pela transformação nas formas de interação social e pela crescente instabilidade em várias partes do globo, é cada vez mais importante identificar e compreender períodos de crise de expectativas e incerteza sobre o futuro. Argumentamos que o conceito de conjuntura crítica, desde que redefinido, tal como feito neste artigo, amplia a capacidade do modelo teórico em identificar a ocorrência de conjunturas críticas, bem como constatar se ela ocorreu, está ocorrendo ou irá ocorrer. Ao mesmo tempo, essa operação ajuda a explicar quais seriam as causas necessárias para que ocorra ou não uma mudança institucional.
A partir da análise da dimensão da infraestrutura na política dos governos Lula (2003-2010) para a América do Sul, o objetivo do artigo é apontar a correlação entre a política regional e a projeção do modelo de desenvolvimento adotado, o neodesenvolvimentismo. O ativismo político, a construção de uma agenda multilateral através da conformação de instituições regionais, como a Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA) e o Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (COSIPLAN), e as políticas nacionais de incentivo à exportação, orientadas ao setor da construção civil, impulsionaram os financiamentos das obras pelo Brasil no nível regional. Defende-se que o tema da infraestrutura permite observar a projeção de interesses privados brasileiros na política regional do país. Abstract: Within the analysis of the infrastructure dimension for the brazilian foreign policies during Lula's government (2003-2010) towards South America (2003-2010), this article aims to point out the correlation between the regional policy and the projection of the development model adopted, the neo-developmentalism. The political activism, the construction of a multilateral agenda through the creation of regional institutions, such as the South-American Regional Infrastructure Integration Initiative (IIRSA) and the South-American Infrastructure and Planning Council (COSIPLAN), and the national export incentive policies towards the construction sector, leveraged the brazilian financing at the regional level. It is argued that the infrastructure dimension allowed the projection of the brazilian private interests in its regional policy. Keywords: Brazilian Foreign Policy. Infrastructure Integration. South American Integration. Recebido em: fevereiro/2020. Aprovado em: agosto/2020.
Este libro está compuesto de ocho capítulos que discuten los temas más urgentes que afectan a nuestra región. En este duodécimo tomo de la colección Gridale, los investigadores dieron continuidad a la misión del grupo y realizaron análisis que van desde cuestiones prácticas como las fronteras, la educación superior, la crisis venezolana, la migración y los impactos de la pandemia de COVID-19, hasta cuestiones normativas sobre la construcción de una identidad integracionista común. En un escenario regional fragmentado, este tomo reflexiona sobre posibles puntos de convergencia para propiciar una integración dinámica que supere nacionalismos estrechos y acompañe estos desafiantes tiempos.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.