In the article we examine the foundations of international insertion of Brazil in the first government of President Dilma Rousseff (2011Rousseff ( -2014. The causes of the loss of efficiency of the international action taken in the government of Luiz Inácio Lula da Silva (2003Silva ( -2010, is considered under the elaboration of the analytical hypothesis of relative decline.
introduction During President Lula da Silva's two terms in office (2003)(2004)(2005)(2006)(2007)(2008)(2009)(2010), Brazilian diplomacy worked to reinforce the country's relations with its traditional partners, particularly the United States, Japan, and Western Europe, but also assigned priority to establishing new dynamic axes, as illustrated by the pursuit of partnerships with countries such as South Africa, India, and China. These adjustments and fine-tuning of bilateral relations laid the foundation of universalism in Brazilian foreign policy, as well as defining major lineaments for the country's international performance, namely, consolidation of economic relations (from the standpoint of trade currents and investment flows) and closer political cooperation at the highest level.Starting from an analysis of the idea of "strategic partnerships" and of how it evolved through Brazil's international experience, this article will assess the development of this concept in recent years. The purpose is to stress the importance of the effort toward diversification and the sophistication of the political and economic ties with a view to the strategy for Brazil's incorporation into the international scene, as well as seeing how it relates to other movements, such as the pursuit of a permanent seat on the United Nations Security Council. * Professor at University of Brasília -UnB, Brazil, and researcher of National Council for Scientific and Technological Development -CNPq (alessa@unb.br).
IntroduçãoA lenta e gradual constituição de um impressionante acervo de contatos bilaterais é dos patrimônios mais sólidos da política exterior do Brasil. A diversidade desses contatos, espalhados pelos cinco continentes, expressos em laços mais ou menos efetivos entre sociedades aproximadas por circunstâncias políticas, econômicas e culturais, serviu em diversos momentos à sociedade brasileira para a realização de seu interesse nacional.Considerando-se a multiplicidade de tal acervo, proceder ao seu inventário seria empresa de pouca valia, uma vez que permaneceriam escondidas, sob os atos dos homens de Estado, a riqueza e a efetividade de muitos relacionamentos bilaterais pautados pelo dinamismo social -além do que, uma já substantiva bibliografia (apesar de ainda lacunar) está a disposição dos interessados em percorrer conceitualmente as principais vinculações bilaterais do Brasil 1 .Propõe-se, portanto, uma inversão de ótica para a apropriação do sistema de relações bilaterais do Brasil: em lugar de uma averiguação pontual de parcelas do grande mosaico em vias de consecução, o que eventualmente poderia se dar por regiões ou países, adote-se como objetivo vislumbrar a obra em sua totalidade, ou seja, o universalismo que, juntamente com o pacifismo, o juridicismo e o realismo, constitui a moldura conceitual da praxis diplomática brasileira.Assim, o presente trabalho tem por objetivo examinar as linhas gerais do processo de construção do universalismo enquanto vetor da política exterior do Brasil, processo tal que encontra na adjetivação proporcionada pela seletividade ao longo das últimas décadas, um novo modo de proporcionar instrumentalidade ao sistema de relações bilaterais do Brasil, concretizado na construção de parcerias estratégicas.
IntroduçãoO debate intelectual e a produção científico-acadêmica realizados no Brasil sobre temas afetos às relações internacionais e à política exterior cresceram em importância e em qualidade nos últimos vinte anos. Esse processo traduz o adensamento do "pensamento brasileiro de relações internacionais", particularmente perceptível ao longo dos anos 90. Verificou-se tanto o crescimento do interesse dos meios iniciados (acadêmicos, militares, diplomatas etc.) no debate especializado quanto a diversificação de centros dedicados à reflexão, à pesquisa e ao ensino no Brasil, e o crescimento do número de atores que produzem análises de todos os tipos, seja para amparar a tomada de decisão nos organismos dedicados à formulação e implementação da política externa, seja para influenciá-la. O fato é que é possível observar que o debate acerca dos temas internacionais ganhou novos foros, em que se incluem redes de organizações não-governamentais, federações de empresários dos mais diversos setores, centrais sindicais, mas especialmente, novas e diversificadas redes acadêmicas.Neste trabalho se propõe analisar a trajetória das vertentes metodológicas que se dedicaram à compreensão das Relações Internacionais no Brasil a partir dos anos 90, verificando eventuais influências recíprocas, e consolidando os novos paradigmas de interpretação que surgiram desde então. Rev. Bras. Polít. Int. 48 (2): 169-184 [2005] ARTIGO
IntroduçãoO Brasil tem uma sólida tradição em planejamento, que começou a ganhar corpo a partir da primeira metade do século passado. Desde o Plano Salte, no Governo de Eurico Gaspar Dutra (1946)(1947)(1948)(1949)(1950)(1951), do Plano de Metas de Juscelino Kubitschek, (1956)(1957)(1958)(1959)(1960)(1961) até os Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNDs) da década de 1970, o país acumulou uma bagagem valiosa em termos de planejamento governamental que, dentro das estratégias de desenvolvimento nacional, sempre tiveram impactos no modo pelo qual o país se lançava ao mundo e definia suas prioridades para as relações internacionais (ALMEIDA, 2004).A partir do III Plano Nacional de Desenvolvimento -PND, que cobriu o mandato do último governo militar, de 1979 a 1985, e com o I Plano Nacional de Desenvolvimento da Nova República, que data de 1986, os principais instrumentos do planejamento federal passaram a representar documentos meramente formais. Com o ritmo inflacionário ganhando força, os planos e os orçamentos estatais, sem uma revisão periódica consistente, tornavam-se rapidamente peças declaratórias da reduzida capacidade de implementação do Estado brasileiro.A Constituição de 1988 tentou resgatar a importância do planejamento, implementando os planos plurianuais (PPAs), hierarquicamente superiores e vinculantes às leis orçamentárias, e tornando crime de responsabilidade do presidente da República, sujeito à impedimento, o seu não envio ao Congresso * Professor do Instituto de Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (iREL-UnB) e pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico -CNPq (alessa@unb.br).
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