O HIV, inicialmente vinculado a homens que fazem sexo com homens (HSH), particularmente nos países industrializados e na América Latina, disseminou-se rapidamente entre os diversos segmentos, alcançando mulheres, homens com prática heterossexual e crianças. A crescente desigualdade entre países desenvolvidos e em desenvolvimento reflete-se, tanto na magnitude da propagação do HIV, quanto na mortalidade por aids. Na medida em que se acentuam as diferenças de acesso ao tratamento, diminui a mortalidade por aids nos países mais ricos e aumenta nos países mais pobres, exceção feita ao Brasil, um dos poucos países que adotaram a política de distribuição gratuita de anti-retrovirais. Aqui, a mortalidade vem apresentando queda acentuada a partir de 1996 e o uso de anti-retrovirais, entre outros, é um dos principais fatores associados a esta diminuição. No presente artigo foram analisados os dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica de DST/aids do Estado de São Paulo, com o intuito de descrever o perfil da epidemia e discutir os termos juvenilização, pauperização, heterossexualização e feminização, introduzidos no discurso sobre a epidemia, para acompanhar as mudanças de seu padrão epidemiológico. Até 31/12/2001, no Estado de São Paulo, foram notificados 106.873 casos da doença, o que representa cerca de 50% do total de notificações do país. Os maiores coeficientes de incidência aparecem nos indivíduos de 30 a 39 anos, sendo que tanto o número de casos como o de óbitos mostra um ligeiro aumento nas idades mais avançadas, indicando um leve "envelhecimento" da epidemia. A aids aparece em todas as camadas sociais. Ao longo dos anos tem havido um aumento do número de casos entre pessoas de menor escolaridade, com ocupações menos qualificadas. O crescimento do número de casos entre homens heterossexuais, junto ao marcante predomínio desta forma de transmissão na população feminina, corrobora a hipótese de heterossexualização da epidemia. O atual sistema de vigilância epidemiológica de aids é baseado principalmente na notificação de casos e tem sido utilizado como principal fonte de informação para observação das tendências da epidemia e para o planejamento das atividades de prevenção e assistência, assim como para divulgação da doença para a população em geral. Reflete uma situação de vários anos após a infecção ter acontecido, e este intervalo de tempo tende a aumentar em virtude de diversos fatores, tais como a introdução dos anti-retrovirais, entre outros, levando ao aumento do tempo para os casos entrarem no sistema de informação, fazendo com que as informações do sistema atual fiquem cada vez mais distantes da real magnitude da infecção pelo HIV. Dessa forma, outras estratégias têm sido implementadas para se avaliar as tendências da infecção pelo HIV e para subsidiar novas atividades de prevenção e controle, tais como: a notificação compulsória de gestantes HIV positivas e crianças expostas ao HIV; notificação dos portadores assintomáticos do HIV; aprimoramento da investigação sobre a situação de risco dos casos de HIV/aids e incorporação do quesito cor/raça na notificação de casos de aids para subsidiar a definição de grupos de risco acrescido e de maior vulnerabilidade; assim como os sistemas de vigilância de segunda geração, que objetivam identificar as tendências do comportamento e de prevalência da infecção.
The aim of this study was to evaluate survival time for AIDS patients 13 years and older in the South and Southeast regions of Brazil, according to socio-demographic, clinical, and epidemiological characteristics. The sample was selected from all cases diagnosed in 1998 and 1999 and notified to the Epidemiological Surveillance System of the National STD/AIDS Program. Use of a questionnaire allowed analyzing 2,091 patient charts. Based on the Kaplan-Meier method, estimated survival was at least 108 months after diagnosis in 59.5% of patients in the Southeast and 59.3% in the South. Cox regression models showed, in both regions, an increase in survival in patients on antiretroviral therapy, those classified as AIDS cases according to the CD4 T-cell criterion, females, and those with more schooling. Other factors associated with longer survival in the Southeast were: white skin color, no history of tuberculosis since the AIDS diagnosis, negative hepatitis B serology, and access to a multidisciplinary health team. In the South, age below 40 years was associated with longer survival.
there was a high prevalence of HIV co-infection in the service analyzed, disproportionately affecting MSM who were notified with acquired syphilis.
Both process and outcome indicators point to the effectiveness of efforts to reduce perinatal transmission in São Paulo State.
BackgroundImmunosuppressed individuals present serious morbidity and mortality from influenza, therefore it is important to understand the safety and immunogenicity of influenza vaccination among them.MethodsThis multicenter cohort study evaluated the immunogenicity and reactogenicity of an inactivated, monovalent, non-adjuvanted pandemic (H1N1) 2009 vaccine among the elderly, HIV-infected, rheumatoid arthritis (RA), cancer, kidney transplant, and juvenile idiopathic arthritis (JIA) patients. Participants were included during routine clinical visits, and vaccinated according to conventional influenza vaccination schedules. Antibody response was measured by the hemagglutination-inhibition assay, before and 21 days after vaccination.Results319 patients with cancer, 260 with RA, 256 HIV-infected, 149 elderly individuals, 85 kidney transplant recipients, and 83 with JIA were included.The proportions of seroprotection, seroconversion, and the geometric mean titer ratios postvaccination were, respectively: 37.6%, 31.8%, and 3.2 among kidney transplant recipients, 61.5%, 53.1%, and 7.5 among RA patients, 63.1%, 55.7%, and 5.7 among the elderly, 59.0%, 54.7%, and 5.9 among HIV-infected patients, 52.4%, 49.2%, and 5.3 among cancer patients, 85.5%, 78.3%, and 16.5 among JIA patients. The vaccine was well tolerated, with no reported severe adverse events.ConclusionsThe vaccine was safe among all groups, with an acceptable immunogenicity among the elderly and JIA patients, however new vaccination strategies should be explored to improve the immune response of immunocompromised adult patients. (ClinicalTrials.gov, NCT01218685)
This patient presented on the first day of life with pronounced lactic acidosis with an elevated lactate/pyruvate ratio. Urine organic acids showed Krebs cycle metabolites and mildly elevated methylmalonate and methylcitrate. The acylcarnitine profile showed elevated propionylcarnitine and succinylcarnitine. Amino acids showed elevated glutamic acid, glutamine, proline, and alanine. From age 2 months on, she had elevated transaminases and intermittent episodes of liver failure. Liver biopsy showed steatosis, and a decrease of mitochondrial DNA to 50% of control. She had bilateral sensorineural hearing loss. Over the course of the first two years of life, she developed a progressively severe myopathy with pronounced muscle weakness eventually leading to respiratory failure, Leigh disease, and recurrent hepatic failure. The hepatic symptoms and the metabolic parameters temporarily improved upon treatment with aspartate, but neither muscle symptoms nor brain lesions improved. Laboratory testing revealed a deficiency of succinyl-CoA ligase enzyme activity and protein in fibroblasts due to a novel homozygous mutation in the SUCLG1 gene: c.40A>T (p.M14L). Functional analysis suggests that this methionine is more likely to function as the translation initiator methionine, explaining the pathogenic nature of the mutation. Succinyl-CoA ligase deficiency due to a SUCLG1 mutation is a new cause for mitochondrial hepatoencephalomyopathy.
RESUMO: Objetivo: Analisar a evolução, de 2011 a 2017, das taxas de detecção de sífilis notificada por sexo, faixa etária e região de residência no estado de São Paulo (ESP). Métodos: Foi organizada série histórica com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram descritas as taxas de detecção de sífilis adquirida (TDSA) e de sífilis adquirida incluindo as gestantes com sífilis (TDSAG), por 100.000 hab. Para análise de tendência da evolução das taxas no período estudado, foi empregado o modelo Jointpoint (ponto de inflexão), bem como foram estimadas a variação percentual anual (VPA) por segmento e a média da variação percentual anual (MVPA), com os respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados: Foram notificados 205.424 casos de sífilis adquirida e sífilis em gestantes no período. Entre 2011 e 2017, a TDSA por 100 mil habitantes variou de 26,0 a 84,6 e a TDSAG por 100 mil habitantes, de 33,7 a 108,9; a tendência foi crescente em ambas as curvas e identificou-se um ponto de inflexão dividindo a curva de TDSA e de TDSAG em dois períodos: de 2011 a 2013 e de 2013 a 2017. A MVPA encontrada da TDSA foi de 21,0% (IC95% 15,7 ‒ 26,4) e da TDSAG, de 21,2% (IC95% 16,4 ‒ -26,1). Nas faixas etárias até 24 anos ocorreu crescimento expressivo em ambos os sexos. Observou-se heterogeneidade na evolução das taxas segundo região do Estado. Conclusões: A tendência crescente das taxas de detecção de sífilis adquirida pode ser atribuída a melhor adesão à notificação e ao acometimento desproporcional dos jovens.
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