Resumo Este artigo propõe uma discussão sobre os pressupostos que fundamentam a prática da Musicoterapia, especificamente quando esta se identifica como uma ação de base social e comunitária. A partir de uma localização histórica, desenvolvem-se reflexões críticas acerca dos principais conceitos que balizam a práxis musicoterapêutica em contexto social e comunitário. A discussão apresentou o termo musicoterapia social e comunitária como uma tentativa de abranger fundamentos da psicologia, sobretudo em uma vertente crítica e sócio-histórica, que abordam uma prática centrada nas relações humanas, na grupalidade e na ação democrática. Temas como lugar, espaço e ação musicoterapêutica foram discutidos. Concluiu-se que tal prática pretende a modificação da realidade social por meio do convívio mediado da criação de sonoridades, em um processo ativo fundamentado na cultura e em aspectos da vivência cotidiana.
ResumoEste trabalho faz parte de uma pesquisa mais ampla, desenvolvida em um município da região metropolitana da cidade de Curitiba, no sul do Brasil. A investigação foi qualitativa com caráter interventivo e participativo, uma vez que os sujeitos atuaram diretamente na criação de estratégias para intervenção no campo cotidiano. Atuamos em um Centro de Referência de Assistência Social -CRAS, com pessoas consideradas em vulnerabilidade social. O projeto foi nomeado Roda de Música e foi realizado por meio de encontros semanais dedicados a um fazer musical coletivo. Neste trabalho apresentamos o uso da imagem como um dos elementos produzidos durante o processo de construção de informações da pesquisa. Utilizamos a imagem como também produtora de discursos, potente na criação de ficções que apontam para construção de outros possíveis, em especial, os modos de olhar, escutar, sentir e pensar o humano, em um determinado contexto. AbstractThis paper is part of a broader research developed within a municipality of Curitiba, a city located in the south of Brazil. The investigation was performed in a qualitative manner with interventive as well as participatory characteristics due to the fact that the subjects of said investigation directly took part in the development of the strategy adopted for dayto-day intervention. We worked amidst a Reference Center for Social Assistance (Centro de Referência de Assistência Social -CRAS) with people considered to be socially vulnerable. The project itself was dubbed Circle of Song (Roda de Música) and enacted on a weekly basis so as to incentivize the collective creative process of musical composition. Throughout this paper we sought to appropriate the use of image as one of the elements produced during the information gathering process required for this research. Furthermore, we also used said image in order to produce speeches, a potent element in the creation of fiction that point to the construction of other possibilities, especially those concerning how life is viewed, heard, felt and thought of by humans, in general, when inserted into a specific context.
Resumo Este artigo apresenta reflexões e análises sobre a Musicoterapia Social e Comunitária na América Latina e apresenta alguns deslocamentos na posição de musicoterapeutas que podem possibilitar alargamentos no campo de possíveis, tanto no âmbito da Musicoterapia Social e Comunitária como no campo de existência das pessoas. As informações que aqui analisamos foram construídas por meio de entrevistas e pesquisa no cotidiano de trabalho de musicoterapeutas latino-americanos/as. Acreditamos que alguns deslocamentos da posição de musicoterapeutas podem impulsionar a criação de processos de subjetivação política. A partir da perspectiva de Jacques Rancière, compreendemos que é por meio de processos de subjetivação política que lugares identitários podem ser tensionados, perturbando assim as formas de pensabilidade, audibilidade e visibilidade operantes nos cotidianos com os quais temos trabalhado. Por fim, apresentamos a possibilidade da criação artística no processo de alargamento das possibilidades de ser, pensar e agir.
Este artigo é parte de uma pesquisa mais ampla, cujo objetivo geral foi identificar os discursos sobre as práticas de trabalho das equipes nos Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) em diferentes municípios do Brasil, buscando problematizar os avanços no que se refere à promoção de experiências coletivas naquele contexto. Neste artigo, focamos no material de dois municípios da região sul do país, no que diz respeito a quem é o usuário na perspectiva dos trabalhadores da assistência social, por meio de entrevistas coletivas com cada equipe, em cada equipamento. A partir da psicologia sócio-histórica e das ideias de Jacques Rancière, analisamos os discursos, construímos cenas como material de pesquisa e com elas dialogamos categorias analíticas. Os resultados trouxeram duas categorias: a experiência da subjetivação política e a potência dos usuários da assistência social, apontando possibilidades para promoção da cidadania nos fazeres psicossociais. Palavras-chave: subjetivação política; usuários da assistência social; identidade
O livro Ratoeira: Música de tradição oral e identidade cultural é fruto de pesquisas acadêmicas realizadas desde a graduação por Rodrigo Moreira da Silva, tendo sua solidificação e aprofundamento em seu mestrado em Música na subárea Musicologia/Etnomusicologia, pela Universidade Estadual de Santa Catarina em 2009. Em 2011, sua dissertação é então publicada no formato de livro, aqui resenhado.
Estudou música desde menina e, depois de um encontro inusitado, decidiu que seria musicoterapeuta. Sua trajetória de vida é diversa, intensa e consta de uma passagem pela UNESPAR de 2012 a 2015, ocasião em que deu aulas no curso de Musicoterapia, orientou estágios e concluiu seu mestrado. Atualmente, Andressa reside em Florianópolis e dedicase ao curso de doutoramento em Psicologia na Universidade Federal de Santa Catarina -UFSC. É de lá que que recebemos o carinho efervescente das respostas que compõem essa entrevista. InCantare: Poderia contar um pouco sobre seus estudos e formação musical? Andressa: Sempre estudei em escolas públicas, incluindo minha formação musical que começou na Escola de Música Donaldo Ritzmann, vinculada à Fundação Cultural de minha cidade natal. Com 10 anos iniciei meus estudos em Teoria Musical e Canto Coral. Com 11 anos comecei a estudar teclado com Leila Dobrochinsk. Foi com ela e com minha irmã que aprendi a amar a Música Popular Brasileira. As aulas com a Leila eram carregadas de risadas, histórias e aprendizados. Dediquei-me ao estudo do teclado durante 5 anos. Desde os 11 anos frequentei aulas de canto, naquela época, com o Maestro Frank Graf (in memorian) da FURB (Universidade Regional de Blumenau). As aulas de canto me acompanharam e me acompanham intensamente. Durante esse período estudei piano com Edeltraut Edith Klostermann, a quem dedico um carinho enorme até hoje. No meu quinto ano de teclado, faltando pouco tempo para conclusão do curso, desisti do instrumento, pois fui capturada por uma paixão pelo violão. Comecei a estudar violão clássico, a contragosto, mas era a exigência do professor Renato, caso eu quisesse um dia aprender violão popular com ele. Após os meus 18 anos, já morando em Curitiba, estudei canto com Ana Cascardo no Conservatório de Música Popular Brasileira e violão com o professor de música que mais impactou minha vida: César Marques. O César tem um tipo particular de relação com a música e com o violão, da qual compartilho e que me afeta muito. Com ele vivenciei aulas viscerais, corporais, tinha muita pulsão naquela forma de estudar violão. Aprendi muito
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