Objetivo: Analisar a saúde mental da população LGBTQIA+ frente à pandemia da COVID-19. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa realizada em seis etapas. A coleta de dados foi realizada nas plataformas BVS, SciELO e LILACS em julho de 2022, incluindo estudos dos últimos dois anos. Resultados: Foram obtidos 85 estudos, mas após os critérios estabelecidos, 21 foram selecionados para compor a amostra final. Verificou-se um aumento no índice de transtornos mentais em pessoas LGBTQIA+, como estresse, depressão, ansiedade, angústia, fadiga, solidão, conflitos familiares, uso de psicotrópicos e dificuldade financeira. Esse fato é preocupante, visto que essa população já possuía maior número de transtornos mentais, devido ao preconceito, vulnerabilidade e estigma social que foi piorado com o isolamento. As mulheres lésbicas e transsexuais se tornam mais propensas ao adoecimento mental em decorrência do acúmulo dos estigmas referentes ao gênero e orientação sexual e de uma menor percepção do suporte social. Conclusão: A população LGBTQIA+ nem sempre possuiu o amparo social e na saúde adequados, tendo em vista a realidade histórica de preconceito e discriminação pelos quais foram e são submetidos. Sugere-se novos estudos acerca dos impactos na saúde mental em decorrência da COVID-19, tendo em vista a escassez de trabalhos.
Objetivo: Analisar a violência doméstica contra a mulher em tempos de pandemia COVID-19 descrita na literatura científica. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa realizada em seis etapas, utilizando a questão norteadora: “Qual o comportamento da violência contra a mulher frente à pandemia do COVID-19?”. O levantamento bibliográfico foi realizado nas plataformas BVS, SciELO, LILACS e MEDLINE nos meses de abril e maio de 2021, sendo obtido 3.183 artigos, que após os critérios estabelecidos, foram selecionados 14 estudos. Resultados: O distanciamento social cria as condições ideais para que os elementos da violência sejam ampliados e muitas vítimas tenham dificuldade em denunciar o agressor. O aumento da violência tem graves repercussões físicas, mentais, reprodutivas, emocionais, de saúde e segurança para as mulheres e seus filhos. Como forma de combater esse tipo de violência, é necessário o apoio do Estado com maior agilidade, bem como seu papel no fortalecimento da segurança das mulheres em situação de vulnerabilidade. Considerações finais: Portanto, as denúncias devem ser incentivadas para combater a impunidade do agressor e buscar reduzir a subnotificação dos casos.
Objetivo: Analisar a literatura científica no que diz respeito as principais consequências do abuso sexual infanto-juvenil. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa realizada em maio de 2021, nas plataformas MEDLINE, SciELO e LILACS, utilizando descritores e critérios de elegibilidade e exclusão para seleção do corpo amostral. Resultados: A amostra é formada por 20 artigos que versam sobre a violência sexual infanto-juvenil. Os temas abordados de forma predominante na literatura foram as repercussões causadas na vida adulta por esse tipo de violência, em 55% dos artigos, e os sinais objetivos e subjetivos que as vítimas demonstram, com 40% dos artigos. Pouco se discutiu acerca do perfil da vítima de abuso sexual infantil e sobre estratégias preventivas e terapêuticas direcionadas ao combate desse agravo, com, respectivamente, 35% e 15% dos artigos. Considerações finais: A vasta informação acerca das repercussões ocasionadas na vida adulta de vítimas de violência sexual infantil e sobre os indicadores objetivos e subjetivos que esses jovens podem demonstrar é essencial para criação e/ou aprimoramento de instrumentos de assistência às vítimas. Não foram identificadas atualizações sobre o perfil da vítima de abuso sexual infantil, o que indica escassez de estudos sobre esse tema.
Diante do contexto pandêmico, ocorreu aumento da vivência das pessoas no mundo virtual, sobretudo crianças e adolescentes. Com isso, surge a necessidade de identificar sinais de mau uso dessa ferramenta, bem como suas consequências no público em questão. Nesse sentido, esse trabalho busca analisar a literatura científica sobre o impacto do cyberbullying na saúde mental de crianças e adolescentes durante a pandemia de COVID-19. Quanto à metodologia, foi realizada uma revisão integrativa da literatura a partir da análise de artigos publicados entre 2020 e 2022, disponíveis nas bases de dados: Pubmed, BVS, Scielo e Lilacs. A questão norteadora do artigo foi: Qual o impacto do cyberbullying na saúde mental de crianças e adolescentes durante a pandemia de COVID-19? Os resultados encontrados foram o aumento significativo da incidência do cyberbullying entre crianças e adolescentes durante a pandemia de COVID-19, desencadeando consequências relevantea nessa população, sendo sintomas de ansiedade, depressão e ideação suicida as principais consequências dessa prática. Como conclusão, verificou-se que houve impacto significativo do cyberbullying na saúde mental de crianças e adolescentes durante a pandemia de COVID-19, sendo algumas opções de intervenção identificadas: a criação de aplicativo de interação com as vítimas e de programa escolar preventivo figuram entre as intervenções mais eficazes.
O presente estudo tem como objetivo a discussão a respeito da persistência da dengue no Brasil. Com isso, o estudo refere-se aos fatores de proliferação da dengue, o acesso da população ao conhecimento de ações preventivas à doença e a ação dos agentes que realizam seu combate em busca de um controle efetivo da doença no país. O estudo desenvolvido trata-se de uma pesquisa básica, com abordagem exploratória, histórica, de natureza qualitativa, e do tipo revisão bibliográfica da literatura. Utilizou-se como fonte de busca o portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo realizada a busca por artigos na base de dados a partir dos descritores combinados: "Dengue e Prevenção ou Sistema Único de Saúde e não Campanhas de Saúde ou Atenção Básica" no período de março e abril de 2021. Os resultados foram obtidos através do estudo de 35 artigos que envolvem diversas subáreas do ramo da saúde como, enfermagem, medicina, ciências biológicas, odontologia, farmácia e em grande maioria, sobre saúde pública em geral. Contudo, conclui-se que a revisão mostrou a dengue como uma questão de saúde coletiva e permitiu caracterizar os problemas relacionados à continuidade da dengue no país, que pode estar diretamente relacionado aos problemas de fatores ambientais e econômicos. Além disso, o estudo concedeu o perfil epidemiológico da doença e o trabalho dos ACS e ACE.
Objetivo: Analisar a literatura científica sobre instrumentos de apoio aos profissionais de saúde da atenção primária frente aos casos de violência contra a mulher. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa realizada em março e maio de 2021, nas plataformas MEDLINE, SciELO e LILACS, utilizando descritores controlados. Foram selecionados artigos publicados nos últimos cinco anos, nos idiomas português, inglês e espanhol, excluindo-se monografias dissertações, teses, artigos duplicados e artigos que não guardavam correlação com o objeto do estudo. Resultados: Dentre os 17 artigos selecionados para compor o corpo amostral, predominou o tema relativo as estratégias de intervenções que os profissionais de saúde utilizaram frente às situações de violência contra a mulher com nove artigos, seguido das dificuldades e possibilidades de atuação dos profissionais da atenção primária à saúde na rede com quatro estudos, e educação em saúde e políticas públicas relacionadas com apenas um em cada. Considerações finais: A assistência ofertada pelos profissionais de saúde não utiliza um instrumento específico, necessita de reorganização do processo de trabalho na atenção primária com ações intersetoriais formando uma rede de atenção voltada às mulheres vítimas de violência a fim de garantir a integralidade do cuidado a estas vítimas.
Por meio da Reforma Sanitária brasileira, a Constituição Federal de 1988 (CF/88) definiu três grandes bases para o sistema de saúde brasileiro: o conceito ampliado de saúde; a saúde como direito do cidadão e dever do Estado e a instituição do Sistema Único de Saúde (SUS). Nas últimas décadas, a Atenção Primária à Saúde (APS) tem sido tema central nas discussões devido à sua grande importância dentro do SUS, concentrando serviços de saúde pessoais e focando na continuidade dos cuidados. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo relatar as experiências vivenciadas por acadêmicos de medicina na observação do processo de trabalho em uma Unidade de Saúde da Família (USF). Para tanto, foi realizado um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência, ao longo do módulo horizontal de Atenção à Saúde I, durante os dias três e dez de março de 2020, em uma USF da Cidade de João Pessoa, com ênfase na territorialização e acompanhamento do Agente Comunitário de Saúde (ACS). No primeiro encontro, os alunos realizaram o reconhecimento do território acompanhados por um ACS, e, no segundo encontro, foi apresentado o processo de trabalho do ACS. Tal experiência foi de extrema importância para a formação médica, tanto no momento que foi possível conhecer possíveis futuros ambientes de trabalho, como também, para compreender o processo de territorialização em saúde.
Objetivo: Analisar a saúde mental das profissionais de saúde em risco de violência doméstica na atenção básica do município de João Pessoa no contexto da pandemia. Métodos: Estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. A amostra foi do tipo probabilística e por conglomerados composta por 64 profissionais do sexo feminino selecionadas aleatoriamente. Essas profissionais de saúde foram entrevistadas através de dois instrumentos estruturados na forma de questionário que propunham o rastreamento de sofrimento mental e identificação do risco de sofrer violência doméstica, respectivamente. O estudo foi realizado em 33 Unidades de Saúde da Família em setembro de 2021. Resultados: 70,32% das profissionais de saúde encaixaram-se na categoria de médio risco para violência doméstica e 50% apresentaram indícios de sofrimento mental. O perfil geral das profissionais envolveu mulheres com humor depressivo-ansioso, pensamentos depressivos, sintomas somáticos, decréscimo de energia vital e avaliação negativa sobre si. Contudo, não se observou ideias suicidas, perda do interesse e apetite, características comumente encontradas no humor descrito. Conclusão: A COVID-19 impactou negativamente na saúde mental das profissionais em risco de violência doméstica. Muitas delas, além da sobrecarga laboral, ainda lidam com a violência no contexto familiar, o que influencia substancialmente a sua saúde mental.
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