Introdução: Embora passível de prevenção e de bom prognóstico, quando tratado precocemente, o câncer do colo do útero é um importante problema de saúde pública. Entre os principais fatores que dificultam as práticas preventivas, destacam-se o desconhecimento e as representações sobre a doença e o Papanicolaou. Objetivo: Compreender a capacidade de assimilação das mulheres que realizam o exame Papanicolaou acerca do papilomavírus humano e sua relação com o câncer do colo do útero, por meio das informações e/ou orientações repassadas durante a consulta realizada por enfermeiros. Método: Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, com fechamento amostral por saturação teórica. As categorias empíricas foram analisadas conforme a técnica temática categorial de análise de conteúdo de Bardin. Foi realizada entrevista gravada com cinco questões norteadoras com dez mulheres após serem atendidas na consulta de prevenção na Estratégia Saúde da Família. Resultados: A partir da análise dos dados, emergiram três categorias distintas: desconhecimento do papilomavírus humano; não aceitação do uso do preservativo; e orientações na consulta de enfermagem do exame preventivo do câncer do colo do útero. Conclusão: Este estudo mostrou a persistência do desconhecimento de mulheres sobre o papilomavírus humano e sua relação com o carcinoma do colo uterino, após a consulta de enfermagem na ESF para prevenção desse tipo de câncer, o que aponta para deficiente a comunicação entre enfermeiro e paciente durante a consulta.
Objetivo: Analisar a saúde mental da população LGBTQIA+ frente à pandemia da COVID-19. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa realizada em seis etapas. A coleta de dados foi realizada nas plataformas BVS, SciELO e LILACS em julho de 2022, incluindo estudos dos últimos dois anos. Resultados: Foram obtidos 85 estudos, mas após os critérios estabelecidos, 21 foram selecionados para compor a amostra final. Verificou-se um aumento no índice de transtornos mentais em pessoas LGBTQIA+, como estresse, depressão, ansiedade, angústia, fadiga, solidão, conflitos familiares, uso de psicotrópicos e dificuldade financeira. Esse fato é preocupante, visto que essa população já possuía maior número de transtornos mentais, devido ao preconceito, vulnerabilidade e estigma social que foi piorado com o isolamento. As mulheres lésbicas e transsexuais se tornam mais propensas ao adoecimento mental em decorrência do acúmulo dos estigmas referentes ao gênero e orientação sexual e de uma menor percepção do suporte social. Conclusão: A população LGBTQIA+ nem sempre possuiu o amparo social e na saúde adequados, tendo em vista a realidade histórica de preconceito e discriminação pelos quais foram e são submetidos. Sugere-se novos estudos acerca dos impactos na saúde mental em decorrência da COVID-19, tendo em vista a escassez de trabalhos.
O presente estudo objetivou analisar a literatura científica sobre a atuação dos profissionais de saúde da atenção primária frente à violência contra a mulher durante a pandemia de Covid-19. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada por meio de busca na Biblioteca Virtual em Saúde e nas bases de dados, LILACS, SciELO e MEDLINE utilizando duas combinações de Descritores: violência contra mulher AND profissionais de saúde AND pandemia Covid-19; a segunda combinação foi: violência contra mulher OR violência de gênero AND profissionais da saúde OR trabalhadores de saúde AND pandemia Covid-19. Inicialmente foram encontradas vinte e quatro publicações. Após a seleção, com base nos critérios de inclusão e no objetivo deste trabalho, foram selecionados seis artigos e submetidos à análise de conteúdo semântico. Diante disso, tem-se que o isolamento social, como medida de proteção ao coronavírus, cria um cenário ideal para que a situação de violência seja ampliada e muitas vítimas tenham dificuldade em denunciar o agressor. O crescimento da violência tem grandes repercussões em diferentes aspectos para as mulheres e seus filhos. Neste sentido, o profissional de saúde tem papel importante diante do acolhimento e na identificação destas vítimas. O apoio de primeira linha inclui ouvir com empatia e sem julgamento, indagar a respeito de necessidades e preocupações, validar as experiências e sentimentos, promover a segurança e encaminhá-las aos serviços de apoio. Assim, é necessária a capacitação dos profissionais de saúde para o cuidado às mulheres em situação de violência, visando ao cuidado integral.
Introdução: A Síndrome Hemofagocítica (SH), também chamada de Linfo-histiocitose Hemofagocítica (LHH), é uma doença rara, de acometimento multissistêmico resultante da ativação excessiva de linfócitos T citotóxicos, células natural killer e macrófagos, levando à secreção de citocinas pró-inflamatórias. Quando associada à Leishmaniose Visceral (LV) se torna um quadro de difícil diagnóstico, visto que os sintomas são semelhantes. Objetivos: Realizar relato do caso e revisão bibliográfica sobre HHpós-LV em uma paciente pediátrica. Relato do caso: Paciente 1 ano e 8 meses, apresentava história de febre iniciada há cerca de 15 dias, evoluindo com prostração, hiporexia, distensão abdominal, hepatoesplenomegalia e palidez. À admissão hospitalar, apresentou resultado de teste rápido positivo para LV, e recebeu tratamento com desoxicolato de anfotericina B, 1mg/kg/dia, em uma dose diária. Posteriormente, o diagnóstico foi confirmado pelo exame de PCR. A paciente recebeu alta hospitalar após 22 dias de internação. Discussão: O uso de anfotericina B lipossomal leva à remissão permanente do quadro, entretanto nem sempre a terapia antiparasitária será resolutiva para a LHH/LV e, devido à alta letalidade da doença, há a necessidade de iniciar medicamentos imunossupressores ou antiinflamatórios em caráter imediato para evitar um desfecho fatal. No caso clínico discutido, optou-se por iniciar anfotericina B para tratamento da LV, com desfecho positivo para a paciente. A paciente não precisou iniciar o esquema terapêutico imunossupressor, uma vez que a monoterapia antiparasitária foi resolutiva. Evoluiu favoravelmente, recebendo alta para domicílio no 22º dia de internação. Conclusão: A LHH deve ser considerada suspeita em casos de LV de evolução lenta, com febre prolongada, esplenomegalia e citopenias refratárias, especialmente em crianças de área endêmica, considerando que é uma condição potencialmente fatal se não tratada. Vale enfatizar a semelhança clínica e do hemograma em ambas as doenças, o que torna o diagnóstico complexo e, consequentemente, atrasa o tratamento.
No Brasil encontramos crianças em todos os lugares de norte a sul, leste a oeste, cada uma com sua própria característica e especificidade. A infância que vemos hoje, em que a criança, muitas vezes é o centro da família, nem sempre foi assim. E no Brasil Imperial e Colonial a infância se dividia entre o nascer livre e o nascer escravo. Havia neste período predomínio da exploração da mão de obra escrava, havendo clara distinção de etnias.Levando em conta que grande parte da população brasileira é afrodescendente, surgiu o interesse em se fazer um estudo mais aprofundado de como se passou a educação das crianças escravizadas, tendo em vista que durante o curso de Pedagogia não vemos muitos conteúdos a respeito desse tema, o que comprova a presença e ao mesmo tempo a invisibilidade histórica desta parcela da população na nossa sociedade.
Objetivo: Discutir a saúde mental no contexto da pandemia da doença do Coronavírus 2019 (COVID-19). Revisão bibliográfica: diante da pandemia causada pela COVID-19, declarada em março de 2020, pela Organização Mundial da Saúde, vários estudos vêm demonstrando um maior risco de desenvolvimento de síndromes psiquiátricas nos pacientes com COVID-19, bem como nos profissionais da saúde da “linha de frente”. As causas propostas incluem alterações neurológicas, consequentes à infecção pelo vírus e o estresse gerado pela situação pandêmica, como as medidas de isolamento social adotadas, o receio de transmitir a doença inadvertidamente para amigos e familiares e as perdas financeiras. Outro fator considerado importante é a sobrecarga de trabalho com a grande quantidade de pacientes e perda de médicos e enfermeiros por morte ou afastamento por doença. Considerações finais: É imprescindível a estruturação de uma rede de apoio psicológico e psiquiátrico para os indivíduos mais afetados pela pandemia, de modo a possibilitar intervenções precoces, se necessárias.
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