Recebido em 25/09/2001. Aceito em 01/06/2002RESUMO -(Hidrófitas fanerogâmicas de ecossistemas aquáticos temporários da planície costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil). Foi realizado o levantamento florístico das hidrófitas fanerogâmicas de ambientes aquáticos temporários da planície costeira do norte fluminense. O material botânico foi coletado em 27 expedições entre setembro/1998 a julho/2001, herborizado e identificado segundo a metodologia tradicional. As exsicatas foram depositadas no Herbário da Universidade do Rio de Janeiro (HUNI). Foram encontrados 113 táxons, distribuídos em 40 famílias. Os ambientes estudados podem ser caracterizados floristicamente pela família Cyperaceae, representada por 23 táxons (cerca de 20%); seguida pelas famílias Fabaceae e Onagraceae (sete táxons), Poaceae (seis táxons), Asteraceae e Scrophulariaceae (cinco táxons) e Apiaceae, Lentibulariaceae e Polygonaceae (quatro táxons). Estes ambientes sofrem alterações fitofisionômicas marcantes relacionadas com a hidrogeologia. Algumas espécies são anuais, desaparecendo completamente na estiagem; outras suportam a seca, mas têm a população profundamente reduzida, alterando substancialmente a paisagem. Algumas espécies consideradas exclusivamente aquáticas foram encontradas em solo úmido, inclusive em floração. Isto demonstra a necessidade da inclusão de espécies anfíbias nos estudos da flora aquática pois, algumas vezes, a delimitação dos tipos biológicos não é muito definida, além de caracterizar de forma mais adequada estes ambientes.Palavras-chave -hidrófitas, florística, brejo temporário, Rio de Janeiro, planície costeira ABSTRACT -(Phanerogamic hydrophytes from the temporary swampy environments of coastal plains of northern Rio de Janeiro State, Brazil). A floristic inventory of phanerogamic hydrophytes from the temporary swampy environments of coastal plains of northern of Rio de Janeiro State was made. The botanical vouchers were collected in 27 expeditions between September/1998 and July/2001. They were herborized and identified by the traditional methodology. The exsicatae were deposited in the UNIRIO herbarium (HUNI). One hundred and thirteen taxa, distributed among 40 families were found. The environment analyzed could be floristically characterized by the Cyperaceae, represented by 23 taxa (ca. 20%), followed by Fabaceae and Onagraceae (seven taxa), Poaceae (six taxa), Asteraceae and Scrophulariaceae (five taxa) and Apiaceae, Lentibulariaceae and Polygonaceae (four
Resumo No final da década de 1960, pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) iniciaram as coletas botânicas na Serra dos Carajás, resultando em um expressivo acervo e interessantes descobertas sobre a flora local, marcada por endemismos e pressão por atividades mineradoras. Em 2014, foi estabelecido o projeto "Flora das cangas da Serra dos Carajás" através da cooperação entre o MPEG e o Instituto Tecnológico Vale de Desenvolvimento Sustentável (ITVDS), visando especialmente a elaboração da flora das cangas da FLONA Carajás. Um acervo de cerca de quinze mil exsicatas, depositadas principalmente nos herbários MG e BHCB além de HCJS, INPA, IAN, NY e RB constitui a base para o desenvolvimento da flora. Até o momento, a flora inclui 151 famílias de angiospermas, gimnospermas, licófitas e samambaias e briófitas (musgos e hepáticas). Neste trabalho apresentamos um breve histórico dos estudos botânicos na região, caracterização da área de estudo, e procedimentos metodológicos adotados no desenvolvimento do projeto. Também, constitui a introdução para o volume 1 da Flora das cangas de Carajás composto por 55 famílias, sendo quatro de briófitas, duas de licófitas, oito de samambaias, uma de gimnospermas e 40 de angiospermas, incluindo 139 gêneros e 248 espécies.
Foi realizado o levantamento das espécies de Eleocharis (Cyperaceae) no Estado do Rio de Janeiro - Brasil, a partir de exsicatas depositadas nos principais herbários do Estado (FCAB, GUA, HB, HUNI, R, RB, RBR, RFA, RUSU), assim como coletadas em excursões a ecossistemas aquáticos na área de estudo, entre novembro de 1998 a setembro de 2003. O gênero Eleocharis está representado no Estado do Rio de Janeiro por 19 espécies: Eleocharis acutangula (Roxb.) Schult., E. debilis Kunth, E. elongata Chapm., E. equisetoides (Elliott) Torr., E. filiculmis Kunth, E. flavescens (Poir.) Urb., E. geniculata (L.) Roem. & Schult., E. interstincta (Vahl) Roem. & Schult., E. maculosa (Vahl) Roem. & Schult., E. minarum Boeck.*, E. minima Kunth, E. montana (Kunth) Roem. & Schult., E. mutata (L.) Roem. & Schult., E. nana Kunth, E. pachystyla (C. Wright) C. B. Clarke*, E. radicans (Poir.) Kunth*, E. sellowiana Kunth, E. squamigera Svenson e E. subarticulata (Nees) Boeck (*espécies raras no Estado do Rio de Janeiro). São apresentadas chave de identificação, descrições, ilustrações, informações adicionais de natureza ecológica e distribuição geográfica das espécies de Eleocharis do Estado do Rio de Janeiro.
e Pycreus (1). Eleocharis ayacuchensis está sendo registrada pela primeira vez no Brasil. Bulbostylis lagoensis e Eleocharis endounifascis são novos registros para o estado do Pará. São fornecidas chaves analíticas de identificação para gêneros e espécies, descrições morfológicas, pranchas ilustrativas das espécies, além de comentários taxonômicos, de distribuição geográfica e habitats preferenciais dos táxons estudados. Palavras-chave: afloramentos de rochas de ferro, Amazônia, FLONA Carajás. AbstractWe found 45 species of the Cyperaceae, belonging to 12 genera: Rhynchospora (12 species), Cyperus (9), Eleocharis (7), Scleria (4), Bulbostylis (4), Fimbristylis (2), Kyllinga (2), Becquerelia (1), Hypolytrum (1), Lagenocarpus (1), Lipocarpha (1) and Pycreus (1). Eleocharis ayacuchensis is being recorded for the first time in Brazil. Bulbostylis lagoensis and Eleocharis endounifascis are new records to Pará state. Identification keys are provided at genera and species levels, as well as morphological descriptions, illustrations of species, and taxonomic comments, geographical distribution and preferred habitats of the studied taxa. Key words: ironstone outcrops, Amazon, FLONA Carajás. Fig. 1a-b Ervas perenes, ca. 1 m alt., rizomatosas. Folhas 7-11 × 4-5 cm; bainhas 2-4 cm compr.; lâminas foliares 5-7 cm compr., basilares e caulinares, cartáceas, verdes, três nervuras proeminentes, nervura central e margens antrorsamente escabrosas, faces adaxiais e abaxiais glabras. Escapo ca. 85 cm compr., trígono, canaliculado. Brácteas involucrais 6,7-11 × 1-1,8 cm, lanceoladas, verdes, nervura central e margens inermes. Inflorescência paniculada composta terminal e lateral; espiguetas masculinas pediceladas; glumas masculinas 2-4 × 1-2 mm; espiguetas femininas curto pediceladas, ovoides; glumas femininas 4-6 × 2-5 mm, ovadas, ápice recurvado; hipogínio rugoso, bordo inteiro, branco. Aquênios ca. 3-3,5 × 2 mm, globosos, brancos, superfície transversalmente rugosa. Becquerelia cymosa caracteriza-se principalmente por suas inflorescências paniculadas compostas, terminais e laterais, espiguetas unissexuadas, glumas com ápice recurvado, aquênio branco transversalmente rugoso. Flora das cangas daPossui distribuição Neotropical (Kearns 1998). No Brasil ocorre em todas as regiões, na região Centro-Oeste apenas no estado do Mato Grosso (BFG 2015). Serra dos Carajás: Serra Norte: N5. Bulbostylis KunthO gênero Bulbostylis caracteriza-se por apresentar folhas setáceas, ápice da bainha com tricomas longos, inflorescência monocéfala ou em antelódio simples ou composto, estilopódio persistente tuberculiforme. Assemelha-se a outros dois gêneros, Abildgaardia Vahl (que não ocorre na área de estudo) e Fimbristylis Vahl, diferenciando-se principalmente pela presença de tricomas no ápice da bainha e estilopódio persistente no aquênio (Goetghebeur 1998;Bruhl 1995;Prata 2004). Bulbostylis compreende ca. 150 espécies, com distribuição nas regiões tropicais a subtropicais, podendo chegar até áreas temperadas. Tem como centros de diversidade a África ...
Abstract— Three new species of Justicia (Acanthaceae), J. montealegrensis, J. multiglandulosa, and J. paraensis from the Brazilian Amazon, discovered during the preparation of a taxonomic treatment of genus for the state of Pará, are herein described and illustrated. Their geographic distribution, habitat, preliminary conservation status, taxonomic comments, line drawings, photo plates, and comparison of diagnostic morphological characters with those of similar taxa are also provided.
Rapateaceae comprises approximately 19 genera and 131 species distributed in the Neotropics, with the exception of Maschalocephalus, which is endemic to West Africa. In Brazil, there are nine genera and 38 species. Th e present paper is based on a taxonomic study of the species of Rapateaceae that occur in the state of Pará. Botanical specimens from seven herbaria were analyzed and the occurrence of fi ve genera and eight species was confi rmed for the state. An identifi cation key to the genera and species, descriptions, illustrations and selected specimens are provided.
ResumoEste trabalho tem como objetivo contribuir para o conhecimento taxonômico das espécies de Rhynchospora ocorrentes nas restingas do estado do Pará, Brasil. Foram analisados os acervos dos herbários MG, IAN e HBRA, e ainda dos herbários INPA, HURB, NY e UEC (online). As espécies foram determinadas através de literaturas especializadas e por consulta às opera principia e typi digitalizados disponíveis na internet. AbstractThis study aimed to contribute to our knowledge of the taxonomy of Rhynchospora species found on the sandy coastal plains of Pará state, Brazil. We analyzed collections from the herbaria MG, IAN and HBRA, as well as INPA, HURB, NY and UEC online. The species were identified based on specialized literature and by consulting the opera principia and typi available online. We found 10 species of Rhynchospora for the sandy coast of Pará: R. barbata, R. cephalotes, R. filiformis, R. hirsuta, R. holoschoenoides, R. nervosa, R. puber, R. riparia, R. rugosa and R. spruceana. An identification key, diagnostic characters, geographic distribution, illustrations and comments on the taxonomy of each species are presented. Furthermore, we designate neotypi for R. nervosa and R. riparia, and a lectotypus for R. puber.
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