O estudo explorou as atribuições de emoções a supervisores e empregados em interação de trabalho em três países distintos. A fundamentação teórica apoiou-se na abordagem interacional social das emoções de Kemper e nos estudos de Algoe, Buswell e Delamater. Participaram 238 pessoas: 100 da Espanha, 38 da Inglaterra e 100 do Brasil, sendo 73 homens e 158 mulheres (7 não identificaram o sexo). O objetivo foi investigar se informações de status (supervisor ou empregado) e sexo (homem ou mulher) dos atores influenciavam nas atribuições de emoções a supervisores e empregados e se variavam conforme país e experiência de trabalho. Foram utilizadas 4 condições experimentais, variando sexo e status. Estudos anteriores concluíram que o status exerce maior influência que o sexo nas atribuições de emoções em interações de trabalho. Os resultados do presente estudo sinalizam que a interação no trabalho é percebida nos três países como harmoniosa, embora as atribuições de emoções positivas aos supervisores tenham sido mais frequentes, o que revela a importância do status profissional. Mulheres atribuíram mais afetos negativos à interação no trabalho do que os homens. A expressão facial de tristeza foi a mais relacionada a supervisores e empregados, embora para supervisores estivesse associada à seriedade e ao distanciamento emocional. Palavras-chave: Emoções no trabalho, Atribuições de afetos, Pesquisa intercultural. Emotions and work: study about the influences of status and sex in the attribution of affects This study investigated the emotions attributed to supervisors and employees involved in a work interaction in three different countries This research is based on Kemper's social interactional theory of emotions and the Algoe, Buswell and DeLamaters' studies. 238 people participated in this study: 100 were from Spain, 38 from England and 100 were from Brazil. From the total, 73 were male and 158 female (7 did not respond). The goal was to investigate whether the emotions attributed to supervisors and employees are influenced by information of professional status (employee or supervisor) and actor's sex (male or female). Also, whether the emotions attributed varied according to country and work experience. Four experimental conditions were created, they varied in sex and professional status. Previous studies concluded that professional status has more impact than sex on the attribution of emotions in the work place. The results of this study indicate that interaction at work is perceived as harmonious by participants from all three countries. However, positive emotions were attributed to supervisors more frequently-that shows the importance of professional status. Women attributed more negative emotions than men. The facial expression of sadness was the most chosen for employees and supervisors, although in this last case it was interpreted as expression of seriousness and emotional detachment.
ResumoO artigo explorou a associação entre atribuições de causas ao desemprego e valores pessoais. Participaram do estudo 205 pessoas empregadas e desempregadas. Utilizou-se uma escala de atribuição sobre as causas do desemprego baseada em Furnham (1982) AbstractAttributions of causes for unemployment and personal values. This article explored the association between explanations of unemployment and values. 205 people -employed and unemployed -were part of the study. Furnham´s attribution scale on unemployment (1982) and a short version of Schwartz´s. Portrait Value Questionnaire (PVQ 21) included in the European Social Survey (ESS), together with a social and demographic questionnaire were used. The conclusion was that employed and unemployed showed no differences in the attribution of causes for unemployment. In relation to values, unemployed showed differences in universalism and benevolence, linked to the domain of self-trascendence, whereas employed individuals had a greater attach to security values, linked to the domain of conservation. Finally, it was found a significant association between fatalistic attributions and security and tradition values, between tradition and social attributions and between stimulation and individualistic reasons for unemployment.
Cresce o interesse da gestão de saúde ocupacional em compreender melhor as relações entre fatores de risco psicossociais do trabalho (FRP), o adoecimento e as variáveis que contribuem para esta relação. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito mediador da autoeficácia ocupacional (AEO) na relação entre FRP e sintomas de mal-estar físico e psicológico (MFP). Os instrumentos utilizados foram uma versão reduzida do COPSOQ II (Copenhagen Psychosocial Questionnaire) e de uma escala de AEO, ambos com evidências de validade para o contexto brasileiro. Trata-se de um estudo transversal de caráter exploratório, do qual participaram 391 trabalhadores industriais. Os resultados indicaram mediação da AEO na explicação da relação entre FRP e MFP. Foram encontradas diferenças em função do sexo, nível educacional, cargo e status do emprego. Adicionalmente, discutem-se implicações teóricas e práticas.
RESUMO -O estudo analisou as diferenças no desempenho de indivíduos e grupos em uma tarefa de memorização e reprodução de texto em ambiente virtual. Participaram 50 estudantes de nível superior, distribuídos em duas condições experimentais: grupal (n=26) e individual (n=24). Utilizaram-se os seguintes instrumentos: crenças e percepção de conflitos sobre o trabalho em equipe, auto e heteroatribuição de estados afetivos e estratégias de solução de problemas. O desempenho grupal na tarefa foi superior ao individual. Participantes na condição individual relataram maior uso de estratégias de solução de problemas que aqueles da condição grupal. Não foram evidenciadas diferenças entre as condições individual e grupal no tocante às crenças e à percepção de conflitos sobre o trabalho em equipe, bem como à atribuição de estados afetivos.Palavras-chave: desempenho de equipe, equipes virtuais, solução de problemas, estudo experimental Performance and Problem Solving in Virtual Teams: An Experimental StudyABSTRACT -This study examined differences in the performance of individuals and groups on a task of text memorization and reproduction in a virtual environment. Fifty college students were -assigned to one of two experimental conditions: group (n= 26) and individual (n= 24). The instruments applied were: teamwork beliefs and conflict perception, self and heteroattribution of affective states and problem-solving strategies. Group performance was better than individual performance. Participants in the individual condition reported greater use of problem-solving strategies than those in the group condition There were no differences between individuals and groups concerning teamwork beliefs and conflict perception as well as attribution of affective states.Keywords: team performance, virtual teams, problem-solving, experimental study As organizações têm buscado progressivamente a efetividade de suas equipes para enfrentar a complexidade dos processos de trabalho. A crença predominante é de que as tarefas realizadas em equipe oferecem melhores resultados por utilizarem as diversas habilidades de seus membros. Porém, nem sempre essas diferentes habilidades são bem aproveitadas. As interações entre os membros da equipe, portanto, necessitam ser mais bem estudadas para oferecer insumos para as ações de gestão nas organizações (Potter & Balthazard, 2002).Compreender os fatores que contribuem para a eficácia das equipes ao longo do tempo constitui um tema contemporâneo de pesquisa, principalmente no contexto das organizações de trabalho, onde o desempenho da equipe é essencial para o resultado organizacional (Bell & Marentette, 2011;Hackman, 1987).A equipe de trabalho pode ser definida como um conjunto dinâmico no qual seus membros possuem características complementares e atuam de modo interdependente, em termos de tarefas e de resultados, para atingir objetivos comuns (Martins & Puente-Palacios, 2010). A interdependência de tarefas pode ser compreendida como a extensão em que os membros do grupo devem necessariamente interagir para ...
O estudo adaptou uma medida de autoeficácia ocupacional (AEO) a partir de uma escala de autoeficácia para o retorno ao trabalho. Procedeu-se dois estudos sequenciais, o primeiro, para validação semântica, análises fatoriais exploratórias (AFEs) e avaliação de juízes e; o outro, para análise fatorial confirmatória. O instrumento foi testado em amostras de trabalhadores industriais (n = 803). Obteve-se solução tri fatorial, condizente com outras versões da medida original: crença de autoeficácia sobre capacidade de completar tarefas (F1), manejar afetos (F2) e obter suporte social (F3). O teste confirmatório obteve bons índices de ajustes. Adicionalmente, discutem-se aspectos conceituais e práticos.
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