ResumoObserva-se uma tendência das empresas de projeto em migrar para uma abordagem BIM, mas isso não ocorre facilmente. O objetivo desse trabalho é apresentar o estado de adoção do BIM em empresas de arquitetura, engenharia e construção da cidade de Fortaleza e verificar as expectativas dos escritórios quanto aos benefícios e desafios da atuação profissional associada à plataforma BIM. A estratégia de pesquisa adotada foi o estudo de caso múltiplo, com caráter exploratório-descritivo. O método de pesquisa utilizado foi o levantamento de dados qualitativos e quantitativos. 161 empresas de arquitetura, engenharia e construção da cidade de Fortaleza foram 1 DANTAS FILHO, J.B.P.; BORGES, A
The construction sector has a large share of the Brazilian GDP and labor market, and with the unfavorable economic scenario, the importance of public policies of science, technology and innovation by universities and companies increases. Most companies in the sector are micro and small with low innovative level. In this context, the present work aims to measure the degree of innovation of civil construction offices in the conurbate of Crajubar, which includes the municipalities of Crato, Juazeiro do Norte de Barbalha. The research characterized as exploratory and qualitative, sought to know and qualify the offices of the sub-region and measure their degree of innovation. The innovation survey was used, based on the model proposed by Sawhney, Wolcott and Arroniz (2006), the Innovation Radar that uses twelve dimensions, areas where the company can insert innovations and detect possible points of improvement, this tool was complemented by Bachmann and Destefani (2008) with the innovative ambience dimension. The results show an average degree of innovation of 2.99, indicating an incipient and uninnovative stage of innovation. Offices tend to apply innovations in certain dimensions, needing to be expanded in the system more broadly, remaining competitive in the market.
A metodologia BIM trata-se de uma gama de processos voltados para o gerenciamento das partes fundamentais de um empreendimento, sejam eles dados da construção ou o formato digital do ciclo de vida do edifício (PENTTILÄ, 2006). Em um contexto de urgência de processos mais detalhados e otimizados, o BIM vem sendo difundido e implementado em diversos mercados e de diversas formas. Tem-se, por exemplo, medidas governamentais que visam tal implementação, como o Decreto N° 10.306, de 2 de abril de 2020, assinado pelo Governo Federal e que institui a utilização do BIM na execução direta, ou indireta, de obras e serviços de Engenharia realizados por órgãos de administração pública federal. A partir disso, evidencia-se que tais estudos não podem estar mais desligados do âmbito acadêmico de um curso como o de Engenharia Civil, onde os métodos utilizados na formação dos discentes impactarão, de forma significativa, os processos a serem realizados no mercado de trabalho futuro. Diante de tal contexto, a Liga Acadêmica de BIM da Universidade Federal do Cariri (LABIM UFCA), reafirmando o seu ideal de extensão e de difusão do conhecimento acerca da metodologia BIM, realizou um acompanhamento de turmas nas disciplinas de projeto e construção de edifícios I e II, disciplinas da grade curricular do curso. Tal medida foi feita com o intuito de garantir um suporte para os discentes, tanto através de conceitos, como também da aplicabilidade de softwares BIM para os projetos em estudo. Além disso, a ação se deu num contexto de ausência do estudo da metodologia na grade curricular comum da Universidade, sendo tal pretexto um dos principais motivos da existência da LABIM e de suas atividades desenvolvidas. Isso posto, tentou-se garantir, ao longo do processo de mentoria dos alunos, que os projetos desenvolvidos fossem modelados de forma integrada e detalhada, com processos colaborativos e de modelagens parametrizadas, onde várias disciplinas construtivas pudessem coexistir sem incompatibilidades. Portanto, a Liga continua com os propósitos de garantir uma formação mais completa do curso para os seus membros e para os discentes auxiliados pelas tarefas realizadas. Diante da ausência do BIM como conteúdo previsto no Plano de Curso de Engenharia Civil da Universidade, a Liga Acadêmica de BIM tomou a iniciativa de implementar a metodologia por meio de capacitações para a comunidade acadêmica. Os eventos foram ministrados para alunos matriculados em duas disciplinas, Projetos e Construção de Edifícios I e Projetos e Construção de Edifícios II, de modo a abordar temas compatíveis com os planos de ensino dos componentes. Para a primeira turma, foram abordados 3 temas, projeto arquitetônico, projeto estrutural e execução de cortes e fachadas. Já para o segundo grupo, foram ministrados os temas de projeto de alvenaria modular, projeto de coberta e águas pluviais. Todas as atividades foram ensinadas através de plataformas virtuais, com apenas conteúdos práticos e possuindo um suporte para tirar dúvidas por meio de grupo em rede social de troca de mensagens, com tutores disponíveis para sanar os problemas durante todo o semestre. O software escolhido para as atividades foi o Revit, da Autodesk, devido a sua popularidade na comunidade acadêmica e disponibilidade de licença estudantil. A quantidade de alunos matriculados nas duas disciplinas somava 70 alunos. Desse total, 20 participaram do acompanhamento. Foi realizada uma pesquisa online pelo Forms do Google, onde as perguntas eram sobre o nível de conhecimento dos participantes antes e depois do acompanhamento. Dos 20 participantes do acompanhamento, 13 responderam o formulário. Nota-se que a quantidade de alunos que sabiam muito pouco, antes do acompanhamento, foi zerada, e que a quantidade de alunos que sabiam razoavelmente bem cresceu de 7,7% para 30,8%. O impacto para os alunos pôde ser observado na comparação entre o nível de conhecimento que eles iniciaram e em que eles finalizaram o acompanhamento, trazendo à tona o fato de que o objetivo do projeto foi alcançado. Porém, apesar do objetivo ter sido alcançado, ainda há diversos pontos a serem melhorados para os acompanhamentos futuros. Os acompanhamentos foram realizados de forma remota, devido ainda existirem as sequelas da pandemia e a maior flexibilidade dos horários. Porém, agora que se tem novamente atividades presenciais na universidade, um acompanhamento presencial, utilizando os laboratórios da universidade, aponta-se como o ideal. Pois, apesar do ensino à distância se mostrar eficaz, entende-se que há um maior rendimento no ensino presencial. Outro ponto a ser citado é o fato de nem todos os alunos que cursaram as disciplinas terem participado dos acompanhamentos, o que demonstra um certo desinteresse e receio de adotar uma nova metodologia, mesmo com o acompanhamento no ensino da ferramenta. Observando isso, vê-se a necessidade de, em próximos eventos, realizar atividades que estimulem os alunos a migrarem para a metodologia BIM. Levanta-se ainda o fato de os discentes da Liga que participaram das atividades de ensino ao longo do acompanhamento terem um enorme ganho de experiência. Não só no âmbito de lecionar, mas também de se aprofundarem nos conhecimentos sobre as ferramentas utilizadas no acompanhamento.
A modelagem da informação da construção (Building Information Modeling-BIM) tem um potencial inovador e está ganhando cada vez mais espaço dentro da construção civil por oferecer um conjunto de tecnologia, exatidão e facilidade, agregando ao manejo da obra uma alta produtividade e eficiência. Porém, muitas universidades têm como obstáculo, implantar o ensino do BIM e formar profissionais capazes de suprir as demandas do mercado de trabalho. Em virtude disso, e visando superar tal discrepância, este artigo denota uma análise detalhada de como poderia ocorrer a implementação do ensino do BIM, em particular, no curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Cariri (UFCA). Inicialmente, é apresentado um estudo das dificuldades de inserir tal ensino na graduação de profissionais desta área. Logo em seguida, é feita uma análise tanto das disciplinas ofertadas no curso, como das dificuldades apresentadas pelos docentes para ocorrer esta inserção. E assim, estabelecendo parâmetros significativos, juntamente com uma metodologia para a integração do ensino do BIM na grade curricular em atuação. Ficando notório observar que logo nos primeiros semestres é possível implantar a metodologia em disciplinas básicas.
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