No decorrer da fase final da trajetória desta pesquisa, sou tomado por um profundo sentimento de gratidão. Nada teria sido possível sem as oportunidades e sem a multidão de pessoas, que, de alguma forma, contribuíram com esta caminhada.Quero agradecer a todas as professoras e professores que passaram por minha vida, na pessoa da minha mãe, a Catarina, professora do pré-primário que, no início da década de 1970, fez das tripas o coração para educar sozinha dois filhos.Agradeço a todas as mulheres na pessoa da minha esposa, a Fabiana, mulher virtuosa, forte, linda, que conserva a luz do Altíssimo e serve como farol para muitos.Oro pelas próximas gerações, jovens e alunos, nas pessoas da filha, a Julia, e do filho, o Lucas. Ela, repleta do Amor de Deus, menina criativa, idealista e ousada que quer conquistar a plenitude da vida. Ele, perseverante, justo, que busca voar alto com o coração reto diante do Senhor.Agradeço a todos os meus amigos que criaram pontes fundamentais para trilhar a vida, na pessoa do meu orientador, o Arthur, uma referência como ser humano.Obrigado à FAUUSP, minha escola, e à Universidade Presbiteriana Mackenzie, minha casa.
ResumoA presente tese propõe uma aproximação da complexidade amazônica referente ao morar a partir da interface entre as dinâmicas da natureza, cultura e tecnologia. Levantamentos realizados durante expedições à Amazônia, participação em grupos de pesquisa e experimentações projetuais, além do contato com a realidade dos moradores das várzeas em florestas aluviais permitiram criar um panorama sobre os processos formadores da arquitetura ribeirinha, bem como as possibilidades de atuação por parte do arquiteto quanto ao desenvolvimento das comunidades locais. Esta tese recorta o confronto entre alta e baixa tecnologia, como conceitos complementares, troca de saberes entre o High e o Low, entre o tradicional e o contemporâneo, como um Regionalismo Paramétrico, em que cultura, ambiente e tecnologia se complementam para apontar soluções. Os processos experimentais transitaram entre o conhecimento tradicional da cultura ribeirinha e as TICs, mediação digital com o objetivo de fomentar a autonomia do homem ribeirinho. E, assim, discutir soluções que podem aperfeiçoar a casa ribeirinha flutuante através de sua parametrização, possibilitando flexibilidade e avanços no desempenho da edificação e, em seguida, a utilização de casas ribeirinhas como ponto para a criação de uma rede remota para coleta de dados ambientais. Posteriormente, a aplicação do conceito para proposições experimentais que consideram as mudanças climáticas e seus efeitos quanto a edificações em áreas sujeitas a aumento do nível das águas. Finalmente, a aplicação do conceito do Regionalismo Paramétrico para a experimentação de uma casa flutuante que considere não somente as dinâmicas da floresta, como os saberes ameríndios e ribeirinhos para a criação de uma estrutura flutuante autônoma high-low.