Resumo Neste artigo apresentamos os principais resultados de um estudo desenvolvido em um Programa de Pós-Graduação, entre 2016 e 2018, com todos os trabalhadores da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, de um Hospital Público Terciário, em que a proposta geral foi analisar a organização e o processo de trabalho desta equipe, procurando investigar se havia desgaste mental nos trabalhadores envolvidos. Trata-se de uma pesquisa exploratória de base qualitativa no campo Saúde do Trabalhador, com foco na Saúde Mental Relacionada ao Trabalho, em que o material selecionado para o estudo, obtido por meio de levantamento bibliográfico, observação-participante, questionário social e entrevista individual semidirigida, foi submetido à análise de conteúdo temática e remetido à categoria teórica de desgaste mental. A análise da organização e do processo de trabalho demonstrou que os trabalhadores estão submetidos a riscos de acidentes, biomecânicos, biológicos e para saúde mental, quadro que caracteriza o processo de desgaste destes trabalhadores, em particular, o desgaste mental, podendo levá-los a perda da saúde. Apesar disso, os trabalhadores estão afetivamente ligados ao trabalho, que pode ser fonte de sublimação, propiciando prazer e satisfação.
O Brasil deixa de viabilizar doações de órgãos e tecidos de 43% dos seus potenciais doadores por negativa familiar. O objetivo da pesquisa foi apresentar os motivos das recusas familiares para doação de órgãos, que ocorreram nos anos de 2016 a 2019 em um hospital escola de alta complexidade do Triângulo Mineiro, sem estabelecer relações causais entre eles. Como caminho metodológico utilizou-se o estudo exploratório, retrospectivo, de base quantitativa. Os resultados demonstraram a prevalência com 32,6% de negativas relativas ao tempo de espera para entrega do corpo do doador; seguidos de 27,9% dos quais os familiares eram contra a doação e 18,6% das negações devido ao desejo do corpo íntegro. Concluiu-se que são necessários esforços para diminuir o tempo de logística entre o consentimento da doação e a liberação do corpo para o sepultamento, além de estabelecer comunicações estratégicas para orientações das famílias e para o entendimento dos fatores que as levam a se posicionarem contra a doação.
A Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do Hospital de Clínicas de Uberlândia busca sempre melhorar e aumentar o número de doadores de múltiplos órgãos. O estudo em questão fez-se necessário para conhecimento do perfil dos doadores elegíveis de órgãos e tecidos em morte encefálica. Objetivo: Identificar o índice de doação e os tipos de órgãos e tecidos doados; o perfil dos doadores elegíveis: faixa etária, gênero, estado civil, causa morte, se houve ou não doação e quais órgãos e tecidos foram doados; e motivos da não doação em pacientes diagnosticados com morte encefálica, se houve recusa ou contraindicação para doação. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva, retrospectiva, de abordagem quantitativa, que foi realizada no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. A coleta de dados foi baseada na revisão de prontuários de todos os pacientes com diagnóstico de morte encefálica nesta instituição, no período de outubro de 2013 a maio de 2015. Resultados: Foram concluídos e notificados 50 casos de indivíduos em morte encefálica. Dessa amostra, prevaleceu o gênero masculino, com 60%; a faixa etária predominante foi entre 40 e 60 anos; quanto ao estado civil, prevaleceram os solteiros, com 54%; dentre as causas morte, prevaleceram traumatismo crânio encefálico e acidente vascular cerebral com 34% cada; quanto à viabilidade, 35 protocolos eram casos viáveis para doação de órgãos e tecidos e 15 eram contra indicados para doação. Dentre as contraindicações para doação, prevaleceu a sepse, com 33%; dentre os casos viáveis para doação (35), 60% tornaram-se doadores de múltiplos órgãos e, dentre os doadores efetivados, prevaleceu a retirada dos rins, com 43%. Conclusão: A educação permanente é extremamente necessária frente a todo esse processo, tanto para capacitação interna dos membros da CIHDOTT, quanto dos profissionais de saúde envolvidos em todo o processo de diagnóstico de morte encefálica e de manutenção do potencial doador. Várias problemáticas foram identificadas ao longo deste estudo e esse processo de capacitação será de grande valia para iniciar a resolutividade dos mesmos.
AGRADECIMENTOSQuero agradecer a todas as pessoas que, direta ou indiretamente, colaboraram para que eu pudesse realizar esse trabalho.A professora Dra. Lucianne Sant'Anna de Menezes que me ensinou a ver o mundo das pesquisas com outro olhar e que topou construir comigo, do zero, esta empreitada. Que me deu broncas, quando foi preciso; com quem aprendi muito sobre temas que jamais tive contato e que engrandeceram a minha vida; que teve muita paciência comigo; que me confortou nos meus inúmeros momentos de aflição e ansiedade; e que me orientou em todo o percurso, com muita dedicação e comprometimento. Sou muito grata de ter percorrido todo esse caminho, sob a luz e orientação de uma pessoa tão ímpar e especial.A professora Dra. Edith Seligmann Silva pela grandiosidade de sua obra e de seus estudos, que se tornou meu referencial teórico e alicerce de toda minha escrita. Tive a honra de conhecer essa pessoa tão ilustre e sábia, agradeço pela ajuda em meu primeiro esboço do trabalho e pelo feedback nos momentos de suma importância para conclusão da minha pesquisa.A mestranda Celeide Silva Barcelos Araújo pela parceria de orientação e pela troca de conhecimentos. Aprendi a ser mais calma, paciente, menos ansiosa e que o trabalho em equipe sempre supera as nossas expectativas quando feito com amor e comprometimento.A mestranda amiga Renata Cipriano Oliveira pela amizade, pela tolerância, pelos conselhos, pela troca de conhecimento e pela parceria contínua durante toda a caminhada do mestrado.A equipe da CIHDOTT HC UFU por me incentivarem e me apoiarem nessa jornada, que se torna extremamente pesada quando conciliamos o trabalho, os estudos e nossa casa.Agradeço em especial minha amiga e colega de trabalho Lidiane Natalícia Costa, pelo incentivo de sempre, pelo aprendizado diário, pelas palavras de conforto, pelo interesse e torcida por mim.A equipe do Banco de Olhos pelo incentivo, pelo apoio emocional, pela parceria nesta jornada e pela compreensão nos vários momentos que tive que me ausentar em prol de meu trabalho.A direção do Hospital de Clínicas de Uberlândia, em especial Durval Veloso e Frank José Silveira Miranda, que como diretores da categoria de enfermagem me apoiaram, que compreenderam a importância de um mestrado na formação de um profissional, cuja ajuda foi fundamental para a conclusão do mesmo. Espero retribuir à altura a confiança e a expectativa que em mim depositaram. À minha família: meu esposo Rômulo, pelo apoio incondicional, por me fazer acreditar que sempre posso mais, pelo amor, carinho e dedicação a nossa família; minha avó Odete, que ajudou a me criar e a me tornar o que sou hoje; minha mãe Cidinha Barreto, pela minha criação, pelo amor, pelas palavras, por ser minha rainha, meu exemplo de vida, de determinação e de garra; meu pai Ismael Gervásio, pela minha criação, pelo amor, pelo exemplo, pela compreensão de sempre, e por sempre acreditar em meu potencial; à minha irmã Paula Barreto, minha amiga, parceira, conselheira, meu equilíbrio; ao meu cunhado Augusto Tronconi, sempre presente, com q...
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