No cenário atual, pode-se observar uma mudança nos papéis desempenhados pelos pais e mães na interação com seus filhos. A paternidade, por exemplo, passou a ser alvo das pesquisas científicas recentemente, tendo em vista a maior participação do pai na vida dos filhos. Dessa forma, esta pesquisa teve como objetivo identificar os fatores que interferem no envolvimento paterno de pais (homens) de crianças entre quatro a seis anos. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, de natureza qualitativa, cujos dados foram coletados através de uma entrevista semiestruturada, a qual foi analisada pela técnica da análise de conteúdo categorial temática, utilizando-se o software Atlas.ti. Da análise das entrevistas emergiram quatro categorias: Vivência da paternidade; Responsabilidade; Interação pai-filho e Fatores que interferem no envolvimento paterno. Neste artigo serão apresentados os resultados da última categoria, por estarem diretamente relacionados com o objetivo deste estudo. Os resultados apontam que o modelo de paternidade que os participantes tiveram de seus próprios pais, além das relações que estabelecem com a mãe da criança, as características pessoais dos pais e dos filhos e, ainda, a rede de apoio que possuem, constituíram-se em aspectos que repercutiram no envolvimento paterno.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n61a04
No panorama contemporâneo, são constantes as expansões das fronteiras internacionais, as quais desencadeiam um impacto decisivo na vida dos indivíduos e nos contextos socioculturais, especialmente no universo relacional da família. Assim, objetiva-se analisar a produção científica entre o processo migratório e a dinâmica familiar de imigrantes. Realizou-se o levantamento bibliográfico a partir de buscas em bancos de dados nacionais e internacionais, mediante descritores preestabelecidos. A análise dos documentos foi delimitada entre o período de 1980 a 2013. Compreenderam-se produções de artigos científicos, teses e dissertações. Os aspectos metodológicos e semânticos foram reunidos em cinco categorias de análise. Os resultados apontam lacunas existentes na produção científica relacionada estritamente ao tema de migração e dinâmica familiar. Em seguida, destacam o processo de adaptação cultural que as famílias vivenciam ao imigrarem. Discute-se a ênfase conferida às dimensões psicossociais que norteiam o ciclo vital da família a partir do processo migratório.
Objetivo: Analisar sistematicamente a produção científica acerca do apego e a parentalidade sob o enfoque transcultural.
Método: Realizou-se o levantamento de produções indexadas, a partir de buscas em bases de dados nacionais –Scielo Brasil– e CAPES –Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior–; e internacionais –PsycINFO–, mediante os seguintes descritores: Apego OR Bowlby AND parentalidade OR“relação parental”; Attachment OR Bowlby AND Parenting OR Parenthood; e por fim, Apego OR Bowlby AND Parentalidad OR “Relaciones parentales”. Foram considerados os estudos nos idiomas português, inglês e espanhol, entre o período de 2013 a outubro de 2017. Após a definição dos critérios de inclusão, os cinco artigos retidos foram analisados com base nos aspectos metodológicos (dados da amostra, tipo de abordagem, tipo de estudo e técnica de coleta de dados), e posteriormente, foram submetidos a análise semântica, da qual derivou-se duas categorias temáticas: 1) Fatores que influenciam a formação do apego e a parentalidade e 2) Apego e relações parentais.
Resultados: Apontaram-se lacunas existentes no que se refere à produção científica especificamente ao tema elencado; tendo em vista a diversidade de estudos que englobam os sistemas de apego e temas transversais, como apego e desenvolvimento infantil, apego e psicopatologia, apego e maternidade, entre outros. Além disso, não foram encontrados estudos nacionais sobre a temática, assim como pesquisas transculturais a respeito. Em relação ao delineamento dos estudos encontrados, todos caracterizam-se pelo enfoque quantitativo e estudos longitudinais do tipo prospectivos - follow-up. As técnicas de coleta de dados que mais se sobressaíram foram a Entrevista de Apego Adulto (AAI), seguida da Situação Estranhaem pesquisas com amostras infantis.
Conclusão: Destaca-se que a Teoria do Apego necessita estar aberta para a revisão e a consideração das dimensões relacionadas à cultura. Isso implica ajustá-la à diferentes contextos culturais, históricos e sociais. Sugere-se, portanto, o incremento de novos estudos que contemplem a formação do apego, os quais venham disseminar intervenções parentais positivas para o ciclo de vida pessoal e familiar dos sujeitos.
As relações afetivas na infância repercutem no estilo de apego do indivíduo no decorrer do seu ciclo vital. Assim, o objetivo deste artigo é analisar o perfil de estudos nacionais e internacionais acerca da relação entre o apego dos membros do casal desenvolvido na infância e o relacionamento conjugal e parental. Para tanto, foi realizada uma revisão de literatura integrativa nas bases de dados PsycInfo, Scielo e CAPES, por meio de descritores preestabelecidos, em português, inglês e espanhol, entre 2013 a 2017. Foram selecionados 32 artigos completos indexados, os quais foram submetidos a análises metodológicas e semânticas, derivando-se três categorias temáticas. Identificou-se a predominância de estudos longitudinais e quantitativos, cujas publicações concentram-se, em grande parte, na América do Norte. Constatou-se também, que pessoas com características de apego inseguro apresentam maior tendência de desenvolver conflito conjugal e baixa qualidade do relacionamento amoroso. Não foi encontrada nenhuma pesquisa que integrasse em um único estudo, a relação estabelecida entre o apego dos membros do casal na infância e suas repercussões sobre os vínculos conjugal e parental. Verifica-se a lacuna de estudos que discutam a teoria do apego em uma perspectiva transgeracional e seus efeitos sobre a vida adulta.
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