Toxocara canis, Toxocara cati, are roundworms that live in the intestines of dogs and cats, respectively, and are predominantly agents of human toxocariasis. Studies have suggested that Toxocara spp. seroprevalence increases levels of total and aeroallergen-specific IgE (sIgE), asthma prevalence and asthma morbidity. Nevertheless, other work reported a negative association between Toxocara spp. seropositivity with skin hypersensititity and a positive association with sIgE. The objective of the present study was to evaluate risk factors for acquiring Toxocara spp. infection and to investigate possible significant association between its seroprevalence with atopy and asthma. Students from elementary schools, residents in a small town and its surroundings of Northeast Brazil, underwent blood sampling to measure levels of anti-Toxocara spp. IgG, peripheral blood eosinophils, and specific IgE to aeroallergens. We used univariable and multivariable logistic regression analyses to assess possible risk factors for Toxocara spp. seropositivity and its association with atopy, wheeze/asthma with asthma phenotypes, in a sample of 791 elementary school children aged 6-13 years. Toxocara spp. seroprevalence reached 63.6%; 49.9% had sIgE; 7.2% and 3.3% had atopic wheeze/asthma and non-atopic wheeze/asthma respectively. Risk factors associated with Toxocara spp. seropositivity were: contact with dogs (adj. OR 2.33; 95% CI=1.70-3.19) and cats (adj. OR 3.09; 95% CI=2.10-4.55), and male sex (adj. OR 2.21; 95% CI=1.62-3.02). The presence of anti-Toxocara IgG was statistically associated with blood eosinophils >4% and >10% (adj. OR 1.84; 95% CI=1.33-2.55 and adj. OR 2.07; 95% CI=1.45-2.97, respectively), and atopy (adj. OR 2.00; 95% CI=1.49-2.68), but it was not associated with wheeze/asthma. Concluding, the results obtained in this study showing the association of Toxocara spp. seroprevalence with sIgE may suggest a possible immunological cross-reactivity between IgE epitopes from Toxocara spp. and aeroallergens.

A feira livre de um município desempenha importante papel socioeconômico por subsidiar renda direta para produtores locais e por ser um centro comercial que atende às necessidades da população. Os supermercados têm assumido cada vez mais papel central no cotidiano dos consumidores por comercializarem demanda mais ampla de alimentos. O presente estudo objetivou caracterizar o perfil de consumidores e manipuladores de hortaliças de uma feira livre e supermercados de Santo Antônio de Jesus, Bahia. Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo corte transversal, de caráter descritivo, utilizando abordagem quantitativa e qualitativa, desenvolvido nos meses de janeiro a março de 2009 e janeiro a março de 2010. Para a coleta de dados, foram utilizados questionário validado, conversas informais e entrevistas semiestruturadas. Os pesquisados estavam, em sua maioria, na faixa etária entre 17 a 22 anos e 35 a 40 anos; sexo feminino; baixa escolaridade; renda familiar abaixo do salário mínimo; vivendo e trabalhando em locais com esgotamento sanitário deficiente. Há de se destacar uma frequência importante do uso de medicamentos por conta própria na população estudada, bem como a não finalização do tratamento terapêutico. Caracterizar usuários quanto ao uso contínuo de medicamentos e plantas medicinais auxilia na promoção de políticas públicas adequadas ao uso racional destes pela população local. Concluiu-se que o perfil dos feirantes é marcado pela informalidade, baixa remuneração, carga horária de trabalho elevada e flexível, diferente dos manipuladores de supermercados. A caracterização dos manipuladores e consumidores revelou que, a despeito da abertura de muitos supermercados, a feira do município de Santo Antônio de Jesus continua sendo um ponto de encontro entre os que buscam vender e os que desejam comprar hortaliças.

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Introdução: O uso de plantas medicinais é uma prática comum de cuidado primário nas populações em geral. Foi introduzido no Brasil, por influência das culturas indígena, africana e europeia e caracteriza-se por ser oriundo do conhecimento e da tradição popular. Objetivos: Sendo o Recôncavo da Bahia uma região de forte influência africana, o objetivo deste estudo foi investigar o uso das principais plantas medicinais e identificar seu uso pela população de um de seus municípios, valorizando o acervo cultural e o saber popular de seus moradores quanto aos benefícios que essas plantas trazem para a população. Metodologia: Para a obtenção dos dados, foi aplicado um questionário sociodemográfico, contendo questões sobre o uso de plantas para fins medicinais em chás ou xaropes com 154 entrevistados. Resultados: Desse universo de pessoas, 74,71% tinham o costume de usar remédios caseiros e 60,0% eram do gênero feminino. Os vegetais mais citados para fins medicinais foram: Lippia alba (n=71), Cymbopogon citratus (n=31), Pimpinella anisum (n=30), Peumus boldus (n=14), Plantago major e Ocimum basilicum (n=13 cada); sendo utilizados principalmente como calmante, dores em geral e contra gases. Quanto ao local de obtenção dos vegetais, os entrevistados cultivavam a planta (94,6%), pegavam do cultivo de amigos e vizinhos (1,8%), compravam na feira livre (1,8%), compravam em farmácia ou adquiriam de outros lugares (0,9%). Conclusões: Os dados evidenciam a relevância da prática do uso de plantas para manutenção da saúde dos moradores do município pesquisado, sendo parte integrante de seu contexto sociocultural. As diferentes finalidades do uso de plantas para fins medicinais mostram que mais estudos são necessários para avaliar as propriedades dessas plantas e seus efeitos no organismo humano.

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RESUMOCozinhas de creches ou de instituições de ensino assemelham-se mais às domésticas do que às industriais. Avaliou-se a condição estrutural e sanitária (edificações/instalações; equipamentos e utensílios; produção, transporte do alimento e documentação) de 16 escolas e o perfil de 20 manipuladores de alimentos das mesmas. Os resultados obtidos quanto ao perfil dos manipuladores de alimentos revelaram maiores percentuais para: manipuladores do gênero feminino, com média de 50 anos; 1º grau incompleto; renda de um salário-mínimo, 11-30 anos de serviço e, demonstrando inadequado conhecimento em relação à manipulação segura. Para as condições sanitárias e estruturais das escolas, a adequação foi baixa: tetos sem acabamento liso, ausência de telas contra insetos, usando utensílios de madeira, sem protetores de cabelo e uniformes, trabalhando com adornos, unhas sujas e conversando no momento da preparação. Registrou-se armazenamento de alimentos com material de higienização, não disponibilização do Manual de Boas Práticas e dos Procedimentos Operacionais Padronizados. Sugere-se, para melhoria dos aspectos sanitários, a implantação das Boas Práticas de Manipulação, criando um ambiente mais seguro, com monitoramento das atividades exercidas pelas merendeiras, bem como adequação físico estrutural dos espaços de produção e distribuição de alimentos, a fim de garantir a oferta segura dos mesmos. Palavras-chave:Manipuladores de alimentos. Saúde. Higiene. ABSTRACTKitchens for nurseries or educational institutions look more like domestic ones than industrial ones. The structural and sanitary condition (buildings / facilities, equipment and utensils, production, food transportation and documentation) of 16 schools and the profile of 20 food handlers were evaluated. The results obtained regarding the profile of food handlers revealed higher percentages for: female manipulators, with an average of 50 years; incomplete 1st grade; income of 1 minimum wage, 11-30 years of service and, demonstrating inadequate knowledge regarding safe handling. For the sanitary and structural conditions of the schools, the adequacy was low: unfinished ceilings, no screens against insects, using wooden utensils, no hair guards and uniforms, working with decorations, dirty fingernails and talking at the time of preparation. In order to improve sanitary aspects, it is suggested that the Good Manipulation Practices be implemented, creating a safer environment, with monitoring of the activities carried out by the food vendors, as well as structural physical adequacy of food production and distribution spaces, in order to guarantee the safe offer of them.

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