Objetivo: Relatar o caso de uma paciente gestante que evoluiu com abdome agudo perfurativo secundário a leiomiomas uterino com degeneração hialina, revisando cientificamente sobre o diagnóstico e suas interrelações. Detalhamento do caso: Paciente gestante, 35 anos, primigesta, sem acompanhamento de pré natal, procura atendimento médico com queixa de dor lombar e abdominal difusa, náuseas, vômitos e constipação intestinal. Exames laboratoriais evidenciando leucocitose, exame de urocultura com infecção, radiografia de abdome indicativo de abdome agudo perfurativo. Foi iniciado antibioticoterapia e abordagem cirúrgica com laparotomia exploratória, evidenciado mioma subseroso degenerado com aderências em intestino delgado e com perfuração de alça intestinal. Foi realizado miomectomia, enterectomia e ileostomia, acompanhamento de pós operatório em UTI e após alta hospitalar em pré natal de alto risco. Considerações finais: A miomatose uterina é a neoplasia benigna mais frequente do trato reprodutivo feminino, podendo ser classificado em intramural, submucoso, subseroso. Os subserosos podem crescer para dentro da cavidade peritoneal, podendo provocar compressão de órgãos como intestino ou bexiga, podendo haver torção, isquemia e necrose.
Objetivo: Evidenciar o caso de uma paciente gestante, com diagnóstico prévio de neurotuberculose (NT), que após cessar o uso de medicações, evoluiu com quadro de alterações neurológicas, sendo considerado recidiva de meningite tuberculosa (MT). Revisar cientificamente e a importância da realização do tratamento adequado. Detalhamento do caso: Paciente gestante, G3P1A1C, em acompanhamento irregular de pré-natal, procurou pronto atendimento com queixa de cefaleia, hiporexia, vômitos e confusão mental. Apresentou diagnóstico prévio de NT e cessou medicações por conta própria. Em internação, evoluiu com hidrocefalia e necessitou de inserção de derivação ventricular externa (DVE), com coleta de líquor em intraoperatório e resolução da gestação. O diagnóstico de recidiva de MT foi realizado em conjunto entre clínica, exames de imagem e alterações liquoricas, e assim, instaurado tratamento. A mesma recebeu alta com encaminhamento e acompanhamento puerperal e neurológico. Considerações finais: É de extrema importância a orientação da gestante com diagnóstico de tuberculose quanto a adesão ao tratamento e a segurança das medicações prescritas. Se o tratamento for feito corretamente, a gestação não influencia no curso da doença, e podemos evitar possíveis complicações e sequelas materno-fetais.
Objetivo: Relatar o caso de uma paciente que durante a décima oitava semana de gestação apresentou sinais de hemoperitôneo, seguido de instabilidade hemodinâmica. Como consequência, necessitou de intervenção cirúrgica de urgência. Detalhamento de caso: Paciente do sexo feminino, 40 anos, G3P1A1C1, gestante de 18 semanas, sem comorbidades prévias iniciou quadro de astenia e dor abdominal. Os exames complementares evidenciaram anemia e presença de líquido livre no abdome e na pelve. Evoluiu para choque hemodinâmico, sendo necessário laparotomia de urgência. Durante o ato cirúrgico, constatou-se ruptura parcial em artéria uterina esquerda com sangramento ativo. Realizado o reparo cirúrgico, contudo após alguns dias, a paciente evoluiu com quadro de óbito fetal. Considerações finais: A ruptura de vasos uterinos durante a gestação é um evento raro. Nos poucos casos descritos na literatura, a grande maioria ocorre em torno da segunda metade da gestação, e em outros, contemplam o puerpério. A etiologia exata desse tipo de lesão permanece desconhecida, porém alguns fatores são apontados como adjuvantes nesse processo. Apesar de ser um diagnóstico difícil, é imprescindível a intervenção precoce para a sobrevivência materna e fetal.
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