O artigo investiga os discursos e práticas cívico-patrióticas alusivas ao aniversário do golpe civil-militar – 31/março/1964. Para demarcar o culto ao civismo foi implantada no currículo escolar a disciplina de Educação Moral e Cívica (1969), alinhada com o investimento na ritualística simbólica do golpe civil-militar de 1964, que virou uma festa inscrita no Calendário Cívico Nacional. Tais práticas estavam eivadas de dispositivos de memória vinculados à legitimação da ação golpista, mediante discursos laudatórios em torno de questões cívico-patrióticas voltadas à juventude. A ótica cívico-normativa definida pelo Estado opressor silenciava o caráter ilegal do evento e investia no estímulo ao patriotismo, omitindo aspectos da violência e perseguição política praticadas no governo Médici.
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