This article presents the main results of a qualitative research project focusing on the role of kinship in social identity construction. It highlights three basic social mechanisms of identity transmission: forms of normative reference marks, identity transmission channels, and collective actors. The systemic links between these three mechanisms shape several identity transmission logics. This pluralism of transmission processes is also analysed in a temporal perspective. Each generation exhibits a specific form of identity construction and familial transmission. The analysis is based on a sample of 75 individuals from 25 families in Geneva, Switzerland.
ResumoO ano de 2014, alusivo aos 50 anos do golpe civil-militar de 1964, foi particularmente significativo para os estudos circunscritos na análise desse episódio político e seus desdobramentos. Inspirado nas disputas pelas memórias do golpe, o objetivo desse texto é elucidar as articulações políticas engendradas pelo governo do General Castello Branco, por meio da participação civil e militar nas comemorações do imediato pós-golpe e a celebração do primeiro aniversário da chamada "Revolução" (1965). No período subsequente ao dia 31 de março de 1964, a imprensa destacou a participação civil nas comemorações do pós-golpe e as manifestações públicas que se sucederam, com desfiles e carreatas nas principais cidades brasileiras. Além disso, os discursos predominantes reforçavam o anticomunismo, a ordem cívica e a proposição de caráter legal atribuído a um movimento civil-militar iniciado por meio de uma ação inconstitucional, que entrou para a história como "revolução", apesar de sua evidente característica de golpe. Decorrido um ano, em 1965, a euforia inicial arrefeceu e a população não tomou mais conta das ruas, portanto, a comemoração mudou o tom e o destaque recaiu sobre a tentativa do governo de se autopromover na exposição de suas ações durante a gestão. Palavras-chave: Golpe Civil-Militar 1964; ordem cívica; ilegalidade. Cincuenta años después del Golpe Civil-Militar: orden cívica e ilegalidad en los primeros años del gobierno dictatorial en Brasil (1964-1965) ResumenEl año 2014, cuando se cumplen 50 años del golpe civil-militar de 1964 en Brasil, fue especialmente significativo para los estudios circunscritos al análisis de este episodio político y sus efectos. Inspirado en las disputas por las memorias del golpe, el objetivo de este texto es dilucidar las articulaciones políticas engendradas por el gobierno del general Castelo Branco por medio de la participación civil y militar en las conmemoraciones de la fase posterior al golpe y la celebración del primer aniversario de la llamada «Revolución» (1965). En el periodo que siguió al 31 de marzo de 1964, la prensa destacó la participación civil en las conmemoraciones tras el golpe y las manifestaciones públicas que se sucedieron, con desfiles y comitivas en las principales ciudades brasileñas. Además, los discursos predominantes reforzaban el 1 Esse artigo resulta da pesquisa intitulada "Entre a História e a Memória: 2014, ano do cinquentenário do golpe civil-militar de 1964", vinculada ao CEMOPE
Este artigo intenciona problematizar as imagens veiculadas nas revistas O Cruzeiro e Manchete no ano do Sesquicentenário da Independência do Brasil. Neste evento comemorativo, a figura do monarca D. Pedro I, representante da “unificação do país”, fica evidenciada nos anais da história pátria, após um acordo diplomático luso-brasileiro e a chegada de parte do corpo do Imperador ao Brasil, com exceção do coração, deixado por ele em testamento à cidade do Porto. A estratégia do regime militar brasileiro em conduzir D. Pedro I à virtude por meio da reelaboração positiva de sua figura está relacionada às suas façanhas militares realizadas no comando do exército liberal em Portugal, a partir de 1828, quando luta contra o governo absolutista de seu irmão, D. Miguel. As representações imagéticas do traslado ao Brasil de seus restos mortais, em abril de 1972, no governo do General Médici, demonstram a simbologia dos elementos de memória evocados pela política do Estado autoritário, sedenta por atos comemorativos e envolta em cerimoniais de cunho espetacular. A ampla divulgação veiculada pelas revistas está vinculada a uma clara intenção dos militares em apropriar-se de atos comemorativos para mitificar a figura de D. Pedro I no panteão dos heróis nacionais, a partir da utilização de aspectos da história pátria e arsenais imagéticos carregados de significados propulsores da memória.Palavras-chave: Representações imagéticas; D. Pedro I; Memória; O Cruzeiro; Manchete.
O diplomata inglês Richard F. Burton publicou o livro Viagem do Rio de Janeiro a Morro Velho (1869), relato de sua passagem por Minas Gerais a partir de um exercício de seleção e criatividade vinculado a formulação de uma ideia de Brasil para o mundo europeu. Ao mobilizar a literatura de viagem como suporte que exprime sentidos e significados ao mundo social, conectamos as questões teórico-metodológicas que regem o objetivo deste artigo, para analisar as descrições de viagem de Richard Burton sobre a população brasileira, a partir da problematização da personagem. Apoiado no determinismo geográfico e nos princípios racistas, Burton ressaltou o desequilíbrio demográfico do país, pautado no eurocentrismo e na perspectiva de defasagem do Brasil causada pela “mestiçagem”, reforçando o argumento de que a solução seria a implementação de políticas imigratórias voltadas aos europeus como estratégia para a “civilização” da população brasileira.
O artigo analisa as representações e discursos sobre artistas negras e brancas nas revistas O Cruzeiro e Manchete (1950-1959), por meio do conceito de Interseccionalidade, imbricado às categorias de cor, classe e gênero na análise histórica. As narrativas sobre as mulheres artistas nessas revistas apresentavam temas envolvendo a discriminação e as relações raciais e de gênero, evidenciadas em suas páginas a partir da construção de discursos de caráter ambíguo sobre as mulheres negras artistas, apresentadas sob princípios de hiper sexualização e/ou sob a manifestação pura do racismo estrutural e cultural, a partir da estereotipagem dos corpos negros femininos. As mulheres brancas artistas foram representadas de acordo com os padrões usualmente impostos às mulheres, como a vocação ao matrimônio e à maternidade, corroborando para consolidar o estereótipo de esposa/mulher ideal.
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