Me. Álvaro Veiga Júnior Me. Júlia Guimarães Neves Universidade Federal de Pelotas -UFPEL RESUMO: Trata-se de uma abordagem teórica que tem como objetivo refletir sobre o Ensino de Filosofia no processo de formação humana. Entende-se que no atual cenário que engloba, especificamente, o desenvolvimento humano pelos sistemas formais de escolarização, há uma predominância técnico-científica de caráter moderno que, por consequência, figura axiologicamente como eixo principal do ensino. Diante disso, questionou-se: Qual o papel do Ensino de Filosofia frente ao crescente desenvolvimento técnico-científico que desvincula, ao que parece, Epistemologia, Ética e Política? Na tentativa de responder à questão, utilizou-se a metodologia bibliográfica de modo a valorizar o horizonte compreensivo e o trânsito por algumas matrizes teóricas que discutem o chamado projeto científicotecnológico moderno. Argumenta-se a favor da reflexão filosófica como componente curricular dos processos de escolarização e compreendese que este é um dos desafios contemporâneos do Ensino de Filosofia. PALAVRAS-CHAVE: Formação humana; Modernidade; Ensino de Filosofia.ABSTRACT: This paper presents a theoretical approach with the goal to reflect on the Philosophy Teaching in the process of human education. It is known that, in the present scenario, which specifically includes the human development through the main means of education, there is a modern scientifictechnological predominance that, as consequence, is axiologically found to be the main axis of education. With this in mind, we ask the following question: What is the role of the Philosophy Teaching against the growing technical-scientific development that unties, apparently, Epistemology, Ethics and Politics? As an attempt to answer this question, the bibliographical methodology was used as a way to value the comprehension horizon and the transit through some theoretical matrices that discuss the so called modern scientifictechnological project. We argue in favor of philosophical reflection as a curricular component of education processes. We conclude that this is one of the contemporary challenges in Philosophy Teaching.
Neste ensaio procuramos cogitar caminhos para a descolonização do pensamento no âmbito da educação e da pesquisa. Embasadas na perspectiva epistemológica descolonial, refletimos sobre diferentes aspectos que ilustram a crise do paradigma dominante no campo da ciência e da sociedade. Aliás, o próprio conceito de Brasil Profundo nos convida a (re)pensar as relações decorridas do imperialismo e da modernidade visando à construção de um mundo mais digno e seguro, que reconheça e respeite todas as existências. Avançamos, assim, problematizando percepções ou narrativas históricas sobre a construção da identidade e da cultura brasileira. E, por fim, sinalizamos a urgência de se produzir práticas transgressoras, por meio da educação popular e da ecologia de saberes, mas também através de pesquisas com métodos inovadores, reconhecendo e, sobretudo, valorizando razões oprimidas e subalternizadas.
RESUMOO trabalho objetiva propor reflexões a respeito da possibilidade de integração entre ensino, pesquisa e extensão, tendo por base experiências docentes de professoras formadoras no Curso de Licenciatura em Pedagogia a Distância, CLPD/ UFPel. O quadro teórico-metodológico é constituído na perspectiva da Pedagogia Popular e Problematizadora de Paulo Freire e na compreensão das atuais políticas públicas para a educação. Este ensaio se pauta nas metodologias qualitativas em educação, especialmente na perspectiva de práxis pedagógica e de ciclos gnosiológicos para propor os entendimentos acordados, e não pretende certificar verdades, mas sim motivar diálogos. Tais reflexões procuram reunir o posicionamento das professoras formadoras em seu movimento dialético-dialógico entre prática, teoria e prática e ação-reflexão-ação ao vivenciarem os ciclos gnosiológicos. Entendemos que este curso é um exemplo de interação entre diferentes dimensões sociais e culturais, pois a concepção utilizada de EaD, centrada na aprendizagem construtiva e cooperativa, realimentada pela práxis pedagógica crítica e emancipadora, nos permite vivenciar diferentes intensidades e frequências de articulação dos três pilares da universidade brasileira.As noções integradoras, aquelas que favorecem o entendimento de totalidades interdependentes e dinâmicas, permitem o diálogo crítico entre dimensões globais e locais, bem como dimensões ambientais, econômicas e sociais. Desta maneira estas noções favorecem uma percepção e consciência que superam a alienação,
Neste artigo propomos uma reflexão de cunho teórico sobre a prática de pesquisa qualitativa a partir de contribuições freirianas. Nosso objetivo é discutir acerca das potencialidades dos Círculos Epistemológicos para a construção de investigações dialógicas, críticas e comprometidas com a transformação social. Para isso, primeiro apresentamos a concepção dos Círculos de Cultura e, posteriormente, os pensamos aplicados ao campo da pesquisa, apontando, então, para os elementos que fundamentam tal proposta. Com os Círculos Epistemológicos adotamos a ideia de que a ciência, enquanto um ato de cons(ciência), tem intencionalidades e compromissos com a mudança. Destacamos que as investigações necessitam possibilitar a construção de espaços dialógicos, de reconhecimento e valorização de conhecimentos, rompendo com antigas cristalizações e hierarquias de saberes. Concluímos que é a partir do encontro horizontal e do diálogo que novos conhecimentos, encharcados de mundo, se formam e possibilitam um agir mais consciente na realidade e na prática científica.
O artigo, construído em formato de carta, se inspira na realidade de muitas mulheres de nosso país. Aborda a experiência de abandono paterno de uma filha que, a partir do seu contato com teorias feministas, percebe e questiona as consequências da falta de paternagem ao longo de sua vida. Em busca da construção e da ampliação de uma consciência feminista, a carta apresenta um conjunto de reflexões direcionadas ao pai, morto recentemente vítima da COVID-19, e a outros homens. A reflexão perpassa às diferenças de classe, raça e gênero de forma interseccionada, aborda o cotidiano da reprodução da vida e ressalta a importância dos feminismos, enquanto posicionamento político, para a construção de relações mais igualitárias e justas. Conclui-se ressaltando, entre outros aspectos, a urgência de que homens assumam e compartilhem as responsabilidades no que se refere ao cuidado das crianças e do lar. Palavras-chave: paternagem, reprodução da vida; patriarcado; consciência feminista.
RESUMO: O texto oferece aos/às leitores/as um processo simultâneo de produção de conhecimento e reinvenção do currículo. Ao relativizar ciência e cultura, concebendo a educação de maneira fluida, argumenta sobre a cientificidade de uma experiência políti-co-pedagógica. O gesto de criação da revista Apontamentos permite desdobrar o espaço-tempo pessoal e social; com isso, vem refletir sobre influências na subjetivação, construindo um texto amalgamado entre escrituras, buscando resistir criativamente às relações hegemônicas de poder. Teoriza seu fazer e seus percursos, compondo método em antinomia ética e estética com as posições que representam a verticalização do poder. A investigação projeta o currículo nas relações filosóficas entre o conhecimento e o cuidado de si, apoiando, prioritariamente, o estudo em Michel Foucault. Dentro dessa concepção, não haveria conteúdos pretendidos, separados das formas, da estética e de seu constituir, mas sim uma escritura conjugada em tempos e deslocamentos, vivência curricular construída com encontros em diferentes contextos e instituições educacionais, entre distintos grupos de professores/as e acadêmicos/as. Palavras-chave: Currículo. Revista. Conhecimento. Cuidado de Si.
Pretendemos convidar a refletir sobre influências e oportunidades entre currículo escolar, educação e cultura política a partir de nossas percepções formativas na perspectiva discente e docente, pessoais, bem como da cidadania brasileira na atualidade. Entendemos que as tendências neoliberais e conservadoras têm se acentuado utilizando do discurso sobre o crescimento da economia como forma de democracia, inclusão e melhoria da qualidade de vida da população. Tais interesses têm se distanciado da justiça e dos avanços sociais igualitários, da educação e da cultura política. Vemos o autoritarismo se utilizar de ardis para garantir o crescimento e o acúmulo de capital sob a posse de uma elite internacional e de prepostos coloniais. Na relação mercado-Estado, tomamos os processos de construção da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) como exemplo de política enfraquecedora da educação e da cultura política que precisa ser problematizada ou revertida. Como forma de contrapor este rumo histórico seguimos a conscientização sobre a importância da educação política e do incremento da politicidade da educação, por meio da compreensão da realidade concreta conjuntamente com o fortalecimento da participação da maioria das pessoas que são afetadas, no ensino e na política. Aduzimos a noção de justiça curricular às dimensões cotidianas e próximas, em dialeticidade com os macrocontextos políticos. Referenciamos o estudo na práxis pedagógica e no diálogo compreensivo-problematizador, fundamentados na Educação Popular em sua ênfase decolonial. No rumo do Estado mínimo, a educação competitiva e tecnicista tornada um fim em si tem agido contra a educação como meio de conscientização e politização. De acordo com a Educação Popular radicalmente politizadora entendemos que a cultura da participação, significa fazer parte ativa da totalidade social, não podendo conceder para a adaptação e reprodução dos interesses conservadores que se apresentam como novos. Participação não é adesão ou concessão, mas componente fundamental da práxis pedagógica socializante.
Este trabalho de cunho bibliográfico aproxima os estudos de Paulo Freire e Enrique Dussel para pensar a educação no horizonte da libertação, relacionando-a com a decolonialidade, desde o Brasil. Problematiza a ‘educação bancária’ e os processos de desumanização naturalizados no currículo. A práxis da dominação expressa no currículo e na formação de educadores/as traz muitos desafios como a padronização, a hierarquização, a precarização do trabalho docente, o individualismo nos processos de tomada de decisões pedagógicas. O artigo tem como objetivo promover reflexões sobre a necessidade de reorientar o currículo escolar, adotando uma perspectiva pedagógica política, justa e humanizadora na formação de educadores/as. Na intenção de superar os obstáculos, é preciso ter consciência crítica sobre as experiências coloniais e autoritárias, compreendendo que a educação libertadora e dialógica não se restringe ao currículo escolar ou a formação de professoras/es, também propõe uma formação humana mais crítica e democrática, em que os conhecimentos dialetizados e os saberes dos/as alunos/as sejam respeitados e contribuam na construção de uma sociedade mais autônoma e fraterna.
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