Resumo: A intensidade do estresse causado pela salinidade nas culturas irá depender, principalmente, do nível de tolerância da espécie ou cultivar e das estratégias de manejo utilizadas. Dessa forma, objetivouse com este trabalho avaliar o crescimento e as respostas fisiológicas de duas cultivares de feijão-caupi, irrigadas com água salina e submetidas a diferentes níveis de potássio, em condições de ambiente protegido. Foram utilizadas sementes das cultivares CE 790 e CE 104, as quais foram submetidas a níveis crescentes de salinidade, utilizando-se água de irrigação com condutividade elétrica (CEa) de 0,8; 2,2; 3,6 e 5,0 dS m -1 e doses crescentes de potássio (K) na forma de KCl (0,5; 1,0; 2,0 e 4,0 g por vaso KCl). Aos 47 e aos 55 dias após o plantio (DAP) foram realizadas leituras das trocas gasosas foliares e de crescimento das plantas (comprimento da haste principal, diâmetro do caule e matéria seca total), respectivamente. O aumento da salinidade da água de irrigação reduziu o comprimento da haste principal, diâmetro do caule e matéria seca total, em ambas as cultivares. As maiores doses de potássio em conjunto com a salinidade proporcionaram efeito depressivo no crescimento da haste principal e na condutância estomática, em comparação ao efeito isolado da salinidade, sendo um indicativo da intensificação dos efeitos osmóticos. A existência de interações entre salinidade e potássio é um indicativo de que a dose ótima desse nutriente depende da salinidade na zona radicular das plantas, sendo uma informação importante para o manejo de cultivos em ambientes salinos.Palavras-chave: Adubação potássica. Estresse salino. Feijão-de-corda. Respostas fisiológicas. Vigna unguiculata. Abstract:The intensity of the stress caused in crops by salinity will largely depend on the level of tolerance of the species or cultivar, and on the management strategies used. The aim of this study therefore, was to evaluate growth and physiological response in two cultivars of the cowpea, irrigated with saline water and subjected to different levels of potassium under sheltered conditions. Seeds of the cultivars, EC 790 and EC 104 were used, which were exposed to increasing levels of salinity, using irrigation water with an electrical conductivity (CEa) of 0.8, 2.2, 3.6 and 5.0 dS m -1 , and increasing rates of potassium (K) in the form of KCl (0.5, 1.0, 2.0 and 4.0 g KCl per pot). Readings were taken of leaf gas exchange and plant growth (length of main stem, stem diameter and total dry matter) at 47 and 55 days after planting (DAP) respectively. Increases in the salinity of the irrigation water reduced the length of the main stem, the stem diameter and total dry matter in both cultivars. The larger levels of potassium together with the salinity resulted in a depressive effect on the growth of the main stem and on stomatal conductance, compared to the isolated effect of salinity, indicating an enhanced osmotic effect. The existence of an interaction between salinity and potassium is an indication that the optimal level of the nutrie...
RESUMOObjetivou-se com este trabalho avaliar o efeito da interação entre salinidade e espaçamento de plantio em plantas de milho (Zea mays L.) Híbrido AG 1051. Utilizou-se o delineamento em blocos ao acaso, em arranjo fatorial 3 x 2, sendo três espaçamentos entre fileiras (0,5, 0,7 e 0,9 m) e dois níveis de salinidade da água de irrigação (0,8 e 5,0 dS m -1 ), com 5 repetições. As variáveis analisadas foram: fotossíntese (A), radiação fotossinteticamente ativa (RFA), altura da planta, massa seca da parte aérea (MSPA), índice de área foliar (IAF), área foliar (AF), e teores foliares de carboidratos, N-aminossolúveis, Na + e K + . As taxas de fotossíntese líquida não diferiram significativamente em decorrência dos espaçamentos nem da salinidade da água de irrigação. A RFA interceptada pelas folhas basais do milho foi maior no espaçamento com 0,9 m, porém não houve diferença entre as plantas estressadas e não estressadas, com relação à radiação interceptada pelas folhas e as taxas fotossintéticas. Embora a salinidade tenha afetado os níveis de carboidrato e de sódio nas folhas, as maiores diferenças foram relacionadas ao espaçamento de plantio e à idade da folha avaliada. De modo geral, o adensamento do cultivo de milho não minimizou os efeitos deletérios da salinidade no crescimento das plantas. Palavras-chave: estresse salino, fotossíntese, Zea maysPhysiology and growth responses of maize subjected to salt stress in different cultiving spacings ABSTRACT The objective of this work was to evaluate the effect of interaction between salinity and plant spacing on maize (Zea mays L.) hybrid AG 1051. A randomized block in a 3 x 2 factorial was used, with three row spacings (0.5, 0.7 and 0.9 m) and two levels of salinity of irrigation water (0.8 and 5.0 dS m -1 ), with five replications. The variables analyzed were: photosynthesis (A), photosynthetically active radiation (PAR), plant height, shoot dry mass (SDM), leaf area index (LAI), leaf area (LA), content of carbohydrate, soluble N-amines, Na + and K + . The rates of net photosynthesis did not differ significantly neither as a result of plant spacings nor the salinity of irrigation water. The PAR intercepted by the basal leaves of maize was higher in the spacing of 0.9 m, but no difference between stressed and unstressed plants in relation to the radiation intercepted by leaves and photosynthetic rates was observed. Although salinity affected the levels of carbohydrates and sodium in leaves, the greatest differences were related to plant spacing and leaf age evaluated. In general, the densification of maize cultivation did not minimize the deleterious effects of salinity on plant growth.
RESUMOCom o objetivo de determinar os coeficientes de sensibilidade ao déficit hídrico (K Y ) da cultura do girassol nos estádios isolados e no ciclo total da cultura para as condições do semiárido cearense, um experimento de campo foi conduzido no município de Pentecoste, Ceará. O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições e oito tratamentos, definidos em função da época de indução do déficit hídrico nos três estádios fenológicos do girassol (vegetativo, floração e formação da produção), correspondendo à ocorrência de déficit hídrico em um, dois ou três estádios. O déficit correspondeu à aplicação da metade da dose de irrigação do tratamento sem déficit hídrico. Os valores de K Y foram obtidos através da relação entre a queda de rendimento relativo e o déficit de evapotranspiração relativa, conforme o método de Doorenbos e Kassam. As evapotranspirações (potencial e da cultura) foram calculadas pelo método do balanço hídrico no solo. Os resultados mostraram que, a sensibilidade ao déficit hídrico variou na seguinte ordem decrescente: formação da produção, vegetativo e floração, para déficit aplicado em apenas um estádio fenológico. Para as condições de déficit em dois estádios, o coeficiente K Y indicou que a insuficiência de água exerce maior impacto sobre o rendimento de aquênios do girassol quando ocorre simultaneamente nos estádios vegetativo e de formação da produção.
No cultivo de plantas medicinais as condições de salinidade e de luz podem exercer influência no rendimento e na qualidade final da produção de biomassa. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes luminosidades e níveis de salinidade na água de irrigação sobre o crescimento e tolerância de três espécies de plantas do gênero Plectranthus. O ensaio foi conduzido em parcelas subsubdivididas com cinco repetições, sendo as parcelas referente ao fator ambiente (pleno sol e telado), as subparcelas aos níveis de salinidade na água de irrigação - CEa (0,7; 1,9; 3,1; 4,3 e 5,5 dS m-1), e as subsubparcelas às três espécies do gênero Plectranthus (P. amboinicus, P. barbatus e P. grandis). As variáveis de resposta foram: índice relativo de clorofila (IRC), área foliar (AF), razão de área foliar (RAF), área foliar específica (AFE), matéria seca da parte aérea (MSPA), matéria seca das raízes (MSR), matéria seca total (MST), relação MSR/MSPA, grau de tolerância à salinidade, e teor dos íons Na+ e K+. O estresse salino reduziu o crescimento das plantas, sendo as maiores reduções observadas nas plantas expostas a pleno sol. A salinidade influenciou a partição de matéria seca, sendo as raízes mais afetadas do que a parte aérea. Com o aumento da CEa houve aumento expressivo no teor foliar de Na+, enquanto o teor de K+ e o IRC foram reduzidos. Entretanto, o acúmulo de Na+ foi menor em P. grandis. Considerando-se a MST, verificou-se que as três espécies se mostraram moderadamente tolerantes à salinidade de até 3,1 dS m-1, exceto P. grandis cultivada em telado, classificada como tolerante. Em relação ao grau de redução na produção MSPA (parte de interesse comercial), poderia se recomendar o cultivo de P. grandis quando a água de irrigação contiver CEa de até 3,1 dS m-1.
RESUMOCom este trabalho objetivou-se avaliar o crescimento, a nutrição e a produção da bananeira Prata Anã (Musa spp), consorciada com leguminosas e submetida a diferentes lâminas de irrigação. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados em parcelas subdivididas, com cinco repetições. As parcelas foram formadas por quatro lâminas de irrigação: 50, 75, 100 e 125% da evapotranspiração da cultura (ETc) e as subparcelas pela testemunha (manejo convencional sem plantas de cobertura) e três tipos de plantas de cobertura consorciadas com a bananeira, são elas: vegetação espontânea (VE), cudzu tropical em sucessão à crotalária (CK) e calopogônio em sucessão ao feijão-de-porco (FC). Avaliaram-se, nas plantas de bananeira, a altura, a circunferência do pseudocaule, os teores foliares de macro e micronutrientes, a produção e a duração do ciclo. A utilização de leguminosas no pré-plantio e como cobertura viva, exerceu influências positivas no crescimento, na nutrição nitrogenada e na produção da bananeira, substituindo parcialmente o N aplicado como fertilizante mineral. O uso de leguminosas consorciadas com a bananeira representa uma alternativa adequada para o fornecimento de N à cultura da bananeira. Palavras-chave: manejo da irrigação, adubação verde, Musa spp.Growth, nutrition and yield of banana associated with cover crops and irrigation depths ABSTRACT The objective of this study was to evaluate the growth, nutrition and production of Prata Anã banana (Musa spp), intercropped with legumes and subjected to different irrigation depths. The experimental design was a randomized block split plot with five replications. The plots were formed by four irrigation depths: 50, 75, 100 and 125% of crop evapotranspiration (ETc) and the control subplots (conventional management without cover crops) and three types of cover crops intercropped with banana: spontaneous vegetation (VE), tropical cudzu in succession to crotalaria (CK) and calopogônio in succession to jack beans (FC). In banana crop, the height, pseudostem circumference, foliar concentrations of macro and micronutrients, production and crop cycle duration were evaluated. The use of legumes in the pre-planting and as a cover crop exerted positive influences on growth, nitrogen nutrition and yield of banana, partially replacing the N applied as mineral fertilizer. The use of legumes intercropped with banana represents an adequate alternative to provide N for banana.
RESUMO -O Noni (Morinda citrifolia L.) é uma planta tolerante aos efeitos salinos e alcalinos dos solos e desenvolve-se em regiões de clima seco ou úmido. Apesar da adaptabilidade intercontinental, ainda são poucas as informações sobre sua tolerância aos sais no solo brasileiro. Baseado no exposto, objetivou-se com o presente trabalho avaliar os efeitos da água salina no crescimento inicial do Noni. Para isso, foi conduzido um experimento em vasos de polietileno com capacidade para 20 L, em Sobral, Ceará. O delineamento estatístico adotado foi em blocos ao acaso, disposto no esquema de parcelas subsubdivididas, com 5 repetições. As parcelas foram constituídas pelos ambientes de cultivo (céu aberto e telado), as subparcelas pelos níveis de salinidade da água de irrigação (CEa: 0,3;1,5; 3,0; 4,5 e 6,0 dS m -1 ) e as subsubparcelas foram representadas pela ausência e presença de matéria orgânica. Aos 110 dias após a aplicação dos tratamentos (DAT), avaliaram-se: altura, massa seca da parte aérea (MSPA), da raiz (MSR), total (MST) e área foliar (AF), e aos 90 (DAT) os teores foliares de solutos orgânicos. Todas as variáveis de crescimento estudadas foram afetadas negativamente pela salinidade, sendo que o efeito observado a céu aberto foi mais expressivo do que no ambiente telado. A matéria orgânica não teve efeito atenuante sobre os efeitos deletérios da salinidade em plantas de noni. O acúmulo de prolina mostrou-se um sinalizador de dano causado pelo estresse, visto que os maiores acúmulos ocorreram nas plantas que sofreram maiores reduções no crescimento. Termos para indexação: Noni, massa seca, carboidrato, compostos orgânicos. INFLUENCE OF ORGANIC MATTER AND THE ENVIRONMENT IN GROWTH AND IN SOLUTE ACCUMULATION IN Morinda citrifolia SUBMITTED TO SALINITYABSTRACT -Noni (Morinda citrifolia L.) is a plant tolerant to the effects of saline and alkaline soils and grows in dry or moist climates. Despite the intercontinental adaptability, in Brazil there is little information about its tolerance to soil salinity. The objective of the present study was to evaluate the effects of saline water on the growth of Noni. For this an experiment was conducted in polyethylene pots with a capacity of 20 L, in Sobral, Ceará. The statistical design was a randomized block design arranged in split plot scheme, with 5 repetitions. The plots consisted of the cultivation environments (open sky and greenhouse), the subplots by salinity levels of irrigation water (ECw: 0.3, 1.5, 3.0, 4.5 and 6.0 dS m -1 ), and the subsubplots were represented by the absence and presence of organic matter. At 110 days after treatment (DAT), the following variables were evaluated: height, shoot dry mass (SDM), root dry mass (RDM), total dry mass (TDM) and leaf area (LA) and at 90 DAT organic solutes in the leaf. All variables were negatively affected by salinity and the effect observed in the open environment was more intense than under greenhouse conditions. The organic matter had no effect on mitigating the deleterious effects of salinity in plants of noni...
The population growth and the pressure over natural resources have increased around conservations areas in Brazil. Deforestation has contributed to natural disasters, such as floods and accelerated soil erosion, that have taken place in different parts of country in recent years. These events have taken lives and seriously affected not only the urban sectors but also conservation areas. One of the areas affected by natural disaster has been 'Ilha Grande', Big Island State Park (PEIG), the third largest oceanic island in Brazil, which is located in the state of Rio de Janeiro and coordinated by the State Environment Organization (INEA). Although Ilha Grande is one of UNESCO's Biosphere Reserves, it has been under socio-economic pressure for years. According to the Brazilian legislation, all conservation areas such as Ilha Grande should prepare a master plan for management purposes. Most of these plans are based on secondary data from the literature review, technical surveys and participatory meetings. However, a lack of primary data may lead to improper decision-making. This paper reports on the development of a local diagnosis methodology applied in Ilha Grande to improve the decision-making process for planning reasons. The strengths, weakness, opportunities and threats (SWOT) method was used to combine primary information from field diagnosis and consultation with local stakeholders. The information surveyed was used not only as a baseline for the master plan of PEIG but also to elucidate the vulnerable areas on the island.
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