The aim of this study is to detect the presence of tick-borne agents of genera Rickettsia, Borrelia, Babesia, Ehrlichia and Anaplasma in ticks collected from native wild birds in the state of Rio de Janeiro. Birds were captured and observed carefully to find the ectoparasites. DNA detection of hemoparasites was performed by means of the polymerase chain reaction (PCR). The sequences obtained were analyzed and their homologies were compared to the available isolates in the GenBank platform database. A total of 33 birds were captured from 20 different species, of which 14 were parasitized by Amblyomma longirostre (n = 22). There was absence of DNA from agents of the genera Babesia, Anaplasma and Ehrlichia in the evaluated samples. The phylogenetic analysis indicated that one sample had 100% identity with Rickettsia bellii (KJ534309), the other two samples showed 100% identity with Rickettsia sp. Aranha strain and strain AL (EU274654 and AY360216). The positive sample for R. bellii was also demonstrated to be positive for Borrelia sp., which presented a similarity of 91% with Borrelia turcica (KF422815). This is the first description of Borrelia sp. in ticks of the genus Amblyomma in South America.
Mergulhando na dinâmica da vida social amazônica, regida pela temporalidade das águas, o artigo acompanha, em diálogos entre História e Literatura, modos de ser e viver de populações marajoaras, flhas das mestiçagens afroindígenas, detentoras de saberes locais em mediações culturais com ocidentais conhecimentos letrados. Deitada em poéticas, paisagens e personagens recriados pelos literatos Dalcídio Jurandir e Sylvia Helena Tocantins, esta composição textual ainda visualiza rastros do popular marajoara elaborando, com forte criatividade, sentidos para reafrmar cosmovisões e experiências sócio-culturais. Estes sujeitos históricos, nas sutilezas de suas manifestações e práticas de pertença, driblaram limites e intolerâncias de poderes civis e eclesiásticos institucionalizados, entre campos e forestas, na Amazônia Marajoara. Palavras-chave: regime das águas, culturas afroindígenas, saberes locais.
A leishmaniose visceral é uma enfermidade cujo agente etiológico no Brasil é o protozoário Leishmania infantum chagasi. Os cães são considerados reservatórios urbanos da doença, sendo indicadores da ocorrência de casos humanos. O presente trabalho teve como objetivo diagnosticar a infecção por L. infantum chagasi em cães domiciliados e errantes do município de Belém, estado do Pará, através da reação em cadeia da polimerase (PCR) e da reação de imunofluorescência indireta (RIFI), empregando dois antígenos distintos. Amostras de sangue venoso de cães adultos, sem distinção de sexo ou raça, de diferentes bairros e épocas do ano da cidade de Belém-PA, foram colhidas em tubos sem e com anticoagulante para obtenção do soro e do DNA, respectivamente. Esses animais foram divididos em dois grupos: cães errantes capturados pelo Centro de Controle de Zoonoses (Grupo A) e cães domiciliados (Grupo B). Os soros foram analisados através do teste de RIFI para pesquisa de IgG utilizando-se dois antígenos distintos: 1) antígeno do kit Bio-Manguinhos/FIOCRUZ (Ag-PRO) contendo formas promastigotas de Leishmania sp. (complexo major-like); 2) Antígeno do Instituto Evandro Chagas (Ag-AMA) constituído por formas amastigotas de L. infantum chagasi. A avaliação dos dois antígenos foi realizada com as amostras reagentes a partir da titulação 1:80. Já a PCR foi realizada a partir do DNA extraído do sangue total dos animais e amplificado utilizando-se os iniciadores RV1e RV2. Das 335 amostras analisadas, 10,4% (35/335) foram reagentes na RIFI (Ag-PRO) e 0,9% (3/335) reagiram com o Ag-AMA. A distribuição das amostras positivas se deu da seguinte forma: Grupo A 14,8% (25/169) com Ag-PRO e 1,2% (2/169) com Ag-AMA; Grupo B 6% (10/166) com Ag-PRO e 0,6% (1/166) com Ag-AMA; sendo que todas as amostras positivas pelo teste de RIFI com o Ag-AMA também reagiram com o Ag-PRO e em nenhuma das amostras foi detectado o DNA de L. infantum chagasi. Os achados do presente estudo indicam que Belém ainda pode ser considerada área não endêmica para leishmaniose visceral canina e que a natureza do antígeno influencia no resultado da RIFI para a pesquisa de anticorpos anti-L. infantum chagasi em cães, sendo que a RIFI que utiliza formas promastigotas de Leishmania major-like como antígeno deve ser utilizada com cautela como método diagnóstico confirmatório em estudos epidemiológicos em áreas não endêmicas para LVC.
Revista Latinoamericana de Estudios en Cultura y Sociedad | Latin American Journal of Studies in Culture and SocietyV. 03, ed. especial, dez., 201703, ed. especial, dez., , artigo nº 645 | relacult.claec.org | e-ISSN: 2525 I. Afroindigenismo por Escrito na Amazônia Afroindigenismo Por Escrito en el Amazonía Afroindigenismo for Written in the AmazonAgenor Sarraf Pacheco 1 ResumoTomando por base a produção literária da poetisa e romancista marajoara Sylvia Helena Tocantins, cruzando com a historiografia brasileira e amazônica sob a perspectiva teórica dos Estudos Pós-Coloniais e Decoloniais, o texto analisa circuitos da presença indígenas, africana e afroindígena na Amazônia Marajoara nas últimas décadas e em exemplificações com os tempos coloniais. Nessas zonas de contato, desvendam-se saberes, fazeres, crenças, costumes, tradições e formas de luta de populações de tradições orais historicamente invisibilizadas ou esteriotipadas pelo poder das escritas colonialistas. Ciente das especificidades e fronteiras porosas existentes entre os campos da literatura e da história, a comunicação procura cotejada e cruzar a narrativa literária com outras narrativas de cronistas, viajantes, historiadores e antropólogos para apreender sinais da história e cultura indígena, africana e afroindígena na região.
The objective of the present study was to determine the frequency of the F200Y polymorphism in the β-tubulin isotype 1 gene of Haemonchus contortus from various sheep flocks in eastern Amazon, and to identify management practices that may favor the emergence of resistance to anthelmintic drugs in the same area. In total, 305 specimens of H. contortus were collected from sheep at 12 farms located in the state of Pará. An allele-specific PCR was performed to detect the F200Y polymorphism, and questionnaires were used to obtain information about the farms and flocks. All genotypes were detected as follows: 31% of the parasites were RR, 37% of the parasites were SR, and 32% were SS. The completed questionnaires revealed that all farms employed semi-intensive farming systems, performed suppressive anthelmintic treatment, and based their choice of drug on cost and availability rather than on any knowledge regarding drugs that remained effective on their property. It can thus be concluded that the SNP in codon 200 of the β-tubulin isotype 1 gene is present in the H. contortus populations from eastern Amazon, and that a series of management practices that favor the emergence of anthelmintic resistance are employed on these farms.
ResumoPartindo de exercícios etnográficos, o texto apresenta experiências diaspóricas de mulheres rezadeiras que, ao migrarem do Nordeste brasileiro para a “Amazônia Bragantina”, no Estado do Pará, a partir da década de 1950, tiveram suas vidas marcadas pelo processo de iniciação junto a entidades da encantaria brasileira (Prandi, 2004). Em viagens noturnas a cemitérios, transfigurações, transportes físicos, vidências e andanças em corpos de animais, ventos e águas, essas rezadeiras revisitaram “mundos” e “tempos” imemoriais, passando a dialogar com pajés e “poderosos” rezadores do Maranhão, Paraíba, Piauí e Ceará, deixando ver pessoas e encantados em outros sentidos de deslocamento. A crença na capacidade das entidades de acompanhar as pessoas detentoras do “dom de rezar” até o Pará, bem como de transitarem continuamente nesses locais, nomadizando-se (Deleuze; Guattari, 1995) entre o “lá” e o “aqui”, constitui o fenômeno da “diáspora dos encantados” (Brah, 2011; Hall, 1999, 2009). A convivência com essas mulheres ensina, entre outros aspectos, a defender concepções de encontros e deslocamentos de culturas que percebam a alteridade radical da cosmologia das ciências humanas, mesmo quando esta se crê fielmente situada em lugares de partida, movimentos de passagem ou chegada, esquecendo, muitas vezes, que se trata não de lugar, mas de trânsitos materiais e simbólicos.
A proposta deste trabalho está relacionada ao alargamento da compreensão da identidade literária de Bruno de Menezes, considerando-o, também, um etnógrafo da Amazônia paraense. Como um múltiplo ser social, Bruno, por suas experiências, soube traduzir, em diferentes composições, olhares diversos do cotidiano espacial, temporal e cultural das pessoas paraenses. Para materializar tal perspectiva, o presente artigo enfoca por meio de uma etnografia nos documentos/arquivos, a constituição e o conteúdo intercultural da obra Boi Bumbá: Auto Popular. Bruno traz à discussão questões relacionadas às culturas negras, indígenas e europeias em simbiose, todas com presença marcante na manifestação do bumbá. Sob esta ótica, vale ressaltar a importância da Antropologia, Literatura, História, Estudos Culturais e Pós-coloniais, para uma análise das relações sociais e interculturais existentes na composição do boi bumbá e, também, para o adensamento de uma revisão acerca dos fazerem antropológico e etnográfico na cidade de Belém, sob a pena da experiência imaginação artística e literária de Bruno de Menezes.
ResumoA Amazônia Marajoara, no Pará, constituiu-se desde os tempos coloniais em importante zona de contatos sócio-culturais entre índios, colonizadores e africanos. Para além dos empréstimos, intercâmbios e sociabilidades ali estabelecidas, especialmente entre índios e negros, originando modos de vida afroindígenas, a região tornou-se palco de contínuos conflitos e (in)tolerâncias estabelecidos pelos poderes políticos e, especialmente, religiosos, contra práticas, rituais, modos de acreditar e viver de grupos oriundos de matrizes orais. Sob a orientação teórica dos Estudos Culturais Britânicos, Latino-Americanos e do Pensamento Pós-Colonial, o artigo acompanha, por meio de narrativas históricas, movimentos de controle e transgressão, negação e (re)afirmação constituídos entre índios, negros, afroindígenas, elites políticas e religiosas em torno das encantarias amazônicas, destacando especialmente percepções e posturas dos padres Agostinianos Recoletos a partir de 1928, quando fundaram e assumiram a direção do projeto de evangelização do grande arquipélago em tempos de expansão e disseminação de formas e modos de romanização. Palavras-chave: Encantarias Afroindígenas; Práticas de Cura; (In)tolerâncias Religiosas; Amazônia Marajoara. AbstractThe Marajoara Amazônia in Pará, consisted, since the colonial times, in contact zones of socialculture exchange between Indians, settlers and Africans. Way beyond the lends, interchanges and sociability there settled, specially between Indians and black people, giving birth to a way of living called afroindigenas, the region became a place of continuous conflicts and (in)tolerance established by the politic powers and, specially, religious, against rituals, beliefs, and way of living of those groups which came from the oral heritage. Under the theoretical orientation of the British Cultural Studies, Latin Americans and the Pos-colonial though, this article brings, from the historical narratives, movements of control, transgressions, negation and (re)affirmation putted between indians, negros, afroindigenas, political and religious elites, around the amazonic "encatarias", highlighting the perceptions and postures of the Augustinian recoletos priests, since 1928, the year of the foundation of the evangelization of the great archipelago in the times of expansion and dissemination of ways and forms of romanization.
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