Este texto analisa a articulação teoria/prática na formação de professores alfabetizadores, por meio da pesquisa qualitativa de um estudo de caso realizado com alunos do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal do Ceará (UFC), na disciplina Fundamentos teóricos e práticas pedagógicas do ensino de Língua Portuguesa no ciclo de alfabetização. Para isso, utilizamos a entrevista semiestruturada e a observação participante, com as quais constatamos que tal articulação, assim como a metodologia utilizada na disciplina, contribuem para uma sólida base teórica e conceitual dos professores alfabetizadores, preparando-os para os desafios da prática pedagógica.
Resumo: O artigo analisa as concepções de inclusão que caracterizam os discursos de professores de Educação Física que acolhem estudantes com deficiência sensorial, física e/ou intelectual. A metodologia, de natureza qualitativa, caracterizou-se como um estudo de caso. Participaram deste estudo dois professores de Educação Física da rede regular de ensino pública da cidade de Fortaleza. Os procedimentos de coletas de dados consistiram na aplicação de entrevistas com base em um roteiro elaborado para esse propósito. Os resultados deste estudo evidenciaram que há um descompasso entre o discurso dos professores acerca da inclusão escolar: ora eles defendem uma concepção inclusiva e, em outros momentos, defendem concepções segregacionistas e exclusivistas para pessoas com deficiência. Conclui-se, com base nos discursos dos sujeitos participantes desta pesquisa, que suas concepções acerca da inclusão escolar ainda estão em vias de consolidação. Palavras-chave: Inclusão. Educação Física. Concepções.
RESUMONeste trabalho, analisa-se a coerência textual a partir da reescrita do conto de Rapunzel. Baseia-se em uma abordagem psicogenética da língua escrita. Participaram desse estudo nove alunos, sendo seis com síndrome de Down (Grupo I) e os outros três sem deficiência (Grupo II). Eles cursavam entre o 2º e 8º anos do Ensino Fundamental em escolas regulares. O procedimento de produção textual consistiu em um encontro individual, cuja solicitação de produção escrita era precedida pela leitura do conto pela pesquisadora. Os dados indicaram a presença da coerência textual nos dois grupos, embora mais frequente nas produções do grupo II, que demonstrava maior competência com os elementos de coerência textual. O grupo II apresentou estratégias poderosas para mobilizar os recursos cognitivos que permitiram articular conhecimentos anteriores e focalizá-los na produção e articulação de suas ideias no texto. O grupo I, na sua maioria, experimentava dificuldades em elaborar um desfecho em estreita relação com as partes que compunham o texto. Não apresentaram, porém, dificuldades em definir e manter a personagem principal ao longo de toda a história escrita, mesmo quando a história era incoerente se considerarmos outros indicadores. Qualitativamente, os textos dos alunos com síndrome de Down se diferenciaram daqueles produzidos pelo grupo II. Não identificamos, porém, características que podem representar especificidades na produção escrita dos alunos com
Este artigo visa compreender as mudanças de concepções vivenciadas pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais-APAE/Maranguape, no período de 2010 a 2013, com relação à inclusão escolar dos alunos que são público-alvo da educação especial. A fundamentação teórica se ancora em Vygotsky e Leontiev, que integram a chamada Psicologia histórico-cultural soviética ou socio-histórica. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, cujo delineamento é o estudo de caso. Buscou-se compreender as singularidades existentes nos processos de ressignificações elaboradas pela instituição pesquisada. Os resultados mostraram que a construção do novo sentido que permeia e fundamenta os novos saberes e práticas da instituição, foram construídos através da relação interna de seus membros com outras formas de pensar a educação especial. Esse novo olhar aponta para o direito dos alunos da educação especial de se incluírem nas escolas comuns do ensino regular como principal recurso de mediação de sua aprendizagem.
No presente estudo, objetiva-se verificar e analisar, no contexto escolar, a contribuição do professor do Atendimento Educacional Especializado (AEE) na articulação com o professor de sala de aula regular (SAR) para a constituição de uma prática colaborativa. Discorre-se, também, sobre o modo como a prática colaborativa entre professores de SAR e do AEE tem se efetivado no contexto escolar, destacando seus principais desafios. O estudo se baseia na abordagem histórico-cultural da aprendizagem e do desenvolvimento humano de Vigotski. Utilizou-se a pesquisa-ação colaborativa, por sua possibilidade de compreender a realidade vivida e construir conhecimentos conjuntamente, somando pesquisador e participantes. Participaram da pesquisa quatro professoras de sala de aula dos anos iniciais (1º ao 3º ano), as quais tinham estudantes com deficiência intelectual matriculados, e uma professora do AEE. Os procedimentos para geração de dados se deu por meio de sessões reflexivas individuais e coletivas. A pesquisa permitiu verificar que a prática colaborativa entre professores de SAR e do AEE ainda se apresenta como um desafio no contexto da escola pública, principalmente em relação ao tempo, ao espaço e à abertura dos profissionais para o estabelecimento dessa articulação. No entanto, observou-se que, na escola investigada, tem se constituído um movimento, principalmente por iniciativa da professora do AEE, para que esta se estabeleça. Na avaliação das professoras participantes, a prática colaborativa se configura como uma estratégia eficiente na promoção de mudanças de concepções e práticas que favoreçam a inclusão escolar de estudantes com deficiência.
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