Neste artigo objetiva-se investigar o processo de escolarização de pessoas com deficiência no Brasil, aproximando tal fenômeno a alguns pressupostos teóricos da obra de Lev Vygotsky, sobretudo aos escritos dispostos nos “Fundamentos de Defectologia”. Trata-se de um estudo bibliográfico, em que se buscou compreender os processos de escolarização das pessoas com deficiência no Brasil, a fim de discutir os fundamentos, que embasam o processo de inclusão escolar. Os resultados apontaram para um processo histórico de segregação das pessoas com deficiência, que se manifestou de diferentes modos: privação no interior de instituições especializadas, submissão ao silenciamento e ao abandono. Com base nos estudos da defectologia que, por sus vez, consideram o desenvolvimento humano na e pela coletividade, destacou-se a relevância da inclusão escolar, visto que, o processo de humanização ocorre por meio da apropriação cultural. Frente a esta perspectiva, conclui-se que a escola ganha destaque como um espaço privilegiado para a transmissão dos saberes historicamente sistematizados pela humanidade.
O presente artigo discorre sobre o ensino de astronomia como ferramenta de ensino aprendizagem e como essa ciência é capaz de levar o discente a reflexão sobre seu papel no universo e na sociedade no qual está inserido. O artigo leva ao questionamento sobre a forma que o ensino da Astronomia pode contribuir para a aprendizagem dos alunos do Ensino Fundamental de modo a ampliar o autoconhecimento e a visão sobre seus papéis na sociedade e no universo. Trata-se de um relato de experiência de um projeto de extensão realizado em escolas públicas do interior do Estado do Ceará que leva o leitor a refletir sobre a importância da astronomia não apenas como ciência, mas também como filosofia de vida. A metodologia abordada foi de aula expositiva dialogada para uma maior interação entre professor e aluno, e o método avaliativo para fins de resultados foi aplicação de um questionário aos alunos participantes. A reflexão aqui abordada é uma faixa de mão dupla, uma vez que menciona a relação homem com homem e homem com universo. Os resultados da aplicação do projeto apontam que além de propagar o conhecimento científico, o ensino de astronomia leva o aluno a se descobrir como agente modificador da sua realidade, descobridor dos fascínios do universo.
Este artigo visa compreender as mudanças de concepções vivenciadas pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais-APAE/Maranguape, no período de 2010 a 2013, com relação à inclusão escolar dos alunos que são público-alvo da educação especial. A fundamentação teórica se ancora em Vygotsky e Leontiev, que integram a chamada Psicologia histórico-cultural soviética ou socio-histórica. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, cujo delineamento é o estudo de caso. Buscou-se compreender as singularidades existentes nos processos de ressignificações elaboradas pela instituição pesquisada. Os resultados mostraram que a construção do novo sentido que permeia e fundamenta os novos saberes e práticas da instituição, foram construídos através da relação interna de seus membros com outras formas de pensar a educação especial. Esse novo olhar aponta para o direito dos alunos da educação especial de se incluírem nas escolas comuns do ensino regular como principal recurso de mediação de sua aprendizagem.
Este artigo, de natureza bibliográfica, pretende discutir a inclusão escolar em interface com as determinações da racionalidade neoliberal. Para tanto, ancorou-se nas discussões trazidas por autores como Silveira Bueno (2004), Rigo (2018) e Laval (2019), dadas as suas contribuições ao debate acerca da história da escolarização das pessoas com deficiência, às reflexões sobre o pensamento neoliberal e à relação entre inclusão escolar e neoliberalismo. Os resultados revelam que a inclusão escolar, na perspectiva neoliberal, funciona como dispositivo de ajustamento e normalização para a fabricação de características individuais adequadas à inserção dos indivíduos na arena competitiva do mercado. No entanto, entende-se ser imprescindível se contrapor à lógica neoliberal, de modo que a escola comum seja compreendida como um espaço de todos e para todos, que elimine o dualismo educacional que seleciona e exclui. Nesse sentido, é necessário ultrapassar os limites do contexto neoliberal para se alcançar efetivamente a escola inclusiva.
Este trabalho consiste numa discussão de cunho bibliográfico e tem por objetivo apresentar as principais categorias da Psicologia histórico-cultural advindas do materialismo histórico e dialético. No que concerne esta pesquisa, destacamos as seguintes categorias: historicidade, dialética, totalidade, significado e sentido. Entre os autores que balizaram o estudo citamos, Marx (1989), Konder (2008), Lukács (2009), Netto (2011) e Vygotsky (2008). A relevância dessa discussão se assenta na possibilidade de entender as múltiplas determinações geradas a partir da relação com o conjunto de mecanismos externos e internos que constituem o sujeito. Portanto, destaca-se a relevâncias das categorias enquanto instrumentos por meio dos quais podemos apreender a realidade concreta produzida e experienciada pelo conjunto dos homens e mulheres em suas relações sociais que ocorrem em um dado momento histórico.
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