ResumoEste estudo teve como objetivo investigar a vulnerabilidade de adolescentes brancos e afrodescendentes em relação ao HIV/aids. Para isso, investigaram-se as características socioeconômicas dos participantes e seus relacionamentos amorosos e sexuais, comportamentos de risco e prevenção, conhecimento sobre HIV/aids e atitudes frente ao uso de preservativo. O estudo foi realizado em regiões periféricas das cidades de Florianópolis, Itajaí e Balneário Camboriú e consistiu em duas etapas. A primeira foi qualitativa, na qual se utilizou entrevistas não diretivas com 36 estudantes de Ensino Médio, divididos igualitariamente por sexo e raça/cor. A segunda consistiu em um levantamento de dados com 715 adolescentes sobre relações afetivas e sexuais, condutas de risco e de proteção, conhecimento sobre HIV/aids e atitudes frente ao uso de preservativo. Observou-se que o ní-vel sociocultural desfavorável associou-se aos afrodescendentes, enquanto o nível médio associou-se aos brancos. O conhecimento sobre aids e as atitudes frente ao uso do preservativo correlacionaram-se significativamente. Os afrodescendentes iniciam-se sexualmente mais cedo e têm mais relações amorosas esporádicas ("ficar"), porém os adolescentes brancos mantêm mais relações sexuais. Além disso, os adolescentes brancos usam menos preservativo em contexto de múltiplos parceiros e em relacionamento de namoro do que os afrodescendentes. Os resultados mostraram que, de forma geral, a maioria dos adolescentes estão vulneráveis ao HIV/aids, em
ResumoO objetivo deste estudo foi investigar as representações sociais do rejuvenescimento destacadas a partir de reportagens de capa, publicadas em uma revista de grande circulação nacional. Para este estudo foram selecionadas reportagens da revista Veja, digitalizadas e disponibilizadas no acervo virtual, no site da Editora Abril. Foram analisadas 18 edições em que os termos "rejuvenescer" e "rejuvenescimento" são citados em reportagens de capa. Para a análise dos dados foi utilizada a técnica de análise lexical de conjuntos de segmentos de texto, na qual os comentários foram submetidos a uma Classifi cação Hierárquica Descendente (CHD), realizada pelo programa informático IRAMUTEQ. Os resultados evidenciados pela CHD denotam que ao longo das décadas as representações sociais do rejuvenescimento foram difundidas contemplando o rejuvenescimento funcional associado à saúde e a longevidade; o rejuvenescimento social atrelado a mudanças no estilo de vida e maior liberdade para o exercício de diferentes papéis sociais e o rejuvenescimento estético, ligado à normatização do corpo em prol da busca pela beleza física. Conclui-se que a voz da autoridade midiática afeta diretamente as representações sociais dos indivíduos, modelando formas de pensar e agir em relação ao envelhecimento, o que contribui para a normatização dos modos de viver, de ser e de lidar com as mudanças que ocorrem no corpo com o passar do tempo. Palavras-chave:Rejuvenescimento, envelhecimento, mídia impressa, representações sociais. Social Representations of Rejuvenation in Press Media AbstractThe aim of this study was to research social representations of rejuvenation that stand out on cover reports, published on a magazine with a nationwide circulation. Digitalized articles and reports were selected for this study from Veja magazine, available on the virtual archive at the site of Editora Abril. Eighteen editions were analyzed in which the terms "rejuvenate" and "rejuvenation" were cited on cover articles. So as to analyze the data, a technique of lexical analysis of text segment groups was 1 Endereço para correspondência: Servidão Pedro Manoel da Silveira, 280B, Tapera, Florianópolis, SC, Brasil
This study investigated the relation between love and different romantic relationships with variable vulnerability to HIV, such as sexual behavior and risk perception. Sternberg’s Triangular Love Scale and a structured questionnaire were used to ask 301 high school students about: romantic relationships, sexual behavior and risk perceptions. It was identified that the adolescents underestimate their own risk of contagion when they compare themselves with other individuals and also when they consider past and future possible HIV contagion. Love does not appear to be directly associated with the self-perception of risk, however, in conjunction with dating, it is a complicating factor for protected sex and was also related to the underestimation of risk of the partner. It was observed that stable relationships and love increase the students’ vulnerability to acquire HIV, because of the association of these with trust in the partner and the justification of risky practices, such as the non-use of condoms.
Trata-se de um estudo quantitativo e comparativo entre adolescentes brancos e afrodescendentes sobre vulnerabilidade ao HIV/Aids. A amostra não é randômica e foi formada por 715 estudantes do ensino público noturno de escola de periferia de Santa Catarina. O instrumento utilizado foi um questionário autoadministrado com questões fechadas. Foram analisadas cinco dimensões: afetiva e sexual, conhecimento sobre Aids, atitude, risco e percepção de risco e conduta protetora. Verificou-se que 73,8% dos adolescentes já tiveram relações sexuais e o namoro é complicador para a prática do sexo seguro. Os brancos obtiveram uma média de 6,42 acertos no subteste de conhecimento sobre Aids contra 6,22 dos afrodescendentes. Ambos os grupos apresentam atitudes favoráveis ao preservativo, porém as meninas apresentam atitude mais favorável do que os meninos. Os brancos consideram-se mais bem informados sobre Aids do que os afrodescendentes. A vulnerabilidade diante do HIV/Aids apresentou-se associada à situação sociocultural desfavorável dos adolescentes e não a fatores étnicos.
Resumo Este estudo teve como objetivo identificar o conteúdo e a estrutura das representações sociais do envelhecimento e da prática de rejuvenescimento, a partir da abordagem estrutural das representações sociais. As participantes foram mulheres de meia-idade (N = 30), com atitudes favoráveis e contrárias a práticas de rejuvenescimento, que responderam a duas redes associativas com as palavras-estímulo: envelhecimento e prática de rejuvenescimento, cujos dados foram submetidos à análise lexicográfica. Os resultados mostram que o núcleo central das representações sociais do envelhecimento é organizado em torno de perdas e ganhos, enquanto que o núcleo central das representações sociais da prática de rejuvenescimento remete a saúde, beleza e estados subjetivos. A saúde aparece como organizadora das representações sociais de ambos os objetos, ligando-se a elementos que remetem à esfera subjetiva, sobretudo entre as mulheres desfavoráveis a práticas de rejuvenescimento e elementos relacionados à dimensão corporal, entre as favoráveis. Conclui-se que as representações sociais do envelhecimento e da prática de rejuvenescimento são ancoradas na ideologia do envelhecimento ativo e bem-sucedido, em que o bom envelhecimento não é apenas desejável, mas se estabelece como uma norma a ser seguida.
RESUMO:Utilizando-se do aporte teórico das representações sociais, este estudo teve como objetivo analisar a relação entre as representações sociais (RS) do rejuvenescimento com práticas corporais relativas a este objeto em mulheres de meia idade, enfatizando atitudes, crenças e normas como elementos de mediação entre os dois construtos. Um levantamento de dados foi realizado com 100 mulheres de meia-idade (M=49 anos e 8 meses; DP= 6 anos e 9 meses) e o instrumento utilizado consistiu em um questionário estruturado. Foram consideradas 8 práticas corporais de rejuvenescimento, divididas em duas modalidades: práticas não invasivas (práticas alimentares, exercícios físicos, cosméticos/cremes anti-idade e tinturas para cabelo) e práticas minimamente invasivas e invasivas (Botox, peeling químico, preenchimento cutâneo e cirurgia plástica). Foram realizadas análises descritivo-relacionais, com auxílio do software SPSS. Os resultados mostram ampla aceitação de práticas corporais de rejuvenescimento, com maior aprovação de práticas não invasivas do que minimamente invasivas e invasivas. O rejuvenescimento enquanto objeto de saúde e bem-estar subjetivo foi uma representação compartilhada por todas as mulheres, no entanto, enquanto objeto de beleza, observaram-se crenças positivas entre as mulheres com atitudes mais favoráveis às práticas corporais de rejuvenescimento e negativas entre as desfavoráveis a estas práticas. As atitudes, crenças e normas referentes às práticas de rejuvenescimento se relacionaram à maior intencionalidade de adoção destas práticas, assim como a adoção concreta. Os resultados sugerem que há relação entre RS do rejuvenescimento e as práticas corporais relativa a este objeto, embora sejam necessários outros estudos para abordar em detalhes esta relação.Palavras-chaves: representações sociais; rejuvenescimento; práticas corporais. ABSTRACT:Using the theoretical framework of social representations (SR), this research aimed at analysing the relationship between the SR of rejuvenation and their associated body practices of rejuvenation among middle-aged women, emphasizing attitudes, beliefs and norms as elements of negotiation between the two constructs. A survey was conducted with 100 middle-aged women (M=49 years and 8 months; SD= 6 years and 9 months) and it used a structured questionnaire. It was considered 8 rejuvenation body practices, divided into two modalities: noninvasive practices (feeding practices, physical exercises, cosmetics/ anti-aging creams and dyeing of white hair) and minimally invasive and invasive practices (botox, chemical peels, dermal filling and plastic surgery). Descriptive-relational analyzes were performed with the support of the software SPSS. The results suggest wide acceptation of rejuvenation body practices, in special the non-invasive ones when compared with invasive and minimally invasive practices. The rejuvenation as an object of health and subjective well-being was a representation shared by all
O mediador de leitura é, em primeiro lugar, um leitor experiente que, em vários momentos de sua vida, foi tocado pela palavra literária, e sente a necessidade de compartilhála com outros leitores. A ação mediadora da leitura nasce como um ato de generosidade e de afeto pelos livros e pelos leitores, e se efetiva nos encontros e reencontros com a literatura. Tais constatações se afirmam na leitura dos relatos dos participantes das três edições do Encontro de Práticas de Mediação de Leitura Literária na Feira do Livro de Porto Alegre, que compõem esta publicação.O evento, realizado desde 2017, na programação da Feira do Livro de Porto Alegre, oferece um momento de formação de mediadores de leitura, com a palestra de um autor de literatura (já ministraram palestras os autores Maria Ange Bordas, Selma Maria e Manuel Filho) e um painel de relatos de experiência de mediadores de leitura de várias regiões do Rio Grande do Sul, que se inscreveram previamente para a comunicação oral. Nos dois primeiros anos do evento, houve também a apresentação de pôsteres. O público que acompanha a atividade é composto por professores, estudantes, bibliotecários, autores, e outros interessados na área da mediação de leitura. Essa ação tem nos revelado a efervescência de iniciativas que ocorrem em diferentes espaços -escolas, universidades, bibliotecas, centros culturais, parques, associações de bairro -mesmo com todas as adversidades enfrentadas por aqueles que acreditam na leitura literária como ferramenta de intervenção social.Ao colocarem a literatura na centralidade de uma prática humanizadora dos sujeitos, os autores-mediadores de leitura trazem reflexões importantes para quem atua junto aos leitores: como formar sujeitos críticos e interventores de sua realidade, como possibilitar o acesso ao livro em espaços de vulnerabilidade econômica e social, como dinamizar as estratégias de
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