2016
DOI: 10.1590/1807-57622015.0082
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Violências percebidas por homens adolescentes na interação afetivo-sexual em dez cidades brasileiras

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“…Outra forma dos adolescentes lidarem com as instabilidades do relacionamento íntimo foi a aceitação da violência, principalmente da agressão física perpetrada pelo sexo feminino, como expresso nas declarações dos participantes P5/M-G3, P2/H-G3, P6/M-G3, E13/H, P11/H-G2 e P8/M-G3. Revela-se aqui (i) uma estigmatização social das garotas pelo meninos, que na acepção de Goffman (2004, p.4) é "a situação do indivíduo que está inabilitado para aceitação social plena"; e (ii) a reprodução do machismo pela desqualificação do ato realizado por uma mulher, como se a prática, fosse categorizada como de menor potencial ofensivo pelos adolescentes (CECCHETTO et al, 2016). O descrédito da existência ou possibilidade desta do homem como dominado e não como dominante, presente nas falas de que "homem não apanha de mulher", é a reprodução de um discurso milenar patriarcal e masculinizante.…”
Section: Princípio Dialógicounclassified
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“…Outra forma dos adolescentes lidarem com as instabilidades do relacionamento íntimo foi a aceitação da violência, principalmente da agressão física perpetrada pelo sexo feminino, como expresso nas declarações dos participantes P5/M-G3, P2/H-G3, P6/M-G3, E13/H, P11/H-G2 e P8/M-G3. Revela-se aqui (i) uma estigmatização social das garotas pelo meninos, que na acepção de Goffman (2004, p.4) é "a situação do indivíduo que está inabilitado para aceitação social plena"; e (ii) a reprodução do machismo pela desqualificação do ato realizado por uma mulher, como se a prática, fosse categorizada como de menor potencial ofensivo pelos adolescentes (CECCHETTO et al, 2016). O descrédito da existência ou possibilidade desta do homem como dominado e não como dominante, presente nas falas de que "homem não apanha de mulher", é a reprodução de um discurso milenar patriarcal e masculinizante.…”
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“…Alguns estudos realizados no Brasil revelam a mulher como autora de atos de violência física com maior dominância do que o homem e com taxas maiores em violência bidirecional (LINDNER, 2015;ALLY, et al, 2016;CECCHETTO et al, 2016;COELHO; SILVA; LINDNER, 2018). O relato do participante E11-H de que quando o homem apanha não vai atrás de seus direitos porque não existe "a lei José da Penha", torna explícita a falta de conhecimento sobre a legislação brasileira que respalda a segurança e a proteção de qualquer pessoa, incluindo do sexo masculino.…”
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