Resumo
O uso das Tecnologias Sociais (TS) tem se difundido amplamente na Administração. Contudo, tal crescimento também causa algumas inquietações sobre uma possível perda em relação a sua razão de ser: solucionar as demandas sociais concretas, vividas e identificadas pela população. Com base nisto, procuramos refletir se a prática tem fadado a essa razão de ser e se a abordagem clínica é um dos caminhos para reduzir essas limitações. Em termos de objetivos, buscamos desconstruir o conceito de TS frente à prática, para em sequência, propormos uma nova concepção de TS pautada na abordagem clínica. Em termos metodológicos, este ensaio foi construído tendo por base os autores mais aderentes à Sociologia da Mudança Radical e ao Humanismo Radical. Dentre os resultados, entendemos que o problema não é a TS em si, mas seu uso pautado excessivamente em uma racionalidade instrumental e behaviorista. No cerne destas discussões, a escuta ativa pode funcionar como um importante elemento na construção de TS edificadas sob um contexto que ressalta a experiência e vida da comunidade para novos caminhos.
Palavras-chave: Tecnologias Sociais. Abordagem Clínica. Escuta ativa. Tecnologia. Administração.