1998
DOI: 10.1590/s0034-73291998000100007
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Uma nova política exterior depois do apartheid? Reflexões sobre as relações regionais da África do Sul, 1974 - 1998

Abstract: Rev. Bras. Polít. Int. 41 (1): 133-161 [1998] * Professor Adjunto de História Contemporânea da Universidade de Brasília. WOLFGANG DÖPCKEOs eventos em Angola destoam desta imagem geral de pacificação. No conflito angolano, mediações levaram à conclusão do Acordo de Paz de Bicesse, em 1991, entre o Governo angolano e a UNITA e às eleições multipartidárias em setembro de 1992. Mas, a recusa, por parte da UNITA, em aceitar a derrota eleitoral, bem como a sua decisão de reiniciar a guerra, reabriram este conflito… Show more

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“…By any measure-trade, investment, or migration-relationships between South Africa and all her neighbours plummeted. (Martin 2013) The economic hegemony of South Africa remained strong in the 1980s as it still produced three times the total national product of all SADCC countries by the end of the decade (Döpcke 1998). In the military realm, Pretoria also behaved as if unmatched.…”
Section: The /Ong Hegemonic Dec/ine 1975-1990mentioning
confidence: 99%
“…By any measure-trade, investment, or migration-relationships between South Africa and all her neighbours plummeted. (Martin 2013) The economic hegemony of South Africa remained strong in the 1980s as it still produced three times the total national product of all SADCC countries by the end of the decade (Döpcke 1998). In the military realm, Pretoria also behaved as if unmatched.…”
Section: The /Ong Hegemonic Dec/ine 1975-1990mentioning
confidence: 99%
“…Ainda que Moçambique e África do Sul, por exemplo, tenham histórias coloniais diferenciadas (e em parte radicalmente distintas, se nos ativermos, por exemplo, à questão racial), a relação entre os dois países sempre foi estreita e complexa: desde o apoio dado pela África do Sul à Renamo contra a Frelimo na guerra civil que assolou Moçambique após a independência de Portugal, 3 passando pelo refúgio oferecido por Moçambique aos que lutaram contra o apartheid (como Ruth First e Albie Sachs), pelo acesso ao sistema de saúde sul-africano pelos moçambicanos (são muitos os que pegam ônibus em Maputo para se tratar em hospitais sul-africanos, especialmente em Joanesburgo) e, ainda, pela imigração em busca de emprego e trabalho, como no caso das minas sul-africanas. Döpcke (1998) recorre a expressões como "imperialismo sul-africano" e "colonial" ao qualificar as ações políticas e econômicas sul-africanas que visavam manter o controle e a sua hegemonia na África Austral. Nas palavras do autor, o intercâmbio na região é caracterizado como "colonial", destacando-se o fato de que a África do Sul considera os países vizinhos como "mercado natural" para os produtos de sua indústria secundária.…”
unclassified
“…Nesse grupo de produtos, a África do Sul tem certas vantagens comparativas principalmente nos mercados da Southern African Customs Union -SACU e da Southern African Development Community -SADC e chegou a dominar os mercados em países como Zimbábue ou Moçambique. 12 A insistência de Mbeki na divulgação do African Renaissance, de que o futuro da África do Sul seja intrinsecamente ligado àquele do continente inteiro não somente reflete uma preocupação com a imagem que o Ocidente tem da África, de uma junção entre África do Sul e continente, mas revela em primeiro lugar os interesses econômicos deste país. O NEPAD e os recursos mobilizados por esse plano beneficiariam a estratégia de inserção econômica da África do Sul no continente africano.…”
unclassified