Suicídio e violência estrutural. Revisão sistemática de uma correlação marcada pelo colonialismo

Abstract

Resumo O suicídio é a última das causas externas de morte (CE) (que incluem homicídios e acidentes) a apresentar concentração de casos (80%) em países de baixa e média renda. Há literatura consolidada identificando a violência estrutural como determinante para as CE, mas pouca quanto ao suicídio. O objetivo deste artigo é definir novo marco teórico para o estudo do suicídio como fenômeno social, onde a interação social reflete as marcas do colonialismo. Foram analisados os dados sobre mortalidade do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), Seattle, Washington, e realizada revisão sistemática da literatura sobre suicídio, violência estrutural, colonialismo, democracia e desenvolvimento, entre 1968 a 2018, seguindo a metodologia Prisma. Centrada na teoria crítica, adotou-se a determinação social como categoria básica para a identificação dos reflexos do colonialismo nos determinantes que caracterizam o perfil epidemiológico do suicídio, tornando possível seu enquadramento como uma “patologia do poder”. Dos dados estatísticos e da revisão sistemática, foram identificados os grupos de risco para o suicídio - os mais afetados pela assimetria de poder, oriunda do colonialismo - mesmo em países de alta renda.

Violência autoprovocada em adultos no Espírito Santo entre 2011-2018: análises em relação aos casos notificados

“…Embora, se evidencia que mulheres sejam mais propensas a tentativa do que homens, estudo com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade, mostrou que ambos os sexos apresentaram aumento das taxas de suicídio (21) .…”

Tentativa de suicídio e suicídio no Brasil: análise epidemiológica

“…Ressalte-se que os determinantes sociais do comportamento suicida possuem relação com a violência estrutural, que por sua vez, é associada ao colonialismo, período histórico no qual grupos eram explorados, discriminados, marginalizados e excluídos. São essas pessoas, classificadas nesses grupos, que hoje são marcadas como vulneráveis 32 .…”

The influence of the age-period-cohort effects on male suicide in Brazil from 1980 to 2019

“…In the following decade, there were periods of recession between 1996 and 1999. After a growth phase in the first decade of the 2000s, a new cycle of recession took place because of the 2008 global economic crisis, with a reduction in gross domestic product in 2014, which lasted for eleven quarters [61][62][63]. The current economic recession has been accompanied by fiscal adjustment measures, with reduced spending on health and education and withdrawal of labor and social security rights.…”