Este artigo objetiva analisar dados epidemiológicos sobre o comportamento suicida e a política de prevenção ao suicídio. O comportamento suicida é um grave problema mundial de saúde pública, pois ocorre uma morte a cada 40 segundos no mundo. Para cada morte há de 10 a 20 vezes mais tentativas. O Brasil não tem sistema de vigilância ao comportamento suicida nem equipamentos adequados para esse atendimento. A análise de dados pelos boletins da OMS e do Ministério da Saúde sobre o comportamento suicida no mundo e no país indica que o suicídio tem aumentado no Brasil anualmente, desde 1996, de forma vertiginosa. Os estados do sul, sudeste e centro-oeste apresentam as maiores taxas. O país ocupa o oitavo lugar mundial em número absoluto de mortes; não temos profissionais preparados para prestar atendimento qualificado aos sobreviventes. A subnotificação é problema grave que perpassa a temática, e o suicídio ainda é tabu na sociedade brasileira. São necessárias políticas públicas para prevenção ao comportamento suicida.
Objetivo: identificar a ocorrência de estresse e as vulnerabilidades sociodemográficas e acadêmicas em estudantes universitários. Método: trata-se de estudo quantitativo, descritivo, epidemiológico transversal, realizado com 391 estudantes universitários, com aplicação de questionário semiestruturado elaborado pelos autores e a Escala de Estresse Percebido. Realizou-se análise estatística descritiva e inferencial e análise de variância (ANOVA um fator). Os resultados são apresentados em tabelas. Resultados: revelou-se a ocorrência de estresse em todos os participantes deste estudo, com média de estresse de 26,18 e moda 28, sendo que 192 (49,1%) estudantes universitários apresentaram escore para nível de estresse acima da média de todos os participantes. Evidenciou-se diferença estatisticamente significante entre o nível de estresse em relação à cor de pele e ao curso de graduação (p <0,05), de modo que estas variáveis exerceram efeito na média de pontuação para estresse entre os grupos. Por outro lado, evidenciou-se tendência a igualdade de nível de estresse em relação à orientação sexual (p = 0,858). Conclusão: identificou-se a ocorrência de estresse em todos os participantes, distribuído em níveis de intensidade diferentes. Pode-se afirmar que a vivência do estresse estava relacionada à cor de pele e aos cursos de graduação nos quais os alunos estavam matriculados. Descritores: Estudantes; Saúde do estudante; Educação superior; Estresse psicológico; Perfil de saúde; Estudo sobre vulnerabilidade.ABSTRACT Objective: to determine the occurrence of stress and sociodemographic and academic vulnerabilities in university students. Method: this is a quantitative, descriptive, epidemiological cross-sectional study, conducted with 391 university students, using a semistructured questionnaire prepared by the authors, and the Perceived Stress Scale. Descriptive and inferential statistical analysis and analysis of variance (one-way ANOVA) were performed. Results are presented in tables. Results: the occurrence of stress was confirmed in all the participants of the study, with average stress of 26.18 and mode of 28, and 192 (49.1%) students obtained scores for stress level above the average of all the participants. There was a statistically significant difference between stress levels with respect to race and the undergraduate courses (p <0.05). These variables had an effect on the average stress score between groups. On the other hand, there was a tendency towards equal level of stress regarding sexual orientation (p = 0.858). Conclusion: We confirmed the occurrence of stress in all the participants, distributed in different intensity levels. It can be stated that the experience of stress was related to race and the undergraduate courses in which the students were enrolled. Descriptors: Students; Student health; Higher education; Psychological stress; Health profile; Study on vulnerability.RESUMEN Objetivo: identificar la incidencia de estrés y vulnerabilidades sociodemográficas y académicas en estudiantes universitarios. Método: estudio cuantitativo, descriptivo, epidemiológico transversal, realizado con 391 estudiantes universitarios, utilizando un cuestionario semiestructurado preparado por los autores y la Escala de Estrés Percibido. Se realizaron análisis estadísticos descriptivos e inferenciales y análisis de varianza (ANOVA unidireccional). Los resultados son presentados en tablas. Resultados: la incidencia de estrés se observó en todos los participantes de este estudio, con un estrés medio de 26.18 y modo de 28, y 192 (49.1%) estudiantes obtuvieron un puntaje de nivel de estrés superior al promedio de todos los participantes. Hubo una diferencia estadísticamente significativa entre el nivel de estrés en relación con la raza y el curso de grado (p <0.05), por lo que estas variables tuvieron un efecto en la puntuación promedio de estrés entre los grupos. Por otro lado, hubo una tendencia hacia el mismo nivel de estrés en relación con la orientación sexual (p = 0.858). Conclusión: identificamos la incidencia de estrés en todos los participantes, distribuido en diferentes niveles de intensidad. Se puede afirmar que la experiencia del estrés estaba relacionada con la raza y los cursos de grado en el que los estudiantes estaban matriculados.Descriptores: Estudiantes; Salud estudiantil; Educación universitaria; Estrés psicológico; Perfil de salud; Estudio sobre vulnerabilidad.
Objetivo: Compreender as relações entre a autoestima e o comportamento suicida em estudantes universitários. Métodos: Trata-se de estudo de revisão narrativa da literatura, onde o autor interpreta e analisa a literatura científica conforme seu julgamento crítico. Este estudo foi realizado de forma não sistemática, com coleta de dados nas bases de dados científicas gratuitas disponíveis, em dezembro de 2018, com leitura na íntegra e análise crítica. Resultados: Na universidade são enormes as diferenças observadas em estudantes que possuem baixa e alta autoestimas. O risco do comportamento suicida se torna real na presença da baixa autoestima. Identifica-se na universidade um local de possibilidade para ocorrência e desenvolvimento de baixa autoestima com consequente comportamento suicida. Conclusão: Conclui-se que é real a necessidade de desenvolvimento de ações preventivas e de práticas específicas que visem a recuperação da saúde emocional dos estudantes universitários.
Objetivo: identificar a ocorrência de transtornos mentais comuns em estudantes de uma instituição de Ensino Superior e associar com as características sociodemográficas e acadêmicas. Método: trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva e de abordagem quantitativa, de levantamento, realizada com 378 estudantes universitários de uma instituição do interior paulista, com a aplicação de questionário semiestruturado e do Self-Reporting Questionnaire. Os dados foram analisados com o uso de análise estatística descritiva e instruções respectivas para a análise do instrumento utilizado. Resultados: 151 (39,9%) dos estudantes universitários entrevistados apresentaram escore de classificação para caso suspeito de transtornos de humor, de ansiedade e de somatização. Das variáveis sociodemográficas, os maiores índices foram para mulheres (43,7%), homossexuais (50,0%), cor de pele preta (42,9%) e em união estável (50,0%). Das variáveis acadêmicas, destacam-se maiores índices entre estudantes do curso de Administração (57,5%) e estudantes no período matutino (44,0%). Conclusão: a necessidade de planejamento de estratégias de prevenção e recuperação relacionadas à ocorrência de transtornos mentais comuns nessa população é clara, tendo em vista a vulnerabilidade a qual está exposta.
Objetivo: Conhecer as opiniões de estudantes universitários sobre experimentar os diferentes tipos de drogas existentes, compreendendo as drogas lícitas e as ilícitas. Métodos: Trata-se de pesquisa transversal, de abordagem quantitativa, realizada com 406 estudantes universitários, no 3º trimestre de 2017, com questionários elaborados pelos autores. Os dados foram analisados por meio de análise estatística descritiva. Resultados: Os índices gerais de aprovação para experimentação e o tipo de drogas são: 29,8% para tabaco, 68,2% para álcool, 15,5% para maconha, 3,7% para crack, 4,7% para anfetaminas, 4,7% para inalantes, 13,1% para hipnóticos, 6,4% para alucinógenos, e 6,4% para opiáceos, o que traduz um comportamento de admissão da possibilidade de experimentação de todos os tipos de substâncias pelos participantes da pesquisa. Conclusão: A necessidade de investimento em políticas educacionais relacionadas à prevenção do primeiro contato com essas substâncias é clara, quando considerado o cenário real de contato com essas substâncias na população universitária.Palavras-chave: estudantes, comportamento de procura de droga, transtornos relacionados ao uso de substâncias.
RESUMOObjetivo:verificar sofrimento psíquico em enfermeiros na busca do primeiro emprego, em especial de sintomatologia depressiva; identificar os fatores que levaram esses enfermeiros à situação de sofrimento e a forma de enfrentamento do problema.Método:pesquisa qualitativa, realizada com enfermeiros desempregados, formados há menos de dois anos, moradores da região de Assis (São Paulo), por meio de entrevista semiestruturada, análise de conteúdo e aplicação de escala psicométrica - Inventário de Depressão de Beck.Resultados:Participaram quatorze enfermeiras; três apresentaram pontuação indicativa para depressão com aplicação da escala psicométrica; participantes relataram sofrimento psíquico relacionado ao desemprego como enfermeira, formação universitária deficiente e excedentes de profissionais devido ao grande número de graduados e ausência de postos de trabalho, além da cultura de empregabilidade centrada na indicação política dos profissionais. Não apresentaram formas efi cazes de enfrentamento.Conclusão:o desemprego promoveu sofrimento psíquico, principalmente sintomatologia depressiva, sem enfrentamento eficaz para a situação.
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RESUMOObjetivo: refletir a relação entre pacientes portadores de transtornos mentais e enfermeiros, pelo atendimento nas unidades de atenção primária à saúde. Método: trata-se de estudo qualitativo, do tipo reflexivo, originário das reflexões e questionamentos em torno do envolvimento e maneiras como enfermeiros de unidades de atenção primária à saúde prestam atendimento a pacientes psiquiátricos em município do Estado de São Paulo. Resultados: notou-se que o estigma do transtorno mental tem sido alvo de crescente atenção nos últimos anos e é um importante fator para o indivíduo com transtorno mental, dado que gera sofrimento pelas questões de autoestima e reflexos na qualidade de vida. Constatou-se que o estigma social é uma realidade que também pertence aos enfermeiros, cabendo aos mesmos a mudança dessa realidade, sendo necessária adesão a inclusão social desses pacientes, com direito a atendimento de qualidade, respeito e ética. Conclusão: conclui-se que é claro o distanciamento e estigma no atendimento a indivíduos com transtornos mentais no contexto da atenção primária à saúde. Enfatiza-se que o enfermeiro deve procurar estratégias para a criação desse vínculo com indivíduos com transtornos mentais e influenciar a equipe na adoção desse comportamento. Descritores: Estigma Social; Preconceito; Transtornos Mentais; Cuidados de Enfermagem; Enfermagem Psiquiátrica; Atenção Primária à Saúde. ABSTRACT Objective: to reflect on the relationship between patients with mental disorders and nurses in primary healthcare units. Method: this is a qualitative and reflective study originating from the reflections and questions about the involvement and the way nurses working in primary healthcare units provide healthcare to psychiatric patients in a municipality of the State of São Paulo, Brazil. Results: it was observed that the stigma of mental disorder has been the focus of increasing attention in the last years and, in addition, an important factor for individuals with mental disorders, given that it generates suffering due to self-esteem issues and impact on life quality. It was found that social stigma is a reality that also belongs to nurses, who should change this reality. It is necessary to promote the social inclusion of these patients, with the right to quality healthcare, respect, and ethics. Conclusion: there was estrangement and stigma in the healthcare provided to individuals with mental disorders in the context of primary healthcare. It should be emphasized that nurses need to seek strategies to create this link with individuals with mental disorders, and influence the nursing team to adopt this behavior. Descriptors: Social Stigma; Prejudice; Mental Disorders; Nursing Care; Psychiatric Nursing; Primary Healthcare. RESUMEN Objetivo: reflexionar sobre la relación entre pacientes con trastornos mentales y enfermeros en unidades de atención primaria de salud. Método: se trata de un estudio cualitativo, del tipo reflexivo, producto de las reflexiones y cuestionamientos sobre la participación y modos como enfermeros de unidades de atención primaria de salud atienden a pacientes psiquiátricos en un municipio del Estado de São Paulo, Brasil. Resultados: se ha notado que el estigma del trastorno mental ha sido objeto de una creciente atención en los últimos años y es un importante factor para individuos con trastornos mentales, dado que genera sufrimiento por cuestiones de autoestima e impactos en la calidad de vida. Se constató que el estigma social es una realidad también perteneciente a los enfermeros, correspondiendo a ellos el cambio de esa realidad y siendo necesaria la adhesión a la inclusión social de esos pacientes, con derecho a atención de calidad, respeto y ética. Conclusión: se concluye que es claro el distanciamiento y estigma en la atención a individuos con trastornos mentales en el contexto de la atención primaria de salud. Los enfermeros deben buscar estrategias para crear ese vínculo con individuos con trastornos mentales e influir para que el equipo adopte ese comportamiento. Descriptores: Estigma Social; Prejuicio; Trastornos Mentales; Atención de Enfermería; Enfermería Psiquiátrica; Atención Primaria de Salud.
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