Esse estudo tem como tema os escolares com baixa visão que podem ter dificuldades em atividades de leitura e escrita e apresentar alterações posturais devido aos ajustes ao se aproximarem dos materiais para visualizá-los melhor. O presente trabalho caracteriza-se como um estudo de caso, no qual será descrita a atuação de equipe interdisciplinar no processo de habilitação visual de um escolar de 12 anos com hipótese diagnóstica de Doença de Stargardt. A equipe foi composta por Assistente Social, Arte-Educadora, Enfermeira, Farmacêutica, Fisioterapeuta, Fonoaudióloga, Oftalmologista, Ortoptista, Pedagoga, Psicóloga e Terapeuta Ocupacional. Foram realizadas nove sessões semanais, com duração de uma hora em uma clínica escola de uma Universidade Estadual de São Paulo. As intervenções favoreceram ao escolar a utilização de recursos de tecnologia assistiva, como o sistema telescópio, a lupa eletrônica, o plano inclinado para leitura e escrita e a ampliação das pautas nas folhas de caderno. Após a intervenção, a postura corporal adotada nas atividades de leitura e escrita tornou-se mais equilibrada, o escolar conseguiu manter a cabeça mais afastada do livro e mais alinhada, sem apresentar movimentos compensatórios de rotação à direita e inclinação, o que levou a diminuição da dor na região cervical. As intervenções realizadas contribuíram para que o escolar apresentasse melhora no desempenho visual para longe e para perto. A atuação da equipe interdisciplinar proporcionou ganhos nas atividades de leitura e escrita do escolar com baixa visão, nas tarefas escolares e atividades da vida diária, e proporcionaram a inclusão educacional e social do adolescente.