“…A contribuição do artigo é a analisar a financeirização da produção urbana em um contexto distinto das grandes cidades onde já há numerosos estudos (FIX, 2011;RUFINO, 2012;RIBEIRO, DINIZ, 2017; A contribuição do artigo é analisar os efeitos da financeirização do espaço urbano e do projeto arquitetônico no contexto de uma metrópole periférica brasileira. A literatura atual têm se dedicado a evidenciar como o avanço da financeirização nos principais circuitos imobiliários do país representou alterações nas esferas de controle de empresas tradicionalmente reservadas às elites nacionais (FIX, 2011), bem como impulsionou novas dinâmicas de concentração e centralização (RUFINO, 2012) que contribuíram para novas racionalidades no projeto (ANITELLI; TRAMONTANO, 2016) na gestão do canteiro de obras (BARAVELLI, 2015) sem, entretanto, alterar formas arcaicas de dependência com subsídios públicos (SHIMBO, 2016). Autores como Rolnik (2015) e Fernandez e Aalbers (2019), apontam para uma forma de financeirização subordinada nos países do Sul Global, como uma forma contemporânea de um desenvolvimento desigual e combinado, moldado pela financeirização dos países do Norte Global, que promove contornos específicos aos processos de financeirização da habitação.…”