Sobre o diagnóstico diferencial entre a histeria e a beribéri: as epidemias de caruara no Maranhão e na Bahia, nas décadas de 1870 e 1880

Oda, Ana Maria Galdini Raiumundo

doi:10.1590/1415-47142003004010

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“…Assim, entendemos os discursos sobre a epidemia de Itapagipe, do ponto de vista médico, como produtos que incorporam os anseios da política vigente e não apenas como movimentos autônomos feitos pelos médicos (MOTA, 2005;SCHRAIBER, 1993). Por outro lado, o artigo segue a chave interpretativa dos novos estudos que se propõem a reavaliar as obras do médico maranhense Raimundo Nina Rodrigues (CORRÊA, 2006;MONTEIRO, 2016;ODA, 2003). Seus trabalhos mais conhecidos ficaram marcados pelo viés racial assumido pelo médico em suas análises.…”

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Uma moléstia singular

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2019

Resgate

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O artigo tem como objetivo investigar a construção do diagnóstico de loucura epidêmica, produzido em torno da epidemia de abasia coreiforme propagada no subúrbio de Itapagipe, em Salvador, no ano de 1882, defendido pelo médico maranhense Raimundo Nina Rodrigues (1862-1906). Tratava-se de uma disfunção cerebral que causava movimentos involuntários nos membros inferiores quando os enfermos andavam em marcha. Seu caráter epidêmico, defendiam os estudos, era atribuído ao contágio por imitação. Com base na metodologia proposta pelo historiador britânico Quentin Skinner, o artigo investiga as intenções e motivações de Nina Rodrigues ao elaborar o diagnóstico da epidemia de coreia centrado em dois eixos determinantes do contágio: o meio social propício e a predisposição dos enfermos.

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