Resumen AbstractNo presente artigo discutimos, a partir do campo da Psicologia, as concepções de governo na obra de Michel Foucault e de Giorgio Agamben. Propomos um debate teórico que objetiva problematizar as semelhanças e as diferenças que os dois autores destacam na questão da biopolítica e do governo. A partir dessa discussão, concluímos que a vida e a morte passam a ser objetos de governo, e em decorrência disso, toda a política passa a ser biologizada de alguma forma. Dessa maneira, falar em políticas públicas é falar de populações que devem ser governadas, previamente planejadas e calculadas. Portanto, problematizar, discutir e analisar o que são essas políticas, ao que e a quem elas se dirigem nos leva à questão, em última instância, da problemática do governo e da biopolítica que, por sua vez, administram formas de viver e de morrer. A psicologia surge como ciência justamente para administrar os sujeitos cujos comportamentos inadequados não se enquadravam às expectativas das demandas institucionais (Rose, 2008). É no intuito de atender aos apelos das instituições -fábricas, escolas, empresas, prisões, entre outros -que a psicologia emerge como um saber que prescreve e analisa condutas, produzindo, dessa forma, uma relação entre o que deve ser modificado para ser corrigido e aquilo que é forjado como o padrão normal (Rose, 2008(Rose, , 2007.
In this article we discuss the conceptions of government in Michel Foucault
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