Abstract:O novo livro de Michael Herman apresenta três desenvolvimentos importantes em relação ao trabalho anterior do autor, Intelligence Power in Peace and War, publicado em 1996. Em primeiro lugar, situa de maneira mais precisa o papel da atividade de inteligência nos processos de tomada de decisões governamentais, em uma época em que as novas tecnologias de informações e comunicação (TICs) aumentaram enormemente a quantidade e a diversidade de fluxos informacionais e de conhecimentos especializados em qualquer á… Show more
“…Entretanto, baseando-se em estudos de Cepik (1997), Herman (1996) Para Rezende (2012), nas organizações públicas a inteligência pública está relacionada com a utilização de informações e conhecimentos sistematizados, personalizados e oportunos para a tomada de decisão, além disso, uma organização inteligente pode gerar novos serviços, produtos, negócios ou atividades, além dos triviais e, como consequência, contribuir para o seu êxito ou sucesso. Segundo Johnston e Hansen (2011), a superação de desafios complexos por parte do governo está no aumento da utilização das capacidades coletivas dos indivíduos para organizar, interagir e governar.…”
O uso de dados e informações advindos do ambiente externo à administração pública pode proporcionar o aprimoramento da tomada de decisão dos gestores públicos, bem como uma maior eficiência e eficácia no desenvolvimento da atividade pública. Sistematizar o monitoramento de ambientes exige a estruturação de processos de inteligência, os quais possuem foco nas informações externas das organizações, objetivando o monitoramento do ecossistema como um todo, sendo determinante para as organizações conhecerem e se adaptarem ao seu ambiente. Reconhecendo a importância de uma cultura organizacional impulsionadora que permita a manutenção e a evolução desses processos, neste estudo buscou-se identificar pontos relevantes relacionados à influência da cultura organizacional na concretização de processos de inteligência na gestão pública. Com a realização de 17 entrevistas com gestores públicos de diferentes, foi possível evidenciar que os mesmos reconhecem a cultura organizacional como impulsionadora dos processos de inteligência, uma vez que apontam o fortalecimento de um ambiente estimulado para o monitoramento do ambiente externo, o engajamento das pessoas e a utilização de tecnologias da informação e comunicação como mecanismos-chave da cultura organizacional para a concretização de tais processos. Identifica-se como limitação deste trabalho a não realização de entrevistas com gestores que trabalham diretamente com processos de inteligência, bem como a participação de órgãos de um único estado no estudo, impossibilitando a realização de comparativos entre culturas organizacionais. Para estudos futuros, sugere-se a continuidade da pesquisa por meio da realização de entrevistas com servidores que não exerçam cargos de gestão.Palavras-chave: Cultura organizacional. Inteligência. Gestão pública.
“…Entretanto, baseando-se em estudos de Cepik (1997), Herman (1996) Para Rezende (2012), nas organizações públicas a inteligência pública está relacionada com a utilização de informações e conhecimentos sistematizados, personalizados e oportunos para a tomada de decisão, além disso, uma organização inteligente pode gerar novos serviços, produtos, negócios ou atividades, além dos triviais e, como consequência, contribuir para o seu êxito ou sucesso. Segundo Johnston e Hansen (2011), a superação de desafios complexos por parte do governo está no aumento da utilização das capacidades coletivas dos indivíduos para organizar, interagir e governar.…”
O uso de dados e informações advindos do ambiente externo à administração pública pode proporcionar o aprimoramento da tomada de decisão dos gestores públicos, bem como uma maior eficiência e eficácia no desenvolvimento da atividade pública. Sistematizar o monitoramento de ambientes exige a estruturação de processos de inteligência, os quais possuem foco nas informações externas das organizações, objetivando o monitoramento do ecossistema como um todo, sendo determinante para as organizações conhecerem e se adaptarem ao seu ambiente. Reconhecendo a importância de uma cultura organizacional impulsionadora que permita a manutenção e a evolução desses processos, neste estudo buscou-se identificar pontos relevantes relacionados à influência da cultura organizacional na concretização de processos de inteligência na gestão pública. Com a realização de 17 entrevistas com gestores públicos de diferentes, foi possível evidenciar que os mesmos reconhecem a cultura organizacional como impulsionadora dos processos de inteligência, uma vez que apontam o fortalecimento de um ambiente estimulado para o monitoramento do ambiente externo, o engajamento das pessoas e a utilização de tecnologias da informação e comunicação como mecanismos-chave da cultura organizacional para a concretização de tais processos. Identifica-se como limitação deste trabalho a não realização de entrevistas com gestores que trabalham diretamente com processos de inteligência, bem como a participação de órgãos de um único estado no estudo, impossibilitando a realização de comparativos entre culturas organizacionais. Para estudos futuros, sugere-se a continuidade da pesquisa por meio da realização de entrevistas com servidores que não exerçam cargos de gestão.Palavras-chave: Cultura organizacional. Inteligência. Gestão pública.
“…A inteligência a que se refere este ensaio é, em síntese, a atividade de produção de conhecimento para assessoramento ou ainda, conforme aponta Cepik (1997) em uma leitura inclinada à inteligência clássica 2 :…”
Section: A Inteligência Na Segurança Públicaunclassified
“…Percebe-se que invariavelmente a inteligência vai possuir uma vertente inclinada ao assessoramento e às previsões. Em que pese o embrião desta inteligência remonte à formatação do Estado Moderno (Cepik, 1997), a inteligência de segurança pública é extremamente recente no Brasil (surge a partir da redemocratização do país em 1988), ao passo que a inteligência estratégica, de onde emerge a inteligência política, é ainda mais recente no seio das Corporações Militares.…”
Section: A Inteligência Na Segurança Públicaunclassified
Este trabalho tem por objetivo discutir a inteligência política como estratégia Institucional de segurança pública capaz de suplantar programas/projetos dissonantes da realidade paranaense. Para tanto, adota-se como estudo de caso as tentativas de implementação da polícia comunitária no Estado do Paraná nas duas décadas finais do século XX. A pesquisa de natureza qualitativa e de exploração bibliográfica aponta alguns possíveis equívocos cometidos por diferentes governos na aplicação destas políticas, sobretudo pela perpetuação do pensamento colonial no imaginário social que contamina as forças políticas do estado quando estas importam projetos de outras realidades sociais/culturais para o cotidiano da segurança pública paranaense. Outrossim, percebe-se que tais programas de polícia comunitária são vis porque são concebidos como programas de governo e não de estado, alternando-se na mesma medida em que ocorre a alternância de mandatários. Com caráter propositivo, estima-se que o investimento institucional em inteligência política pode constituir-se em uma estratégia interessante para o assessoramento das forças de segurança pública na medida em que estas podem se antecipar às eventuais ingerências.
“…Com efeito, a COINT age, impedindo, que o "outro" conheça, influencie ou interfira no processo de produção de conhecimento do órgão de segurança. Há, assim, um esforço de segurança informacional (information security) promovido por este ramo da Inteligência, que desenvolve também ações de contramedidas de segurança e segurança de operações (CEPIK, 2003).…”
O crime é um fenômeno social que acompanha a humanidade desde sempre. Todavia, a manifestação das ações criminosas acontecem de maneiras diversas a depender de fatores históricos, culturais, geográficos, econômicos, sociais e políticos. Neste contexto, há atividades criminosas que se apresentam de forma menos complexa como o crime predatório, desorganizado, inserido no contexto da violência urbana, com agentes atuando de forma improvisada e desestruturada, como no caso dos furtos, roubos e estupros praticados alhures. E também neste mesmo contexto há atividades delituosas que se manifestam de forma organizada, com atores delinquentes que se organizam e estruturam aparatos criminosos de modo profissional, buscando lucro e sujeição do poder constituído aos seus desideratos criminosos, no caso do tráfico de drogas, tráfico de armas, roubo a banco e sequestros. Com feito, o Estado necessita de uma estrutura de prevenção e repressão criminal que seja hábil a enfrentar todas essas formas de manifestação criminosa. Para cada problema há de haver uma resposta adequada e apropriada para a sua solvência. Neste sentido, no cenário da criminalidade organizada ascende a Atividade de Inteligência, conduzida pela instituição policial, como uma ferramenta que proporcione melhores condições para que haja mais eficiência e eficácia na prevenção e repressão da macrocriminalidade. A Inteligência de Segurança Pública constitui-se exatamente neste instrumento estatal que empresta suporte e otimiza o enfrentamento do crime, notadamente o de estatura organizada.
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