Seleção de vocábulos para implementação do Picture Exchange Communication System – PECS em autistas não verbais

Abstract

RESUMO Objetivo Sabe-se que alguns autistas são considerados não verbais, uma vez que não são hábeis para utilizar o código linguístico. E tampouco usam gestos para compensar a ausência de fala. Sendo assim, a habilidade comunicativa desses indivíduos pode ser beneficiada pelo uso do sistema de comunicação alternativa Picture Exchange Communication System – PECS. O objetivo deste estudo foi verificar os vocábulos mais frequentemente utilizados na implementação do PECS em crianças autistas. E, de forma complementar, analisar a correlação entre a frequência destes vocábulos e o índice de comportamentos não adaptativos. Método Trata-se de um estudo transversal. A amostra foi constituída por 31 crianças autistas, sendo vinte e cinco meninos e seis meninas, na faixa etária de 5 a 10 anos. Para identificação dos vocábulos mais frequentemente utilizados no período inicial de implementação do PECS, utilizamos a Planilha de Seleção de Vocabulário. E, para obtermos o índice de comportamentos não adaptativos, aplicamos o Autism Behavior Checklist (ABC). Resultados Houve predomínio significativo de itens na categoria alimentos, seguido de atividade e bebidas. Não houve correlação entre o total de itens identificados pelas famílias com o índice de comportamentos não adaptativos. Conclusão Foi possível identificar as categorias de vocábulos mais mencionados pelas famílias e verificar que o índice de comportamentos não adaptativos não interferiu diretamente na elaboração da planilha de seleção de vocábulos das crianças estudadas.

Tecnologias Digitais E Recursos F�sicos Na Abordagem De Crian�as Com Transtorno Do Espectro Autista

“…Para a aplicação do PECS 3,8,9 , o profissional capacitado neste método ensina a criança a pegar uma placa correspondente ao que ela deseja naquele momento e entregá-la ao seu parceiro de comunicação. De modo gradual e crescente, este método se amplia e pode envolver mais de uma pessoa, o que implica no ensino individualizado para a formação de frases e no respeito ao tempo e às limitações de cada criança com TEA.…”

“…A Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) foi traduzida do inglês "Augmentative and Alternative Communication" e pode ser identificada por meio de diferentes terminologias, quais sejam: "Comunicação Alternativa", "Comunicação Ampliada e Alternativa" ou "Comunicação Suplementar e Alternativa". Compreende um conjunto de recursos escritos, digitais, falados ou interpessoais com o objetivo de mediar a comunicação de indivíduos com transtornos de comunicação, respeitando a singularidade e a complexidade de cada ser humano no atendimento de suas necessidades específicas [7][8][9] .…”

“…Para envidar esforços nesse contexto, os profissionais da área da educação apresentam uma grande variedade de instrumentos que os auxiliam na superação de barreiras comunicacionais em prol do desenvolvimento integral de crianças com necessidades especiais. Uma das abordagens mais relevantes para a criança com TEA é o Picture Exchange Communication System (PECS) ou Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (SCTF) 8,9 .…”

“…Nesse sentido, o SCTF é um recurso de baixo custo, cujos símbolos podem ser selecionados e/ou personalizados, ampliados, impressos e plastificados (Figura 1). Em relação às TDIC com foco no TEA, a variedade de formas de trabalhar com as crianças pode favorecer a atuação de especialistas na CAA, mas também promove oportunidades de práticas colaborativas entre profissionais de diferentes áreas de conhecimento que necessitam abordar esse público-alvo e suas famílias 6,8,9 mediadas pelo uso do Twitter® 10 , do YouTube® 11 e de tablets com aplicativos diversos 12 .…”

“…Reforça-se que a CAA objetiva proporcionar ao indivíduo maior autonomia na comunicação verbal ou não--verbal 7,9,13 . Nesse sentido, constata-se que os recursos digitais se sobrepõem aos recursos físicos, uma vez que a onipresença e a expansão das TDIC no cotidiano da criança, da família e da sociedade implicam na diversificação da função visual, sonora e escrita.…”