“…Contudo, em se procedendo assim, estaríamos questionando o significado de "clássico" sem ainda alterar seu conteúdo europeu, restrito, sobretudo, a Alemanha, França, Inglaterra e Itália. Perde-se uma visão global e intercultural, cuja necessidade tem sido enfatizada por estudiosos que propõem a análise das variedades de pensamento histórico em diferentes contextos ao longo do tempo, ocidentais ou não (como no caso das tradições islâmica, chinesa, indiana e africana) (RÜSEN 2002;WANG;IGGERS 2002), quebrando aquela sequência linear dos gregos à Europa oitocentista na constituição da ciência histórica. Enfim, parece que hoje está em disputa a própria noção de "clássico".…”