Residências Multiprofissionais Em Saúde Como Fomentadoras Da Formação Interprofissional: Percepção De Nutricionistas Sobre as Práticas Colaborativas

Abstract

O papel formador do Sistema Único de Saúde nos processos de integração ensino-serviço, vem estabelecendo as Residências Multiprofissionais em Saúde (RMS) como uma de suas estratégias para o fortalecimento das políticas públicas de saúde, no Brasil, tendo como uma de suas principais interfaces a atuação interprofissional. O profissional nutricionista tem conquistado espaço nas equipes de saúde para contribuir com seu saber específico e, enquanto profissional da saúde, em todas as perspectivas da Rede de Atenção à Saúde. O estudo avaliou a percepção sobre a formação interprofissional e o desenvolvimento de competências para práticas colaborativas de nutricionistas residentes inseridos no contexto das Residências Multiprofissionais em Saúde do Nordeste Brasileiro. Trata-se de um estudo exploratório, do tipo transversal com dados de uma realidade, de caráter descritivo-analítico e natureza quantitativa. Os dados foram coletados durante o ano de 2015, a partir de questionário eletrônico hospedado na ferramenta do Google Docs, através de escala atitudinal tipo Likert. O público alvo da pesquisa foi residentes do segundo ano das RMS dos nove estados do Nordeste. Para análise dos dados, foi utilizado o teste estatístico não-paramétrico de Mann-Whitney. Os resultados apontaram que os nutricionistas residentes apresentam a mesma compreensão que os demais residentes das outras categorias profissionais sobre o desenvolvimento das práticas colaborativas nas RMS. Observou-se que, mesmo diante dos desafios postos pelos programas de residências, os residentes consideram que as Residências Multiprofissionais em Saúde possibilitam o desenvolvimento de competências para uma prática colaborativa em saúde no contexto do SUS.DOI: 10.12957/demetra.2018.33495

A importância do desenvolvimento da prática interprofissional na formação do profissional da nutrição: uma revisão narrativa

“…As diretrizes da PNAN norteiam ações estratégicas para promover práticas alimentares saudáveis individuais e coletivas em todos os períodos de vida; realizar diagnóstico alimentar e nutricional da população, identificando grupo de risco; e promover a Segurança Alimenta e Nutricional (SAN) com vistas a assegurar o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA); Contribuir com respostas às demandas assistenciais nos agravos nutricionais; desenvolver projetos terapêuticos focados nas Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) (Albuquerque et al, 2018).…”

“…Em consonância com o exposto, o momento histórico, que a partir da publicação do "Marco para Ação em Educação Interprofissional e Prática Colaborativa" desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano de 2010, foi reconhecido que muitos dos sistemas de saúde em todo o mundo seguiam uma atuação fragmentada e com gargalos no gerenciamento das reais necessidades dos usuários, portanto foi reconhecido a urgência de pensar e executar novas formas de se trabalhar a saúde das coletividades (Albuquerque et al, 2018).…”

Práticas colaborativas em saúde envolvendo o terapeuta ocupacional residente em uma enfermaria de clínica médica

“…Os resultados do teste T para duas populações independentes (contemplados e não contemplados pelas práticas colaborativas em saúde evidenciou uma diferença significativa na média do grupo de usuários que foram atendidos por meio de práticas colaborativas envolvendo residentes terapeutas ocupacionais em comparação ao grupo que não foi alvo dessas práticas mostrando que o N=104 dentro do N total de 256 constituiu uma amostra relevante. Albuquerque 21 coloca que a Residência Multiprofissional em Saúde auxilia na implementação da prática colaborativa em saúde, fomentam comunicação para a tomada de decisões e estabelecem a consolidação do cuidado integral.…”

Experiências de educação interprofissional no contexto das residências multiprofissionais em saúde: estudo de revisão

“…O aprendizado sobre competências comuns e colaborativas foi identificado pelos residentes participantes dos estudos, ao mesmo tempo em que se reconheceu a importância de fortalecer as identidades profissionais. Assim, os residentes consideram que as RMS possibilitam o desenvolvimento de competências para uma prática colaborativa em saúde no contexto do SUS (Casanova et al, 2015;Albuquerque et al, 2018;Casanova et al, 2018).…”