2015
DOI: 10.1590/0102-37722015010994115123
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Representações Sociais do Crack na Mídia

Abstract: RESUMO -O crack tem sido tema recorrente em matérias jornalísticas e discursos políticos. O objetivo do estudo foi identificar como a mídia local representa a droga. Baseadas na Teoria das Representações Sociais foram analisadas 76 reportagens de 2009 do jornal Correio Braziliense, utilizando-se o software ALCESTE que gerou seis classes. Destacaram-se três representações sociais: droga como flagelo da humanidade, ações policiais indistintas contra usuários ou traficantes e internação do usuário como solução do… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1
1
1

Citation Types

0
2
0
17

Year Published

2018
2018
2020
2020

Publication Types

Select...
4
1

Relationship

0
5

Authors

Journals

citations
Cited by 12 publications
(19 citation statements)
references
References 13 publications
0
2
0
17
Order By: Relevance
“…O texto aponta os efeitos e aspectos desta lei de 2006, no qual ressalta que o Brasil, concatenado à tendência mundial, afastou o sistema carcerário para dependentes e usuários de drogas, designando-lhes os sistemas de saúde e de assistência social. Nessa mesma linha, autores como Rodrigues et al 10 discutem que a Lei 11.343/2006 não prevê a legalização do uso de drogas, mas estabelece que o seu porte para consumo próprio perde a característica de "crime". Embora o usuário já não possa mais ser considerado "criminoso", outras sansões, que vão desde a aplicação de advertências verbais, à prestação de serviços públicos, continuam existindo.…”
Section: Teoria Resultados E Discussõesunclassified
“…O texto aponta os efeitos e aspectos desta lei de 2006, no qual ressalta que o Brasil, concatenado à tendência mundial, afastou o sistema carcerário para dependentes e usuários de drogas, designando-lhes os sistemas de saúde e de assistência social. Nessa mesma linha, autores como Rodrigues et al 10 discutem que a Lei 11.343/2006 não prevê a legalização do uso de drogas, mas estabelece que o seu porte para consumo próprio perde a característica de "crime". Embora o usuário já não possa mais ser considerado "criminoso", outras sansões, que vão desde a aplicação de advertências verbais, à prestação de serviços públicos, continuam existindo.…”
Section: Teoria Resultados E Discussõesunclassified
“…Dependence on alcohol and other drugs has always been represented in the social imaginary as a problem associated with crime and danger (1)(2)(3)(4) . This fact reinforces the construction of a collective discourse permeated with stigma and prejudice related to people who consume psychoactive substances (3)(4) , which in turn, triggers the marginalization and social segregation of this specific population that receives moralistic and stigmatizing denominations, such as marginal and vagabond (1,5) .…”
Section: Introductionmentioning
confidence: 99%
“…O uso inadequado de substâncias psicoativas tem sido apresentado como uma grave ameaça à saúde de inúmeros brasileiros e relacionado à elevação dos índices de violência e criminalidade em nossa sociedade (Brasil, 2005;Romani, 2003;Vedovatto, 2010), o que justificaria a adoção de medidas como a da internação compulsória (Cunda & Silva, 2014). Além disso, constata-se, tanto na mídia escrita (Brasil, 2005;Hartman & Gollub, 1999;Reinarman & Levine, 1997;Rodrigues, Conceição, & Iunes, 2015;Roso et al, 2013;Wurdig & Motta, 2014;Zanotto & Assis, 2017) quanto na mídia televisiva (Macedo, Roso, & Lara, 2015;Roso, Romanini, Macedo, & Angonese, 2012;), a utilização de estratégias ideológicas nas formas simbólicas veiculadas sobre a denominada "epidemia do crack", construindo no senso comum um perfil do usuário de crack permeado por preconceitos e estigmas.…”
unclassified