“…Para justificar as internações, geralmente os profissionais se ancoram nas representações sociais da "loucura", isto é, o usuário de drogas é representado como um louco, e enquanto louco também pode ser violento, perigoso. Essa relação louco/drogado já foi identificada em outros estudos (e.g., Wurdig & Motta, 2014;Romanini & Roso, 2018) e conduz a duas práticas distintas. Se for louco, pode ser internado em hospital, mas se sua agressividade envolve burlar a lei ou é intensa, ele deverá ser encarcerado: "Se a pessoa está usando drogas "adoidadas", acho que ninguém se importa, o problema é começar a roubar, ser violento… Aí já caí todo mundo em cima" (Profissional da Saúde 6, comunicação pessoal, 12 jun.…”