Reforma curricular na rede estadual de ensino de São Paulo: decorrências para a organização do trabalho em uma escola

Nunes, Paula de Souza

doi:10.11606/d.59.2014.tde-24082014-161432

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“…Uma das críticas feitas pelos professores de uma escola de Ribeirão Preto-SP entrevistados por Nunes (2014) foi que a implementação do SPFE não oportunizou uma necessária formação de professores para trabalhar com o então novo currículo do Estado de São Paulo, mas apenas limitou-se a disponibilizar informações e formação sobre o SPFE para os professores designados para a função de Professor Coordenador do Núcleo Pedagógico (PCNP) 95 .…”

Section: Implementação Curricular E Participacionismo Socialunclassified

“…Exatamente por seu caráter tácito, o currículo oculto é fundamental por ponto de vista da efetiva manutenção da ideologia hegemônica. 95 O PCNP era responsável por dar orientações, acompanhamento e suporte, especialmente para os professores de sua disciplina, abrangendo um certo conjunto de escolas, definidas pela Diretoria Regional de Ensino, onde seu cargo é lotadono caso do entrevistado, é da Diretoria de Assis, interior paulista -, conforme artigo 6º da Resolução SE 75, de 30-12-2014, revogada pela Resolução Seduc-3, de 11-1-2021 Segundo os profissionais entrevistados por Nunes (2014), tais formações sobre o SPFE passaram a ser oferecidas a partir do concurso público para efetivação de professores realizado no ano de 2010 através da EFAPE, quando tal procedimento formativo tornou-se a última etapa do certame. Porém, Nunes (2014, p. 107), avalia que "[...] a oferta deste curso aconteceu de forma precária e ainda tardiamente, após três anos 96 Entrevistado identificado por sua função/cargo para a manter o sigilo de sua identidade.…”

Section: Implementação Curricular E Participacionismo Socialunclassified

“…Segundo David (2010, p. 167) Além de Barreiros (2021), outras investigações descrevem este mesmo processo reformista da Educação e da administração pública brasileira situando seu início nos anos 1990, estimulados por instituições internacionais, como o BM, e baseados em propostas explicitadas em documentos como o Relatório Delors (1998). É o caso das pesquisas de Cunha (2020), Silva (2012), Nunes (2014), Souza (2015) e, mais recentemente focando o NCP, Rezende (2021). Todos estes ciclos reformistas, segundo os referidos autores e seus referenciais teóricos, foram desdobramentos do embate entre capital e o trabalho, por isso, foram baseadas em referências como da Nova Gestão Pública (NGP) e a Teoria do Capital Humano (BARREIROS, 2021).…”

Section: )unclassified

“…Tais políticas fomentam práticas conservadoras, conforme observou Lourenço (2011), ao entrevistar professores nos anos de 2009 e 2010, o que têm consonância com as pesquisas que capturaram a percepção dos docentes paulistas de políticas educacionais centralizadoras e autoritárias (CUNHA, 2010;SILVA, 2012;MARTINS, 2012;MELONI, 2013;FERNANDEZ, 2013;NUNES, 2014;SOUZA, 2015;LOMARD0, 2017;MIRALHA, 2018;ORTEGA, 2019;SILVA 2020;JORGE, 2021;REZENDE, 2021;BARREIROS, 2021e CAVALCANTI, 2022. O dito autoritarismo é confirmado, também, pela hierarquização e segregação entre quem planeja e desenvolve o currículo.…”

Section: O Novo Currículo Paulista Como Estudo De Casounclassified

“…O modelo sistêmico de gestão baseado em metas comportamentais remonta a diversos aspectos da centralização e controle curricular, descritos nas investigações sobre o SPFE e mecanismos como as avaliações externas e pseudoexternas como o SARESP combinado com bonificação por resultados, ranqueamento das escolas pelo IDESP (CUNHA, 2010;DAVID, 2010;MELONI, 2013;FERNANDES, 2013;NUNES, 2014;MIRALHA, 2018;ORTEGA, 2019). Segundo a pesquisa de Martins (2012) nas políticas curriculares brasileiras o que justifica nossa opção por descrevê-las mais detalhes na próxima subseção.…”

Section: Itálico Do Autor)unclassified

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A cultura histórica no ensino médio do Estado de São Paulo: análises sobre o Novo Currículo Paulista

Santos

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FREIRE, 2022a, p. 95) tenho muito e a muitos que agradecer, por isso, apenas nesse elemento do trabalho é que uso a primeira pessoa do singular, pois esta pesquisa reverbera muitos encontros e pessoas que minhas consciência e memória não podem delimitar com segurança. Ainda assim, me arrisco a citar grupos, nomes de pessoas que estiveram mais próximas, particularmente ao longo da etapa de doutoramento.Agradeço a cada educando que caminhou comigo, particularmente nesse período que envolveu ensino remoto entre outros desafios, particularmente aos da escola estadual onde trabalho, bem como os professores em formação na licenciatura em História, é no contexto dessas interações que sempre eu (re)encontro o desejo de prosseguir a conversação. Neste mesmo espírito, sou grato aos colegas e amigos professoresincluindo os que não mais trabalham comigo -, de modo particular todos que conheci no Grupo ELO, com os quais (re)aprendi e continuo (re)aprendendo a confiar e a sonhar junto, pois mesmo sendo membros de uma classe média (no sentido sociológico), não perderam a referência classista e, sobretudo, humanista, um tipo de gente, cuja a simples existência prova que o ser humano é incrível, apesar das mazelas.Entre as amigas professoras, agradeço particularmente a Elaine Christina Mota que me ajudou com a procura das referências quixotescas, além do suporte com a Língua Inglesa; agradeço à Cecília não só pelas aulas de Língua Espanhola, mas por sua ternura freiriana tão inspiradora; à Marilia Penna que deu o suporte com a Língua Alemã, e sua irmã Sarah Julia pelas leituras compartilhadas de Paulo Freire que me motivaram ainda mais a revisitar nosso Patrono. Ao amigo, Osmair Botelho pela generosa acolhida e leitura filosóficacompetente e caprichosadeste trabalho e, ao irmão e interlocutor desde os tempos da primeira graduação, Rafael Cardoso; ao Paulo Ghiraldelli e seu trabalho didático que me presenteou com o amor ao conhecimento e à sabedoria. Ao Professor Fernando Cerri que além de trabalhar incansavelmente pelo Ensino de História, cativa e acolhe em toda oportunidade e que, junto com a Professora Jéssica Makino, me provocaram na qualificação de um modo que só quem tem alma de educador sabe fazêlo, combinando leveza e rigorosidade, congratulo a ambos. Também agradeço a minha orientadora e amiga, Professora Andrea Lastória, pois com sua alma de educadora me ajuda a aprender há 16 anos, desde a época em que eu nem sabia quem eu desejava ser e sequer distinguia História da Educação e Ensino de História.Congratulo a Eliane que além de parceira nas conversas e bastidores da produção e correções da tese é a minha companheira na construção da vida, a qual desejamos renovar continuamente para melhor amar e servir, por isto somos um! Aos meus pais, por inúmeros motivos, mas o mais indelével é o amor. Mesmo antes de eu nascer, me amam tanto, de forma tão incondicional, que com eles aprendi a acreditar que Deus é amor e que disso decorre tudo.Adoro meu trabalho, realmente adoro, mas políticas institucionais constantemente intervêm....

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Section: Implementação Curricular E Participacionismo Socialunclassified

Section: )unclassified

Section: O Novo Currículo Paulista Como Estudo De Casounclassified

Section: Itálico Do Autor)unclassified

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A cultura histórica no ensino médio do Estado de São Paulo: análises sobre o Novo Currículo Paulista

Santos

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A disputa dos recursos públicos da educação básica, os arranjos do estado com o mercado e seus impactos na gestão democrática e participativa da educação no âmbito dos municípios

Roggero

Silva

2021

EccoS

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Este trabalho analisa o financiamento da educação, com foco na transferência dos recursos da Educação Básica para o setor privado e seus impactos para a gestão democrática da educação, no âmbito dos municípios. Justifica-se pelo processo de disputa em que se encontram a regulamentação no Novo Fundeb e os recursos destinados à Educação Básica brasileira, neste período de capitalismo financeiro, e pela importância do acompanhamento das tensões na regulamentação do Conselho de Acompanhamento e Controle Social (CACS) do Fundeb. A questão que se coloca é: a que está vinculado todo esse processo? Para respondê-la, considerando o objetivo e a justificativa apresentados, o trabalho se fundamenta em estudos teóricos e empíricos sobre a temática. Conclui-se que o comprovado avanço do capital em vários setores da educação básica impacta a gestão democrática e participativa da educação, no âmbito dos municípios, colocando em risco o fortalecimento da escola pública como garantia do direito constitucional à educação e como caminho para a redução das desigualdades sociais. E também que esse processo é parte do projeto neoliberal de interesse de determinados grupos nacionais e internacionais, acelerado pelo avanço de um certo radicalismo de direita no país.

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Reforma do ensino médio e base nacional comum curricular: formas atuais de expressão do capital na educação

Carvalho

2022

EccoS

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O golpe de agosto de 2016 teve como consequência, no campo da educação, a retomada de um discurso acerca da necessidade de se reformar o Ensino Médio, com ênfase na necessidade de viabilizar a formação profissional, a empregabilidade e a adequação aos mundos do trabalho. No contexto desse processo, foram produzidas a reforma do Ensino Médio, de 2017, e a definição de uma nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2018. O processo reformista em curso não é novo e reafirma-se na necessidade de adaptação dos sistemas de ensino às demandas postas pelas transformações do capitalismo, que em razão de sua crise precisa ampliar formas de extração de mais-valia via ampliação da produtividade e precarização do trabalho. A primeira parte do texto apresenta a forma como esse processo expressou diferentes concepções de organização desse nível de ensino: a pedagogia das competências e do aprender a aprender e o trabalho como princípio educativo. Na segunda parte, mostramos as propostas de reorganização da educação de nível médio no contexto dos pós-golpe de 2016, materializada na reforma do Ensino Médio e na BNCC. Na terceira parte do texto analisamos como a ênfase atribuída aos itinerários formativos e à flexibilização curricular concorrem como elementos propiciadores de maior desqualificação do trabalho docente e de ampliação da dualidade estrutural no Ensino Médio, além de inviabilizar a formação integral e ampliar os problemas já presentes nesse nível de ensino.

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Reforma curricular na rede estadual de ensino de São Paulo: decorrências para a organização do trabalho em uma escola

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A cultura histórica no ensino médio do Estado de São Paulo: análises sobre o Novo Currículo Paulista

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