2016
DOI: 10.5752/p.1678-9523.2016v22n2p469
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Reflexões acerca de um início: psicanálise e clínica na universidade

Abstract: RESUMOEste estudo reflete acerca da viabilidade de um trabalho clínico no contexto de uma clínica-escola referenciada na psicanálise. O estagiário ocupa uma posição indefinida: deve ter condições para clinicar (sendo o estágio "obrigatório"), mas ainda não é psicólogo, tampouco psicanalista. Visto que a universidade não forma analistas e que os três elementos considerados indispensáveis à formação analítica são a prática supervisionada, a análise pessoal e o estudo teórico, surge a questão: de que forma podem-… Show more

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“…Nas universidades brasileiras, tanto a prática clínica como a supervisão correspondem a atividades curriculares que compõem a expe-riência do graduando que opta pela ênfase em clínica, em contrapartida, no que se refere à análise pessoal, sabemos que esta não pode ser exigida como pré-requisito, pela via da obrigatoriedade, para o estudante de psicologia Lustoza & Pinheiro, 2014;Pereira & Kessler, 2016;Pinheiro & Darriba, 2010;Pinheiro & Maia, 2015). Partindo desta diferenciação compreendemos que o estudante de psicologia, ao longo de sua graduação, trilhará um percurso parcial, cujos obstáculos podem suscitar maneiras equivocadas de compreender a prática clínica, ocasionadas também pelas vicissitudes inerentes ao contato com o inconsciente.…”
Section: A Formação Do Psicoterapeuta-aprendiz No Contexto Universitáunclassified
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“…Nas universidades brasileiras, tanto a prática clínica como a supervisão correspondem a atividades curriculares que compõem a expe-riência do graduando que opta pela ênfase em clínica, em contrapartida, no que se refere à análise pessoal, sabemos que esta não pode ser exigida como pré-requisito, pela via da obrigatoriedade, para o estudante de psicologia Lustoza & Pinheiro, 2014;Pereira & Kessler, 2016;Pinheiro & Darriba, 2010;Pinheiro & Maia, 2015). Partindo desta diferenciação compreendemos que o estudante de psicologia, ao longo de sua graduação, trilhará um percurso parcial, cujos obstáculos podem suscitar maneiras equivocadas de compreender a prática clínica, ocasionadas também pelas vicissitudes inerentes ao contato com o inconsciente.…”
Section: A Formação Do Psicoterapeuta-aprendiz No Contexto Universitáunclassified
“…Ainda que a análise pessoal seja um fator determinante na formação do psicoterapeuta, a possibilidade de se sustentar um trabalho clínico no âmbito acadêmico pelo referencial psicanalítico, realizado por um aluno ainda em formação, torna-se objeto de múltiplas reflexões e indagações, uma vez que nem sempre o discente insere-se na clínica tendo passado por um processo de terapêutico (Brandt, 2017;Lustoza & Pinheiro, 2014;Pereira & Kessler, 2016;Pinheiro & Darriba, 2010, 2011Pinheiro & Maia, 2015). Em tais estudos, a análise pessoalembora não possa advir pela via da obrigatoriedade, como citado anteriormente -é considerada como elemento relevante, uma vez que os desafios e dificuldades vivenciados pelos estudantes de psicologia durante a prática do estágio revelam também questões e conflitos pessoais.…”
Section: A Formação Do Psicoterapeuta-aprendiz No Contexto Universitáunclassified
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“…Estas últimas privilegiam o tripé psicanalítico, caracterizado pela análise pessoal, estudo teórico e prática supervisionada por um psicanalista (Brandt, 2017;Kern & Luz, 2017;Silva et al, 2017). Embora os dois últimos aspectos mencionados estejam incluídos nas atividades curriculares, a psicoterapia pessoal não se constitui como um atributo obrigatório (Pereira & Kessler, 2016;Lopes & De Castro, 2018;Silva et al, 2017).…”
Section: Introductionunclassified
“…Neste sentido, a psicanálise, que está inevitavelmente inserida na universidade (Fonteles, Coutinho, & Hoffmann, 2018), inclui um saber orientado pela verdade do inconsciente, do qual pouco se sabe a priori e em muito se distancia de uma lógica puramente cognitiva ou racional (Pereira & Kessler, 2016). Na prática clínica uma série de fenômenos conscientes e inconscientes vivenciados pela díade psicoterapeuta-paciente emergem (Freud, 1915(Freud, -2017Iwashima, Reis, & Santiago, 2019;Parth, Datz, Seidman & Löffler-Stastka, 2017), cujas ressonâncias incluem vivências emocionais de ambos, as quais se manifestam na relação transferencial e contratransferencial.…”
Section: Introductionunclassified