ResumoA compreensão da relação dos pais com a psicoterapia do fi lho desenvolveu-se consideravelmente desde o início da psicanálise com crianças, elevando a importância da participação ativa da família no tratamento, bem como da atenção do analista ou terapeuta diante de suas manifestações inconscientes que se fazem presentes nesse contexto. O presente trabalho consiste numa revisão narrativa da literatura psicanalítica sobre a presença dos pais na psicoterapia infantil, tendo como objetivo analisar a maneira pela qual autores que trabalham com a perspectiva psicanalítica na atualidade compreendem a participação dos pais no tratamento. Foram consultados inicialmente livros de autores considerados clássicos na psicanálise e um livro específi co sobre o lugar dos pais na psicanálise de crianças de autores mais contemporâneos. Em seguida foi realizada uma busca nas bases de dados eletrônicas SciELO (Scientifi c Electronic Library Online), PePsic (portal de Periódicos Eletrônicos de Psicologia) e LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde), a respeito do assunto. Foram selecionados para a análise 19 artigos publicados em periódicos on line. Verifi cou-se que os textos abordaram especialmente a postura analista/psicoterapeuta e as relações estabelecidas com os pais da criança atendida, sendo enfatizada, principalmente, a necessidade de acolhimento das angústias parentais e da transferência dirigida ao analista, proporcionando aos pais um espaço de continência, refl exão e possibilidades de ressignifi cação da problemática da criança. Palavras-chave:Papel dos pais, psicanálise, psicoterapia infantil. Psychoanalytical Child Psychotherapy:The Parent's Role AbstractThe comprehension of the parents' relation with their child's psychotherapy has developed considerably since the beginning of child psychoanalysis, elevating the importance of active participation of family into the patient's treatment, as also the attention of the therapist to unconscious phenomena that occur in this context. This issue refers to a narrative revision of psychoanalytical literature about presence of parents in child psychotherapy, which objective refers to analyze the way contemporaneous authors who work with psychoanalytical perspective understand the parents' role in child psychotherapy. Initially, were consulted books of classic authors in psychoanalysis, and a specifi c book of more contemporaneous 1 Endereço para correspondência: Av.
Resumo O amadurecimento afetivo-emocional implica o desenvolvimento da própria individualidade. Todavia, o processo de individualização em gêmeos é mais complexo do que o vivenciado por singulares, pois necessitam separar-se não apenas da mãe, mas também do cogêmeo. O presente trabalho teve o objetivo de estudar a capacidade de adaptação e relacioná-la aos processos de separação e individualização em gêmeos. Participaram 12 pares de gêmeos adultos do mesmo sexo, que foram entrevistados a respeito das histórias de vida e avaliados por meio da Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada Revisada. A análise de dados consistiu em relacionar o diagnóstico adaptativo com o processo de individualização vivenciado pelos cogêmeos ao longo da vida. Verificou-se que a maneira com que os cogêmeos foram percebidos, identificados e atendidos em suas necessidades específicas contribuiu significativamente para que a individualização e adaptação aos diversos setores da vida pudessem ou não ocorrer de forma eficaz. Os próprios gêmeos sugerem que pais e educadores tratem os cogêmeos como pessoas diferentes e procurem perceber as características individuais de cada cogêmeo.
Resumo A psicoterapia psicanalítica se constitui como uma das modalidades de atendimento clínico nos serviços-escolas. Desde Freud até a atualidade a psicanálise conquistou espaço nas universidades, não se restringindo mais às Sociedades Psicanalíticas. Temos como objetivo discorrer teoricamente sobre a formação acadêmica do psicoterapeuta-aprendiz nos estágios com enfoque psicanalítico nos serviços-escolas do Brasil. Observamos que a formação do psicólogo nos serviços-escolas estendeu-se para uma heterogeneidade de campos, englobando diferentes modalidades de atendimentos, possibilitando pesquisas em psicanálise e ampliações relativas aos aspectos teórico-metodológicos. Concluímos que a prática clínica sem dúvida já ocupa um espaço no âmbito acadêmico. Porém, há muito ainda a ser questionado, uma vez que as vicissitudes do trabalho com o inconsciente, em sua potencialidade, abrangem possibilidades e limitações. A constante reflexão acerca da dimensão ética que permeia a prática clínica nos serviços-escolas deve estar presente, norteando debates sobre a temática da formação acadêmica do psicoterapeuta-aprendiz em clínica psicanalítica.
Entende-se que o ensino e a transmissão da psicanálise implicam o diálogo entre dois aspectos: conhecimento acadêmico - objetivo e sistemático - e conhecimento produzido pela psicanálise - dinâmico e subjetivo. Objetivou-se, assim, discutir a percepção de docentes sobre o ensino e a transmissão da psicanálise na graduação em psicologia de uma universidade pública. Realizou-se um estudo qualitativo por meio de entrevistas semiestruturadas com docentes da área de psicanálise. Observou-se que, para os docentes, a universidade é um lócus de ensino e pesquisa em psicanálise, destacando-se a especificidade de seu modelo de transmissão, que considera o sujeito e seu desejo como inseparáveis do ato de ensinar e de pesquisar. Acredita-se, a despeito dos limites inerentes à transmissão da psicanálise no cenário universitário, que o ensino desta deve ser fomentado, despertando o interesse dos futuros psicólogos por este campo do saber.
Durante a prática dos estágios em psicoterapia psicanalítica, os psicoterapeutas vivenciam a amplitude dos entrelaçamentos psíquicos, inerentes aos atendimentos clínicos. O presente estudo teve como objetivo identificar as vivências emocionais de psicoterapeutas-aprendizes nos atendimentos clínicos iniciais, realizados em um serviço-escola. Trata-se de uma pesquisa clínico-qualitativa, de caráter exploratório, com a utilização de fatos clínicos. Participaram nove psicoterapeutas-aprendizes, assim como os pacientes por elas atendidos. Os dados foram analisados por meio do referencial teórico psicanalítico. Como resultados foi possível identificar a presença das seguintes vivências emocionais nos primeiros atendimentos clínicos: angústia, insegurança, preocupação, raiva e satisfação. Estas, por sua vez, apresentam aspectos pertinentes, relacionados aos fenômenos contratransferenciais, apontando ainda para a importância de considerá-los em toda a complexidade de um trabalho cujo objeto de estudo é o inconsciente.
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