2001
DOI: 10.1590/s1413-81232001000100006
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Protagonismo e subjetividade: a construção coletiva no campo da saúde mental

Abstract: O artigo reflete sobre as origens e as bases históricas e conceituais da produção de subjetividade do sujeito considerado louco. Analisa a importância do conceito de alienação mental na formação do lugar social da loucura na sociedade moderna e, com ele, a constituição de um sujeito alienado, incapaz de subjetividade e de desejo: um não-sujeito da loucura "medicalizada". Em continuidade, após uma elaboração sobre a genealogia da subjetividade, reflete sobre as práticas atuais no campo da saúde mental que têm c… Show more

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“…2018 Introdução A lógica manicomial prediz a exclusão de um indivíduo do convívio social; diante disso, as internações em hospitais psiquiá-tricos promovem uma invisibilidade social com o enfraquecimento, fragilização e rompimento dos vínculos familiares. As ações dos hospitais psiquiátricos baseavam-se diretamente na cura do paciente, justificando a periculosidade do indivíduo com necessidade de institucionalização (Ferro, 2009;Torre & Amarante, 2001;Lancetti & Amarante, 2006). Assim, nessa esfera de exclusão ocorre a mortificação da subjetividade, em que a doença mental é considerada um erro de razão e, portanto, o alienado não possuía direito a escolha (Amarante, 1995a;Lancetti & Amarante, 2006).…”
Section: Saúde Mentalunclassified
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“…2018 Introdução A lógica manicomial prediz a exclusão de um indivíduo do convívio social; diante disso, as internações em hospitais psiquiá-tricos promovem uma invisibilidade social com o enfraquecimento, fragilização e rompimento dos vínculos familiares. As ações dos hospitais psiquiátricos baseavam-se diretamente na cura do paciente, justificando a periculosidade do indivíduo com necessidade de institucionalização (Ferro, 2009;Torre & Amarante, 2001;Lancetti & Amarante, 2006). Assim, nessa esfera de exclusão ocorre a mortificação da subjetividade, em que a doença mental é considerada um erro de razão e, portanto, o alienado não possuía direito a escolha (Amarante, 1995a;Lancetti & Amarante, 2006).…”
Section: Saúde Mentalunclassified
“…Nesse contexto, surge um questionamento: os efeitos da cronicidade concebidos pela psiquiatria não são produção da própria institucionalização? Ora, em toda doença há a construção de uma subjetividade e por isso não se deve tratar somente o sintoma, mas sim o sujeito com uma percepção holística (Torre & Amarante, 2001).…”
Section: Saúde Mentalunclassified
“…Seguindo semelhante análise, Torre e Amarante 13 demonstram que a forma de produção de saberes e do exercício do poder sobre os sujeitos na modernidade opera o surgimento do sujeito da razão, enquanto afirmação da lógica cartesiana de um sujeito sadio igualado a "dono de si" e do universo. A loucura é o seu contraponto, seu negativo; por isso, "[...] é capturada como sujeito da desrazão" (p. 74).…”
Section: Da Lógica Do Capital à Loucura Segregadaunclassified
“…Trata-se de combater a tendência hierarquizante que permeia o grupo, onde tudo parece repercutir do topo para a base. Tanto os técnicos quanto os usuários precisam destituir-se das representações da loucura como incapacidade, inferioridade e doença mental, afirmando-a como diferença (Torre, Amarante, 2001). Ao tomar para si o poder de decisão -por mais que haja usuários no corpo diretório -e a incumbência de manejar a pauta, o técnico corrobora com a tutela, com a hierarquização das relações e, consequentemente, reforça a desarticulação da associação.…”
Section: Os Lugares Do Técnico E Do Usuário Na Dinâmica Da Associaçãounclassified