Centro de Atenção Psicossocial (CAPS): ações desenvolvidas em município de Minas Gerais, Brasil

Abstract

Esta pesquisa teve como objetivo apresentar as ações desenvolvidas em Centro de Atenção Psicossocial [CAPS, modalidade II], no ano de 2015, em município de Minas Gerais. Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo exploratório, com base em fonte de dados secundários consultados no Tabulador para Windows [TABWIN]. Com isso, foi constatado que é possível o CAPS desenvolver ações intersetoriais, multidisciplinares, de promoção e prevenção de agravos para a saúde mental, além de atenção à crise. Dessa forma, é importante estudos que apresentem discussões em torno do fortalecimento do protagonismo de usuários assistidos na esfera da saúde mental e a garantia de espaços participativos em toda a sociedade.

Guidelines to the families of mental health service users from the multi-professional team’s perspective

“…The CAPS are currently one of the most significant elements of Psychiatric Reform, as they encourage the individual's reintegration into the community. It aims to provide care for people with mental disorders, organize the network of mental health services, encourage the construction of exclusive therapeutic projects, support mental health in Primary Care and hospital units, among other activities (3) . The CAPS are classified as I, II, III, for children and users addicted to alcohol and other drugs, according to their size (human resources, physical dimension and enrolled clients) and the type of customer served (adults, children and teenagers) (1) .…”

A enfermagem no contexto da atenção psicossocial: imbricações manicomiais

“…A expressão "desejos de manicômio" utilizada na primeira categoria nos remete a ideia de um desejo autoritário, desejo de julgar, hierarquizar e oprimir. Os desejos de manicômios se fazem presente em toda manifestação da lógica do cárcere, de suprimir a diferença por meio da autoridade, da criação de estereótipos para a figura de uma pessoa louca, ou drogada, e das formas endurecidas de se lidar com ela (Silva, Paula Júnior & Araújo, 2018). Nesse sentido, alguns discursos trouxeram aspectos de julgamento moral associando o uso de droga com pessoas necessariamente perigosas e narrativas que expressam o desejo do cárcere, a exemplo, quando lamentam que o acolhimento noturno no CAPSad seja apenas de catorze dias.…”

Práticas do CAPS I e o desafio da desinstitucionalização

“…Também, foi possível constatar uma aproximação do CAPS com relação ao cotidiano de outros serviços, desmistificando equívocos de compreensão sobre o trabalho do CAPS e sobre a loucura de modo geral. Para Silva et al (2018) a conexão entre os serviços, a organização da atenção à saúde no SUS, bem como a operacionalização de um cuidado mais amplo e potente, são resultados da realização de matriciamentos efetivos. Nesse sentido, foi implementado um projeto intitulado "Desafios no cotidiano do CAPS I: a geração de renda como forma de promover socialização", cujo objetivo era comercializar os trabalhos desenvolvidos no CAPS, apresentando-os à comunidade mediante participação em feiras e eventos promovidos na cidade e na região.…”