Este trabalho tem como objetivo refletir acerca do trabalho realizado pelos psicólogos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Para tanto, vamos procurar entender o processo de entrada e os principais fatores que favoreceram sua inserção nessas instituições. Por fim, focalizamos a própria formação acadêmica do psicólogo - os modelos teóricos e práticos que orientam sua atuação profissional - e suas conseqüências em termos das práticas psicológicas no serviço público de saúde.
Palavras-Chave: Cultura profissional, subjetividade, instituições públicas de saúde. M. DimensteinE ste trabalho tem como objetivo refletir acerca de algumas características da cultura profissional do psicólogo brasileiro 1 , tentando articulá-las com a crescente hegemonização da ideologia individualista vivida em nosso país desde os anos 60 -sobretudo a partir da difusão da psicanálise entre as classes médias urbanas -bem como pensar os seus possíveis efeitos sobre a prática dos psicólogos na assistência pública à saúde e em termos do modelo de subjetividade 2 com o qual trabalham.Para tanto, vou procurar definir "cultura profissional"; que aspectos deste ideário individualista marcam a identidade e a cultura profissional do psicólogo no Brasil; qual o modelo de subjetividade
A Reforma Psiquiátrica busca superar as intervenções tradicionalmente hospitalocêntricas e medicalizantes em relação à "loucura". Para isso, visa implantar estratégias de cuidado territoriais e integrais, ancorados em novos saberes e valores culturais. Nessa perspectiva, o Apoio Matricial surge como proposta para articular os cuidados em saúde mental à Atenção Básica. Este trabalho objetiva discutir a perspectiva de técnicos de Unidades de Saúde da Família (USF) do município de Natal, RN, acerca dessa proposta. Foram realizadas entrevistas com oito técnicos da USF do Distrito Sanitário Leste da cidade. A partir dos resultados observamos que não há clareza acerca da proposta de Apoio Matricial (AM) e há uma forte demanda cotidiana de saúde mental não acolhida, pois os entrevistados não se sentem capacitados para tal e indicam a necessidade de apoio e instrumentalização nesse campo. Além disso, as possibilidades de referenciamento são pequenas em função da precariedade da rede de serviços substitutivos e destes com a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) como um todo. O trabalho compartilhado com o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é ainda uma promessa.
RESUMO.Esse trabalho objetiva desenvolver uma reflexão em torno de algumas questões que vêm sendo amplamente discutidas no campo da saúde coletiva, e que se configuram como enormes desafios para gestores e profissionais de saúde ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Trata-se, não só, da mudança no perfil profissional das categorias envolvidas com o trabalho da saúde, mas principalmente da transformação de tais profissionais em agentes de mudança a partir de um compromisso social perante o ideário do sistema de saúde e seus usuários. Nesse sentido, pretende-se discutir, mais especificamente, o lugar da psicologia e as práticas realizadas no campo da assistência pública à saúde e seus desdobramentos em termos do compromisso social hoje almejado para a categoria. Para tanto, serão tomados como eixos de análise os resultados de duas investigações realizadas com psicólogos que trabalham na rede básica de saúde das cidades de Natal/RN e Teresina/PI. Palavras-chaves: compromisso social, psicólogo, saúde coletiva. THE PSYCHOLOGIST AND THEIR SOCIAL COMMITMENT IN THE COLLECTIVE HEALTH CONTEXTABSTRACT. The aim of this paper is to reflect on some issues currently under discussion in the field of collective health, and which represent a great challenge for health managers and professionals of the Brazilian Unified Health System. This paper focuses not only on the profile changes that are needed of all health professionals, but rather on the transformation of these professionals into socially committed agents responsible for the renovation of the ethos of the Brazilian Health System and its clients. A more in-depth discussion of the psychologist's place in such a context, his practice within public health care, and on the much-desired social commitment is carried out. The analytical tools that will be used are the results of two investigations that were conducted with psychologists that work in the basic health care network of the cities of Natal, in the state of Rio Grande do Norte, and Teresina, in the state of Piauí. (2000), como "campo científico, onde se produzem saberes e conhecimentos acerca do objeto 'saúde' e onde operam distintas disciplinas que o contemplam sob vários ângulos; e como âmbito de práticas, onde se realizam organizações e instituições por diversos agentes (especializados ou não) dentro e fora do espaço convencionalmente reconhecido como "setor saúde" (p.60). INTRODUÇÃOEste trabalho objetiva desenvolver uma reflexão em torno de algumas questões que vêm sendo amplamente discutidas no campo da saúde coletiva 1 , e que se configuram como enormes desafios para gestores e profissionais de saúde ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Trata-se não só da mudança no perfil profissional das categorias envolvidas com o trabalho da saúde, mas principalmente da transformação de tais profissionais em agentes de mudança a partir de um compromisso social perante o ideário do sistema de saúde e seus usuários. Nesse sentido, pretende-se discutir, mais especificamente, o lugar da psicologia e as ...
Resumo Novos desafios estão postos à Política Nacional de Saúde Mental no Brasil com o processo de regionalização da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Trata-se da ampliação do acesso e melhora da qualidade de atenção em saúde mental em todos os níveis e pontos de atenção no âmbito do SUS. Objetiva-se analisar a organização da RAPS a partir da constituição das regiões e Redes de Atenção à Saúde no Brasil, apresentando o mapeamento dos serviços e sua distribuição na rede de serviços. Realizou-se um estudo de corte transversal a partir dos dados recuperados das plataformas CNES, DataSUS e Coordenação Nacional de Saúde Mental. Os resultados indicam o aprofundamento do processo de expansão e regionalização da rede de serviços ao longo desses quinze anos de aprovação da Lei da Reforma Psiquiátrica Brasileira (Lei nº 10.216/2001), apesar dos “vazios assistenciais” em diversos pontos de atenção, o que gera fragilidade na cobertura da rede de serviços.
O objetivo deste trabalho é discutir um dos muitos desafios presentes no processo de reforma psiquiátrica brasileira para a construção de uma rede integrada de atenção em Saúde Mental, para o cuidar em liberdade. Aborda determinadas forças identificadas como "desejos de manicômio", que perpassam todo o socius e alimentam as instituições, que se fazem presentes cotidianamente nas práticas e concepções no campo da saúde mental. Para tanto, nos propusemos investigar certos aspectos presentes nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), serviços responsáveis pela substituição da atenção manicomial, privilegiando artefatos como a observação de seu cotidiano e seu acervo fotográfico. Discutimos que o principal desafio da reforma psiquiátrica não reside apenas na falta de velocidade na sua implementação, mas na direção que vem tomando. Este movimento, por sua vez, requer rupturas, radicalização, e não uma superação que acaba por promover pactos entre o aparentemente novo e aquilo que representa a manutenção de séculos de dominação.
Este artigo põe em análise o percurso profissional dos psicólogos na saúde pública nesses 50 anos de profissão no Brasil. Para tanto, destacam-se os estudos que versam sobre a formação, a inserção e a atuação dos psicólogos no SUS e os questionamentos surgidos em torno dos (des)encontros entre nossa ação profissional e as diretrizes/modos de trabalho preconizados na saúde coletiva. Entretanto, apresentamse algumas experiências em curso que têm conseguido provocar mudanças importantes na formação graduada e pós-graduada em saúde: residências multiprofissionais (RMS), Programas de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde/MS-MEC) e programas de estágio profissionalizante em saúde coletiva em cursos de Psicologia. Conclui-se que a Atenção Primária e a atenção psicossocial que orientam o campo da saúde mental têm conformado uma conjuntura privilegiada para o desenvolvimento de experiências transformadoras, de novas competências e habilidades psicossociais, trazendo inovações para a formação e a requalificação dos modos de atuação do psicólogo no setor.
Social (SUAS) provocou a expansão e a interiorização da profissão de psicólogo em todo o país. Objetiva-se com este estudo mapear a presença desse profissional no SUAS, identificando quantos somos e onde estamos atuando nesta política. Realizou-se um estudo descritivo-exploratório, de natureza quantitativa, tendo como fonte para a coleta, organização e sistematização dos dados o Cadastro Nacional do SUAS (CadSUAS). Entre os resultados, identificou-se que o Brasil conta com 7.607 CRAS e 2.155 CREAS, distribuídos nos 5.565 municípios. Ao todo, são 8.079 os psicólogos que atuam no SUAS (6.022 em CRAS e 2.057 em CREAS). O Nordeste destaca-se como o que conta com o maior número de psicólogos em CRAS (2.252), e o Sudeste, em CREAS (706). Ademais, 92,9% dos psicólogos do SUAS atuam em municípios interioranos. Neste contexto, entende-se o SUAS como um importante dispositivo de capilarização da atuação do psicólogo brasileiro para as cidades de médio e pequeno porte do país. Palavras-chave: Centro de referência da assistência social/CRAS; Centro de Referência Especializado da Assistência Social/CREAS; interiorização da atuação dos psicólogos.
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