O objetivo do trabalho foi identificar o fluxo das Declarações de Nascidos Vivos e caracterizar os nascimentos vivos em município de médio porte do Sul do Brasil. Realizamos pesquisa quantitativa, descritiva e exploratória, cujos dados foram obtidos junto ao Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos, por meio de instrumento de coleta de dados elaborado. A análise foi estatística descritiva. O tempo para a chegada das declarações até as unidades de atenção básica, via malote, foi variável, predominando de 6 a 10 dias (63,1%). Coerente com o tempo de demora para a chegada da declaração a unidade de saúde, o período que predominou para realizar a visita domiciliar ao recém-nascido foi de 6 a 10 dias (57,8%), com unidades que demoraram mais de 20 dias (5,2%). A visita domiciliar à criança de risco demorou em média até 5 dias em 55,2% dos casos e mais de 5 dias em 31,5%. Em relação aos recém-nascidos, predominou peso de nascimento na faixa de 3.000 a 3.999 gramas (64,09%; n=3.015), sexo masculino (50,46%; n=2.374) e Apgar no primeiro minuto de 8 a 10 (85%; n= 4.014). Observou-se que a assistência à mãe e ao bebê, no município de Cascavel, nos primeiros dias de vida, não está seguindo as orientações da linha guia mãe paranaense, da visita domiciliar até o quinto dia, com agendamento da primeira consulta de puericultura antes dos dez dias de vida do recém-nascido.