Qualidade do Sistema de Informações de Nascidos Vivos no estado do Paraná, 2000 a 2005

Abstract

Analisou-se a qualidade do Sistema de Informações de Nascidos Vivos no Estado do Paraná, de 2000 a 2005, por meio do percentual de não declaração das variáveis, utilizando banco de dados cedido pela Secretaria de Saúde de Estado. Utilizou-se a seguinte escala: excelente, percentual de não declaração < 1%; boa de 1% a 2,99%; regular de 3% a 6,99% e ruim > 7%. A qualidade do preenchimento do SINASC no Paraná foi excelente, principalmente a partir de 2003. A ocupação da mãe, classificada como regular e ruim, foi a variável de menor qualidade em todas as Macro-Regionais de Saúde. Filhos nascidos vivos, nascidos mortos e raça/cor, oscilaram de ruim a excelente qualidade. É necessário melhorar a qualidade das variáveis estado civil e número de filhos nascidos mortos em todas as Macro-Regionais de Saúde. A excelência do SINASC demonstrou a sua potencialidade como fonte de informação da saúde no Paraná.

<b>Análise da qualidade do sistema de informações sobre nascidos vivos / Analysis of the quality of the information system on live births <b>

“…O conjunto das variáveis de identificação do recém-nascido é importante para o reconhecimento das características demográficas da população, bem como para detectar bebês nascidos em situação de vulnerabilidade e risco. Dentre essas variáveis, o sexoe o peso ao nascer tem exibido percentuais de incompletude abaixo de 1%em pesquisas realizadas em outros estados do país (4,9) , situação também observada nos resultados deste estudo.…”

“…Desde a implantação do SINASC a DN passou por reformulações no intuito de aprimorar esse instrumento de coleta de dados para melhorar a qualidade da informação, sendo que o modelo atual foi implantado em 2010, e as principais modificações relativas à forma de coleta de dados nessa versão correspondem às variáveis: idade, que passou a incluir também o ano de nascimento, além da idade em anos; escolaridade, que passou a ser coletada com base no ciclo de ensino e série, e não mais em anos estudados; situação conjugal, na qual foi inserida a opção união estável; raça/cor, que passou a fazer referência à mãe e não ao recém-nascido; número de filhos tidos vivos e número de filhos tidos mortos, que passaram a constituir o bloco de dados sobre o histórico gestacional; idade gestacional e número de consultas no pré-natal, que passaram a ser coletadas em números exatos e não mais em intervalos predefinidos (2) . A qualidade das informações do SINASC vem sendo estudada por pesquisadores de diversas regiões do país, sendo que a incompletude das informações, que se refere ao grau em que os registros de informação possuem valores nulos (ignorados ou não preenchidos), tem sido objeto desses estudos (3)(4)(5)(6)(7) . Pesquisas apontam que a qualidade das variáveis do SINASC exibe tendência de melhora em relação ao preenchimento, porém, algumas variáveis ainda necessitam de aprimoramento com relação a esse aspecto (2,3,7) .Isso pode ocorrer, dentre outros fatores, em virtude da dificuldade de mensuração e identificação de algumas informações e falta de clareza do material de instrução para o preenchimento da DN.…”

“…Pesquisas apontam que a qualidade das variáveis do SINASC exibe tendência de melhora em relação ao preenchimento, porém, algumas variáveis ainda necessitam de aprimoramento com relação a esse aspecto (2,3,7) .Isso pode ocorrer, dentre outros fatores, em virtude da dificuldade de mensuração e identificação de algumas informações e falta de clareza do material de instrução para o preenchimento da DN. Ressalta-se que a não definição de uma categoria profissional responsável pelo seu preenchimento leva a uma heterogeneidade de profissionais envolvidos no processo de coleta de dados, inclusive os profissionais da equipe de enfermagem, o que dificulta o direcionamento de capacitações (4,8) . Considerando a escassez de análises recentes sobre o tema no estado de Mato Grosso (MT) e o fato de a DN ter sido reformulada em 2010 e a necessidade de comparações ao longo do tempo para detectar inconsistências e dificuldades na coleta e digitação dos dados no sistema SINASC, este estudo objetivou analisar a qualidade do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos em Mato Grosso, por meio do percentual e da tendência de incompletude das variáveis do sistema, no período de 2000 a 2012, segundo as variáveis maternas, da gestação, do parto e do recém-nascido.…”

“…Considerando a escassez de análises recentes sobre o tema no estado de Mato Grosso (MT) e o fato de a DN ter sido reformulada em 2010 e a necessidade de comparações ao longo do tempo para detectar inconsistências e dificuldades na coleta e digitação dos dados no sistema SINASC, este estudo objetivou analisar a qualidade do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos em Mato Grosso, por meio do percentual e da tendência de incompletude das variáveis do sistema, no período de 2000 a 2012, segundo as variáveis maternas, da gestação, do parto e do recém-nascido. (4) , na qual a qualidade foi considerada excelente quando o percentual de incompletude era inferior a 1%; boa, entre 1% e 2,99%; regular de 3% a 6,99% e ruim, igual ou superior a 7%.…”

Determinantes Do Baixo Peso Ao Nascer a Partir Das Declarações De Nascidos Vivos

“…Esta informação está disponível na base do SINASC, considerado atualmente, uma fonte de dados de qualidade em potencial para a construção de indicadores preditores de nascimentos de risco, mortalidade infantil, problemas de desenvolvimento e riscos de doenças e agravos na infância (17,19). Sobre a qualidade da informação, este estudo mostrou que, para as variáveis analisadas no período, o SINASC apresentou excelente completude de preenchimento da DNV, exceto os campos raça/ cor do recém-nascido e anomalia congênita que apresentaram incompletudes elevadas, corroborando outros estudos (14,19,20 trabalhador, principalmente do enfermeiro, responsável pela supervisão dos registros da equipe de enfermagem na unidade hospitalar (21). Assim, o controle da DNV, a revisão da qualidade do preenchimento, além das orientações seriam algumas das atribuições gerenciais do enfermeiro.…”